segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Barba Ralla - Respirando HC (2004)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Brasil (Porto Alegre / Rio Grande Do Sul)
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Não conheço nada sobre a banda, não encontrei nenhuma informação disponível, não tenho nem certeza se são de Porto Alegre! Mas lembro-me de ter conseguido este Ep com o Tom quando era meu vizinho e começou a querer se envolver em produção de bandas e shows. Recordo que ele recebia alguns cd's de diversas bandas, entre eles estava este! Até onde sei, este Ep é o único trabalho do grupo e foi lançado de maneira independente, pois percebe-se a falta de uma masterização. O som é bem ao estilo NOFX, mas com a típica pegada das bandas de Porto Alegre como Atrack ou Pernalonga, com o vocal, às vezes, se assemelhando à CPM 22. Quando eles resolvem tocar hardcore, o som é muito bom, de verdade, veloz, o problema é que inventam moda e querem tocar outros ritmos os quais não têm a manha, então acaba estragando a composição, deixa-as ruins, de verdade. Os músicos não tem grande técnica, sendo o destaque a bateria e uma das guitarras, os quais, percebe-se têm algumas cartas na manga. O ponto fraco está no pouco peso das guitarras e no vocal, que, apesar de quase não desafinar, poderia ser melhor, ao meu gosto. De modo geral, são ótimas composições, mas com arranjos que poderiam ser melhor trabalhados, com grande destaque para os momentos velozes e a bateria. Vale a pena conferir, até porque não encontrará outra oportunidade de ouvi-los, provavelmente!
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FAIXA A FAIXA:
1) A Resposta. O álbum começa com uma das melhores faixas do Ep, veloz e hardcore do início ao fim, sem pausa para descanso. O destaque está no arranjo de uma das guitarras que abusa de riffs oitavados, com o refrão sendo o ápice da composição. Vale a pena ouvir!
2) Reprise Inédita. Esta é, na minha opinião, a melhor faixa do Ep, também veloz do início ao fim, com ótimos arranjos de guitarra na introdução e uma boa harmonia e melodia na parte A da composição. Realmente vale a pena ouvir.
3) Assombradopassado. Bom, esta começa com uma introdução que, ao meu ver, deveria soar como um ritmo latino, um tango, uma salsa, sei lá, mas por não estarem acostumados, acabaram fazendo o que eu chamo de uma "bossa brega"! Se fosse uma música do cantor Falcão, se encaixaria muito bem! Porém depois o hardcore começa e a música se torna excelente, com excelentes arranjos da bateria e guitarra que, aliás, não sei porque não pensou em fazer algo parecido nas outras músicas, já que é muito bem executado e pensado. Não fosse a introdução (que é salva pelo solo de violão), esta poderia ser a melhor faixa do Ep.
4) God Bless America. Esta é outra que tem uma introdução que não precisava estar ali, acaba estragando a composição. Não chega a ser tão horrível quanto a faixa anterior, mas não ficou bacana, porém logo após começa o arranjo veloz e a música se torna muito boa, com um arranjo bem interessante no meio da faixa, onde existe uma cadenciada para depois ter um final sing-a-long e um solo de guitarra que é o grande destaque.
5) Uma Chance De Mudar. Esta é, na minha opinião, a pior faixa do Ep, começando praticamente igual à Longe Da Califórnia do Atrack, com uma ideia reggae, o que também não ficou legal, não precisava estar lá. Quando começa a velocidade, a faixa se torna muito boa, porém é possível perceber algumas "chupações" bem evidentes de NOFX.
6) Respirando HC. Esta é a última faixa do Ep, que também começa de um jeito desnecessário, já que logo após a velocidade começa e não para mais! É, talvez, a faixa mais embalada do Ep, e uma ótima escolha para fechar o repertório, principalmente devido ao arranjo de bateria no final da faixa. Vale a pena conferir!
Escute o Ep e respire o hardcore porto alegrense!

sábado, 27 de janeiro de 2018

Banana Splits - We're The Banana Splits (1968)

GÊNERO: Rock
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Fleegle (Vocal, guitarra)
Snorky (Teclado, efeitos)
Drooper (Baixo)
Bingo (Bateria)
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Este álbum é a trilha sonora do primeiro seriado que misturou live action com animação, lançado pela NBC, e foi desenvolvida por William Hanna e Joseph Barbera, o qual o grupo era formado por um cachorro, um elefante (mudo), um leão, e um gorila! Acabei rotulando como rock, mas na verdade é um álbum bem eclético, existe muito rock psicodélico, soul e funk, mas também percebemos jazz, country, bluegrass e músicas infantis. A trilha representa bem o que acontecia no cenário musical da época e, como é uma trilha de seriado, a maioria das músicas possuem videoclips. É um álbum sessão nostalgia, não é dos melhores, apesar de contar com clássicos de trilhas de séries infantis, mas possui algumas músicas bem bacanas, duas em especial. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) We're The Banana Splits. Esta faixa é um rock à la Beatles, talvez um pouco mais psicodélico! De qualquer forma não considero das melhores, muito alegre, bem infantil, embora os teclados dão um toque especial pra composição. Eis aqui o videoclip.
2) I'm Gonna Find A Cave. Esta é, com certeza, uma das duas melhores músicas do álbum, bem rock 'n' roll, na linha Yardbirds. O grande destaque é o fuzzface, na cara de quem ouve, já desde o início, possuindo alguns contracantos. Vale a pena conferir, eis o videoclip!
3) This Spot. Não gosto muito desta faixa, apesar de possuir um bom swing! É mais uma na linha Beatles, Jovem Guarda, bem bubblegum, com uma melodia chata no refrão que, aliás, é o que fica na mente. Não aconselho a ouvir! Aqui está o videoclip.
4) Doin' The Banana Split. Esta é, na minha opinião, a melhor faixa do álbum, sem sombra de dúvidas. Muita expressão, principalmente vocal, mas muito também da bateria, muito swing. Esta é um funk com caixa dobrada e um vocal à la James Brown mais contido! Excelente faixa, vale a pena conferir! Confira o videoclip.
5) Toy Piano Melody. Esta é instrumental e o foco está todo no piano. Nada mais é do que um jazz perfeito para quem gosta de sapateado! Não considero das melhores, mas é diferente! Ah, e possui videoclip!
6) Soul. O nome da faixa diz tudo: é um soul! Bacana a faixa, mas nada empolgante, sendo o ponto forte a expressão vocal. Acho que por manter uma harmonia bem trivial, não a considero das melhores, mas não é ruim. Eis o videoclip.
7) The Tra La La Song (One Banana, Two Banana). Esta é, com certeza, a música mais conhecida do álbum, até porque ela é a música de abertura do seriado, mas também porque já recebeu inúmeras versões de diversos artistas. É uma boa música, bem alegre, perfeita para trilha de abertura e fechamento do programa. Aqui está o videoclip com a abertura e o fechamento da série.
8) Wait 'Til Tomorrow. Mais uma música bem psicodélica, em especial devido ao teclado. Esta me lembra uma mistura de Yardbirds, Doors, e Fever Tree. Ela se baseia praticamente toda em uma progressão harmônica descendente, bem Yardbirds, para depois cair em uma ponte bem Fever Tree, até chegar no refrão Doors! Videoclip.
9) You're The Loving End. Uma boa música, bem funk e soul, muito groove e swing são a marca registrada desta faixa. Não tem tanta expressão quanto às outras nesta linha, mas é bacana, e também tem videoclip!
10) In New Orleans. Esta música não tem videoclip, e tem uma pegada bem acústica, onde o violão é o centro de toda composição. Tem um pouco de country, quase um country rock, podendo muito bem ser confundida com um Lynyrd Skynyrd, por exemplo, embora ela possui um riff que me lembra muito os primeiros álbuns do Ted Nugent, ainda com Amboy Dukes, apesar do violão. Muito boa faixa.
11) Two Ton Tessie. Esta é uma mistura de bluegrass com country. Não considero das melhores, embora tenha uma ponte no final do refrão que é muito boa! O destaque na minha opinião é o xilofone, que acompanha a harmonia, o que é bem curioso, mas acompanha a melodia na ponte antes mencionada. Esta tem videoclip!
12) Don't Go Away - Go-Go Girl. Esta é a outra faixa que não possui videoclip, e é a última faixa do álbum. Também não considero das melhores, é outra na linha Beatles, bem alegre. O grande destaque são os sopros e os arranjos de guitarra quando dos espaços deixados pela voz.
Ouça a trilha sonora e volte no tempo, se não em memória, ao menos em imaginação!

domingo, 21 de janeiro de 2018

Badtown Boys - Ep-i-dem-ic (1994)

GÊNERO: Skate Punk
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Greg Keith (Vocal)
Ike Robison (Guitarra, teclado)
Tommy Komisar (Guitarra)
Chris Keith (Baixo)
Gizz Navarro (Bateria)
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O álbum foi lançado, após 3 ep's e 2 álbuns, pelo selo Gift Of Life, sendo assim o terceiro álbum do grupo. Apesar de eu ter rotulado como skate punk, existem influências de outros estilos como punk rock, grunge, hardcore melódico, stoner rock, rock 'n' roll e até jazz! A maioria das músicas são embaladas e é um som que lembra uma mistura de Dwarves, com Rhythm Pigs, e mais Adolescents, com o vocal do Spot 1019! É realmente um grande álbum, vale a pena conferir, não existe muita técnica por parte dos integrantes, mas está tudo no lugar e afinado. O curioso é que eles iriam fazer a turnê na Europa, logo após o lançamento deste álbum, abrindo todos os shows do Nirvana, porém a turnê foi cancelada devido à morte de Kurt Cobain! Para quem gosta de ouvir aquele som embalado para andar de skate, este é o som perfeito!
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FAIXA A FAIXA:
1) Welcome To America. A faixa que abre o álbum começa com um hino para depois começar uma introdução que considero um Focus punk rock, dando uma falsa impressão do verdadeiro som do grupo. Porém isso não dura muito tempo e logo vem o embalo e a melodia característicos das músicas do grupo. Ótima faixa!
2) Pure. Esta música contém um riff de guitarra, que se mantém por quase todo tempo, que é o ponto forte da composição. Quando somado à ótima melodia, o trecho se torna ainda mais empolgante. A parte B é o ponto fraco da faixa, apesar de não ser ruim.
3) I'm Gonna Take Your Life. Continuando a ótima seqüência de música até aqui, esta que é uma das melhores do álbum na minha opinião. Talvez a que tem o vocal mais Spot 1019 de todo álbum, que é o que faz toda a diferença na composição, embora o embalo tenha mérito também.
4) The Fall. Aqui começa, na minha opinião a pior seqüência do álbum, apesar de não ser uma faixa ruim. Esta é bem punk rock, não lembra em nada as faixas anteriores, não fosse o embalo, poderia muito bem ser considerada a balada do álbum!
5) Breaking You. Esta faixa começa semelhante à Misfits, também bem punk rock, mas não tanto quanto à faixa anterior. Também não considero das melhores, mas é bacana, principalmente por ser uma música embalada.
6) Born To Destroy. Esta faixa se parece bastante com os últimos álbuns do Black Flag, principalmente o Slip It In. É uma boa música, mas não tão embalada como às anteriores, sendo o grande destaque o riff da guitarra e os eventuais acordes dissonantes.
7) Crazy Man. Após uma seqüência, digamos, diferente, o embalo característico do grupo volta a todo vapor com esta faixa, a qual considero uma das melhores do álbum. Ela inicia muito parecida com Day To Daze do NOFX! A música ideal para embalar o carrinho!
8) Friction. Aqui está a faixa instrumental do álbum, se fosse o Lp, seria a primeira do lado B! É uma boa música, mas se parece mais com uma faixa em que esqueceram de gravar a voz, falta aquele elemento a mais para fazer a faixa instrumental se tornar realmente boa.
9) Little Eyes. Outra que considero uma das melhores do álbum. Embalada, sem frescura, boa melodia e um solo que lembra bastante as bandas de d-beat: uma nota por acorde e um bend em cada uma delas! Realmente muito boa!
10) Hate You. Esta faixa lembra uma mistura de grunge com stoner rock. Com certeza a faixa com mais groove do álbum, a bateria deixa isto em evidência. O vocal muda seu timbre de voz para se adequar à proposta da composição, o que é um ponto positivo, assim como o acorde dissonante que se mantém na parte A, o que me lembra muito o Grong Grong!
11) Chasing The Sound. Se eu fosse mebro ou produtor do grupo nesta época, escolheria esta faixa como música de trabalho. Ela já é mais punk rock, não tão embalada, mas com um refrão marcante, bem sing-a-long, que fica na memória, apesar de ter um bom arranjo na ponte entre as partes A e B. Me agrada muito esta faixa.
12) Cop City. Outra faixa embalada. Talvez a faixa mais crua de todo álbum. Bem trivial no seu arranjo, sem frescura, embalo e as partes no seu lugar. Talvez por ser bem simples não a considero uma das melhores.
13) Chatterbox. Esta seqüência é a melhor do álbum, todas embaladas! Esta aqui tem um arranjo bem trabalhado, principalmente em sua introdução, com uma melodia bem Spot 1019, o que é o ponto forte da faixa na minha opinião, e um acento no contratempo, na parte B, que dá um toque especial ao arranjo, além de contracantos. Vale a pena conferir!
14) Forgotten. Outra que considero uma das melhores do álbum, creio ser esta a mais hardcore melódico de todas. Rápidas trocas de acorde, riffs de guitarra e frases sincronizadas entre os instrumentos caracterizam esta faixa, que possui contracantos a duas vozes bem interessantes. Realmente vale a pena conferir!
15) Johnny Useless. Esta é a última faixa do álbum, e, talvez, a mais veloz de todas. Outra faixa muito boa, embalada e com trocas rápidas de acorde nos espaços deixados pela voz. Muito boa!
16) Bonus Track. Esta é uma faixa escondida no final do CD. É instrumental e, basicamente, é uma levada meio jazz meio rock 'n' roll executada pelo baixo e bateria. Parece uma brincadeira de estúdio que foi captada e resolveram incluir como bônus. O curioso é que quando a guitarra vai entrar, o fade out aparece!
Escute o álbum e sinta a epidemia perfeita, vinda das músicas, para andar de skate!

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Bad Religion - Against The Grain (1990)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Greg Graffin (Vocal)
Brett Gurewitz (Guitarra)
Greg Hetson (Guitarra)
Jay Bentley (Baixo)
Pete Finestone (Bateria)
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Este é o quinto álbum do grupo lançado, após 4 álbuns e 2 ep's, pelo selo Epitaph. Já havia feito uma resenha sobre este álbum em 2011, confira aqui! Não consigo encontrar uma faixa ruim, e é o último álbum gravado com este baterista e considero-o um álbum de transição entre o som que o grupo vinha fazendo com suas novas propostas vindas a partir do próximo álbum. Existem faixas bem semelhantes aos 2 álbuns anteriores, mas já é possível notar algumas mudanças na proposta dos arranjos, o que se tornaria bem característico. É um álbum bastante embalado, com a maioria das composições de curta duração, melodias cativantes e muita energia! Palhetadas rápidas nos instrumentos de corda também são características fortes do álbum. Foi o primeiro álbum do grupo a ultrapassar a marca de 100 mil álbuns vendidos. Considero um dos melhores álbuns do grupo que dispensa maiores comentários, sua história já diz tudo, não deixe de ouvir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Modern Man. O álbum começa com uma das que considero uma das melhores do grupo! Realmente muito boa, embalada e começa com uma frase marcante da guitarra, além de possuir um refrão sing-a-long! Não deixe de ouvi-la!
2) Turn On The Light. Quando ouvi o álbum pela primeira vez há mais ou menos 25 anos atrás, esta era minha faixa predileta! Trocas rápidas de acordes e uma melodia cativante, além de bastante embalo são pontos referência para esta faixa, que finaliza com um ótimo arranjo vocal!
3) Get Off. Outro clássico do grupo que mantém as mesmas características do álbum anterior: embalo, curta duração e melodias marcantes com rápidas palhetadas. Vale a pena conferir!
4) Blenderhead. Outra faixa com as mesmas características da anterior. O curioso é a frase de guitarra logo após o refrão, bastante dissonante, bem interessante! A faixa parece terminar pela metade, outra curiosidade!
5) The Positive Aspect Of Negative Thinking. Por mais de dez anos esta foi minha faixa preferida do álbum. Parece que tentaram seguir o exemplo da faixa Big Bang do álbum anterior devido à progressão dos acordes. Realmente muito boa, sem frescura, mas muito empolgante!
6) Anesthesia. Um dos maiores clássicos do grupo, não falta em nenhum show! Esta faixa já nos dá uma ideia do que viria nos próximos álbuns do grupo. Ainda bastante embalada, com exceção do final cadenciado, mas com um arranjo já mais bem trabalhado. Uma das melhores do álbum, vale a pena conferir!
7) Flat Earth Society. Outro clássico, embora esta não seja uma de minhas músicas favoritas. É uma boa composição, também bem embalada, embora nada de muito empolgante. Uma melodia que vai descendo junto com a harmonia.
8) Faith Alone. A balada do álbum! Considero esta a pior faixa do álbum, apesar de não ser ruim! Bom riff de guitarra, principalmente quando surgem os espaços, uma boa melodia, mas pelo fato de ser uma música mais lenta, acaba não sendo das melhores.
9) Entropy. Uma música longe de ser dos clássicos, mas considero uma das melhores do álbum, mantendo as características das antigas composições, é embalada, palhetadas rápidas, curta duração e melodia marcante. Muito boa faixa, não deixe de ouvir!
10) Against The Grain. A música que dá nome ao álbum é realmente uma música diferente! Tem uma intenção única que não se assemelha às demais composições do grupo. É embalada, com uma frase marcante da guitarra e refrão sing-a-long, esta já dá os ares dos próximos álbuns.
11) Operation Rescue. Outro clássico do grupo, bastante tocado ao vivo até alguns anos depois, muito boa faixa que mantém as características das antigas composições, sendo as pausas e preparação para o refrão o ponto forte da música. Muito boa!
12) God Song. Outra faixa que lembra as antigas composições, muito boa também. Embalada, ótima melodia e um solo de guitarra marcante. Quase um clássico, já que foi executada ao vivo diversas vezes.
13) 21st Century (Digital Boy). Com certeza o maior clássico do álbum, sempre muito executado pelo grupo e desejado pelo público. É uma faixa com as características dos próximos álbuns, já mais lenta, mas com uma ótima melodia e um refrão muito sing-a-long, além de possuir um belo solo de guitarra.
14) Misery And Famine. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, embalada, ótima melodia, sem frescura, palhetadas rápidas e um refrão marcante. Considero a parte C o grande destaque.
15) Unacceptable. Outra faixa que se assemelha às antigas composições, embalada, sem frescura, palhetadas rápidas, sendo a expressão vocal no final da faixa, já no seu fade out o grande destaque.
16) Quality Or Quantity. Uma música na linha das faixas do álbum Suffer, também muito boa. Sem frescura e embalada, apesar de possuir alguns trechos cadenciados.
17) Walk Away. Outra faixa muito boa! Esta música só não é melhor, pois considero que erraram no tom. Considero muito baixo, poderiam ter subido um tom, no mínimo, para que o vocal viesse com mais energia. As guitarras, com trocas rápidas de acorde, são o grande destaque, na minha opinião, além de possuir um solo que é a melodia da voz.
Escute o álbum e fique contra o grão!

sábado, 13 de janeiro de 2018

Bad Brains - I Against I (1986)

GÊNERO: Funk Metal
ORIGEM: EUA (Washington / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
H.R. - Paul Hudson (Vocal)
Dr. Know - Gary Miller (Guitarra)
Darryl Jenifer (Baixo)
Earl Hudson (Bateria)
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Este álbum foi lançado após 2 álbuns e 2 Ep's, sendo assim, o terceiro álbum do grupo, e foi lançado pelo selo SST. É um álbum que dispensa comentários, é o álbum mais vendido do grupo, diversas bandas fizeram ou fazem covers de músicas do álbum, remixes já foram feitos, trilha de jogo de video game, trilha de filme, trilha de seriado de TV, está em diferentes listas de ranking de melhor álbum em diversos países entre os 100 primeiros, além de estar no livro 1001 álbuns para ouvir antes de morrer. Sei que depois disso tudo minha opinião não vale nada, mas vou dá-la mesmo assim! Já havia feito uma resenha do álbum, aqui neste blog, em 2009, confira aqui! Não consigo encontrar nenhuma música ruim, talvez uma ou duas mais ou menos, e é o álbum que fez o grupo mesclar elementos do soul ou funk (principalmente) com os característicos hardcore e reggae do grupo. Muito bem trabalhado e executado, este álbum conta com a produção de dois videoclips de divulgação, muito groove, boa sincronia, frases e solos de guitarra bem interessantes e a expressão única na voz! O curioso é que o vocal e o baterista são irmãos! Realmente devo concordar com o autor do livro: é um álbum que você deve ouvir antes de morrer!
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FAIXA A FAIXA:
1) Intro. Esta é realmente uma faixa de introdução, de pouca duração, instrumental, com muito groove, pausas e frases de todos instrumentos. Cabe como uma luva para intencionar a faixa seguinte.
2) I Against I. Talvez a música mais famosa do álbum, existindo um videoclip de divulgação, que embora esteja creditado com este nome, a primeira faixa é utilizada no video, também. É um vídeo com imagens em preto e branco, onde a maioria das cenas são de apresentações do grupo ao vivo. Excelente faixa, chegando com os dois pés no ouvido de escuta pela primeira vez com a nova proposta do grupo!
3) House Of Suffering. Uma das melhores faixas do álbum, talvez uma das mais parecidas com os álbuns anteriores do grupo, apesar de não tão veloz. Um vocal bem enérgico e instrumentais que não ficam pra trás! Vale a pena conferir!
4) Re-Ignition. Esta faixa conta com um dos riffs mais marcantes já compostos, tanto é que já foram feitos diversos remixes, covers e samples dele. É uma faixa mais lenta que as anteriores, porém com bastante peso e, claro, energia!
5) Secret 77. Considero esta a música mais intimista de todo álbum. É daquelas que dá mais vontade de ouvir sozinho do que acompanhado por quem quer que seja. Acho a ponte entre a parte A e o refrão, excelente! Não que as demais partes não sejam, mas a ponte é o grande destaque. Também uma música mais lenta, mas muito boa.
6) Let Me Help. Esta, na minha opinião, é a melhor faixa do álbum. Ela possui um excelente riff de guitarra e uma expressão vocal inigualável, característico do H.R.. Já é uma música mais embalada, talvez a faixa que mais possui características do hardcore de Nova York. Realmente vale a pena ouvir!
7) She's Calling You. Mais uma faixa bem funk, talvez a música com mais groove de todo álbum. Não é uma música embalada, bem pelo contrário, possui frequentes pausas, existindo um refrão bem pesado, que destoa das demais partes.
8) Sacred Love. Esta faixa possui uma curiosidade: o vocal foi gravado do fone da prisão onde H.R. estava preso devido à distribuição de um carregamento de maconha! A ideia foi do produtor e ficou bem interessante, com um timbre bem único. Também é uma faixa mais lenta e com muito groove e pausas, além, claro, do vocal extremamente expressivo.
9) Hired Gun. Esta é a outra faixa que possui videoclip de divulgação. Considero esta a pior faixa do álbum, apesar que de ruim ela não tem nada! Talvez a música mais anos 80 do álbum, soando bem característico com as características de produção existentes na época, sendo o vídeo produzido com a mesma ideia! É um clip que tem cenas e tenta contar uma história. Parece ser ideia do produtor, algo parecido com um filme de gangsters! É uma música pouco embalada, mas com um refrão bem pesado.
10) Return To Heaven. Considero esta uma das melhores do álbum também. A expressão vocal nesta faixa faz toda diferença nesta composição com arranjo bem marcado, baixo pedal, acompanhado pelo bumbo da bateria, além de eventuais frases de guitarra para cobrir os espaços em branco. Realmente muito boa, vale a pena conferir, o álbum fecha com chave de ouro!
Escute o álbum e sinta o eu contra eu dos rastafáris de Washington!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Awaken - Glorifying The Second Rate (2003)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Canadá (Quebec / Quebec)
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Este Ep é o único trabalho do grupo e foi lançado de maneira independente. Não tenho muitas informações a respeito do grupo, mas é um álbum que vale a pena conferir. Quando a banda for do Canadá, no mínimo devemos parar para ouvir, é difícil ter algo ruim vindo de lá! Apesar de poucas faixas, já que estamos falando de um Ep, não existe nenhuma música ruim, apenas umas boas e outras melhores! Percebe-se a falta de uma masterização, já que o som não é tão limpo, apesar de possuir uma boa mixagem. É um som veloz, com bons arranjos e boa técnica, além de boa sincronia, com destaque para as guitarras que, percebe-se, têm forte influência de heavy metal. Bons solos e ótimos riffs com um andamento bem acelerado e boas melodias é como posso resumir o som dos caras, realmente vale a pena ouvir este Ep!
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FAIXA A FAIXA:
1) Justify Your Misery. O Ep começa já com um petardo! Ótima composição, excelente melodia, excelentes riffs de guitarra e velocidade resumem o que é este som, que ainda contam com eventuais trocas de cadência e trechos bem sincronizados entre os músicos. Ótima faixa!
2) A Closed Mouth Catches No Flies. Uma das melhores do Ep na minha opinião. A música começa com um ótimo riff de guitarra que demonstra a influência heavy metal dos guitarristas, para se tornar uma faixa veloz, com rápidas palhetadas e frequentes riffs e vocal quase gritado em alguns trechos. Vale apena conferir esta faixa!
3) Left Behind. Esta começa com um arranjo mais lento, porém que demonstra ótima sincronia entre os instrumentistas, com destaque para a bateria. Logo após, a faixa se torna veloz, porém mais alegre que as anteriores. Não é uma faixa ruim, mas não é das melhores, de qualquer forma tem o seu valor, existindo um trecho mais cadenciado.
4) As You Sow, So You Reap. Considero esta a outra melhor do Ep. Talvez a faixa que mais apresenta influência de heavy metal, o que é evidenciado já na introdução, mas também no seu refrão que possui ótimo arranjo rítmico, necessitando de boa sincronia. Mais uma vez as guitarras são o destaque.
5) Down The Drain. Esta faixa começa com uma equalização em Mono, para logo após se tornar estéreo. Também veloz, com eventuais arranjos rítmicos sincronizados, mas também não considero uma das melhores, apesar de ser uma excelente composição. As guitarras são o destaque mais uma vez.
6) Introspective. Esta faixa tem dois momentos em especial: a introdução que possui um ótimo arranjo, mas principalmente o solo, este sim sensacional, um dos melhores solos que já ouvi, todas as notas bem claras e limpas, nada sujo ou abafado, veloz, com boa intenção, crescendo e dinâmica. Só pelo solo já vale a pena conferir o som. No mais ele é uma composição veloz, mas não tão empolgante quanto o solo!
7) Corner Of The Gloom. Esta é a última faixa do Ep e também a mais lenta de todo ele. Não é uma música ruim, mas a falta da velocidade faz com que não seja das melhores, embora ela embale no refrão, com boa melodia, o destaque é justamente o refrão. Creio que seja a música mais recomendada para finalizar o trabalho!
Ouça o único trabalho destes canadenses e perceba a qualidade e criatividade do grupo!