domingo, 2 de outubro de 2022

Taurus - Signo De Taurus (1986)

GÊNERO: Thrash Metal
ORIGEM: Brasil (Rio De Janeiro / Rio De Janeiro)
FORMAÇÃO:
Otávio Augusto (Vocal)
Cláudio Bezz (Guitarra)
Jean Deva (Baixo)
Sérgio Bezz (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Point Rock, e foi gravado no estúdio Master. É um excelente álbum, com composições bastante velozes e embaladas, embora existam eventuais trechos mais cadenciados, bem como palhetadas rápidas, acordes com pouca duração, muitos riffs e bons arranjos. O desenho melódico da voz é outro aspecto positivo, possuindo uma extensão  e altura elevadas. O álbum reflete bem o thrash / speed metal dos anos 80, porém, percebe-se, também, elementos do hevay metal. Para mim, o álbum soa como uma mistura de Destruction com Slayer, embora perceba-se influência de Metallica e Iron Maiden, este último de maneira mais sutil. Com certeza um grande exemplo de que o speed / thrash metal também teve suas referências no Brasil, é um álbum que possui composições excelentes, ótimos arranjos, bem trabalhados, com muita expressão, além de manter uma intenção bem explícita. O grande destaque, na minha opinião, está na velocidade e embalo das composições, não só pela velocidade do andamento, mas pela interpretação dos instrumentos, tanto da bateria, mas como os de cordas, devido às palhetadas rápidas, embora os riffs, solos e arranjos também mereçam atenção. Este é o único álbum da "primeira fase" (se é que podemos chamar assim) do grupo, com letras em português, vindo a compor em sua língua natal apenas no século XXI, após o hiato de pouco mais de 15 anos do grupo. O álbum possui uma faixa instrumental, enquanto que a arte da capa ficou por conta de Ronan Pereira. Um excelente álbum, com muito embalo do início ao fim, excelentes composições, repletas de riffs e arranjos bem pensados, com a cara do thrash / speed metal da primeira metade dos anos 80! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Signo De Taurus (Intro). O álbum inicia com uma faixa que é apenas uma introdução, e, realmente, ela possui este aspecto, com um excelente riff, não muito veloz, mas embalada, é uma composição que prepara para a faixa seguinte, sendo esta a faixa instrumental do álbum.
2) Mundo Em Alerta. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz, embalada, trocas rápidas de acorde, palhetadas rápidas, bastante expressão, bem como bons riffs de guitarra. O vocal possui um bom desenho melódico, com uma boa extensão, existindo eventuais falsetes.
3) Massacre. A composição inicia com um arranjo apenas para violão, o qual não dura muito tempo, pois, logo em seguida, surgem os demais instrumentos que preparam para o embalo e velocidade característicos da composição, a qual possui trocas rápidas de acorde, palhetadas rápidas, bem como ótimos riffs de guitarra, possuindo, também, um trecho mais cadenciado.
4) Império Humano. Uma ótima composição, a qual possui excelentes riffs de guitarra, não sendo muito veloz, embora exista seu momento mais veloz mais para o final, mas bem embalada. O arranjo vocal merece atenção, possuindo uma extensão bem elevada, bem como a inclusão de alguns falsetes. A parte C possui bastante influência do heavy metal, sendo executado em compasso composto, com um constante riff de guitarra, em uma intenção bem minimalista.
5) Batalha Final. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante veloz e embalada, com ótimos riffs de guitarra, trocas rápidas de acorde, bem como palhetadas rápidas, muita expressão e um bom desenho melódico da voz, a qual possui uma boa extensão. A faixa possui um trecho mais cadenciado, com um padrão rítmico baseado na "cavalgada", o que lembra, mais uma vez, o heavy metal.
6) Damien. Uma excelente composição, bastante veloz e embalada, recheada de riffs, além de manter as características padrão do álbum: velocidade, embalo, palhetadas rápidas e trocas rápidas de acorde. O refrão é bem sing-a-long, mantendo a mesma intenção do início ao fim da faixa, embora exista um trecho mais cadenciado. É uma composição que lembra bastante com Destruction.
7) Rebelião Dos Mortos. Esta é outra faixa que, assim como a faixa 4, não é muito veloz, apesar de possuir seu momento de velocidade, embora possua um bom embalo, com bons e frequentes riffs, trocas rápidas de acorde, existindo uma variação de cadência. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora, ainda assim, seja uma ótima composição.
8) Falsos Comandos. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Possuindo bons riffs, uma boa intenção, muita expressão, velocidade e embalo, além de trocas rápidas de acorde e palhetadas rápidas, as características padrão do álbum, bem como um trecho mais cadenciado. Um ótimo desenho melódico da voz, a qual possui uma boa extensão.
Ouça o álbum e entenda o signo de touro!

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