quarta-feira, 31 de maio de 2023

53A - Veneno (1999)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: Portugal (Odivelas / Lisboa)
FORMAÇÃO:
Che (Vocal)
Paiva (Guitarra)
Bruno (Baixo)
Alex Teixeira (Bateria)
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Este é o primeiro EP, e segundo trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente. É um bom EP, com composições embaladas e, em sua maioria, velozes, repleto de palhetadas rápidas, bem como trocas rápidas de acorde ou riffs de guitarra, mixado e equalizado com muito peso, sendo, justamente, esta a intenção, instrumental interpretado sob um vocal grave e repleto de drive natural, existindo eventuais momentos mais cadenciados. Percebe-se influência de bandas brasileiras, como Ratos De Porão ou Desordeiros, mas, também, com alguns grupos europeus e, também, nova iorquinos, embora a influência do Brasil esteja em evidência, na minha opinião. O EP, muitas vezes, pode ser considerado um EP de crossover, devido aos riffs e palhetadas, existindo, também, momentos semelhantes ao hardcore nova iorquino, soando como bandas como Sick Of It All ou Cro Mags, porém, a velocidade está presente na maior parte do tempo. Os músicos não possuem muita técnica, porém, tudo está no lugar, bem redondinho, sendo o ponto negativo, na minha opinião, a equalização do EP, em especial da caixa da bateria, a qual poderia ter sido usado um compressor para reduzir os harmônicos que sobram, enquanto isso, o destaque, na minha opinião, está nos arranjos de bateria. Este é o último trabalho lançado pelo grupo na década de 90, sendo, também, o último trabalho de músicas inéditas até 2013, já que, no meio destes 14 anos, apenas uma coletânea fora lançada. Já havia feito uma resenha deste EP, em 2013, aqui no Andamento Rápido, confira aqui. Um bom EP, veloz e embalado, com intenções semelhantes à composições do início da década de 90, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Tou Farto. O EP inicia com uma das faixas que considero das melhores, a qual é bastante veloz e embalada, embora existam eventuais momentos mais cadenciados na parte B. Um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil, com destaque para o arranjo, apesar de simples.
2) Idiologias 97. Esta é uma boa composição, bastante veloz e embalada, embora possua eventuais momentos mais cadenciados, com uma boa intenção, a qual mantém um arranjo mais simples e previsível, com destaque para o refrão, embora a bateria faça uma frase bastante interessante, a qual merece atenção.
3) Em Ti Não Voto. Esta é outra boa composição, sendo a faixa mais punk do EP, em especial devido ao refrão, um clássico do grupo, a qual possui uma introdução mais cadenciada, para, em seguida, vir o embalo e a velocidade, presente apenas na parte A, enquanto que as partes B e C (refrão) são mais cadenciadas, embora embaladas. O refrão é bem sing-a-long.
4) Descarga Policial. Considero esta a melhor faixa do EP, bastante veloz e embalada, existindo eventuais variações de intenções rítmicas entre as partes, sendo a faixa que, na minha opinião, possui o arranjo mais bem trabalhado, com destaque para a progressão harmônica, a qual possui trocas rápidas de acorde e o arranjo, como um todo.
5) Tou Contigo Meu Irmão. Esta é outra boa composição, a qual possui uma introdução mais cadenciada e com certo groove, mantendo a linha de baixo em evidência, para, logo após, surgir a velocidade e embalo característicos do EP. Esta faixa já possui mais influências do hardcore nova iorquino.
6) White Bloody White. O EP finaliza com outra boa composição, a mais crossover, na minha opinião, soando como uma mistura de United Forces, do S.O.D., com Roots, do Sepultura, embora possua seu momento mais veloz e original, sendo a faixa menos embalada, e com mais groove, do EP, sendo, também, a única faixa com letra em inglês, e não em português.
Ouça o EP sugando veneno!

sábado, 27 de maio de 2023

5 Star Degenerate - Super Big Gulp (2000)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (San Diego - San Diego / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Steve Streeks (Vocal)
Zach Baranek (Guitarra)
Mark Womer (Guitarra)
Marty (Baixo)
Tim Golden (Bateria)
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Este é o primeiro EP, e último trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente. É um excelente EP, bastante veloz e embalado, com ótimos arranjos, sempre bem interpretados, com muita energia e expressão. São composições que possuem as características do hardcore dos anos 90, porém, com pitadas de punk rock, lembrando bandas como Pennywise ou NOFX. Tudo está no lugar, bem "redondinho", existindo boa técnica por parte dos integrantes, em especial os arranjos de bateria de Tim, os quais se destacam nos arranjos. Este é o segundo e último trabalho lançado pelo grupo, existindo, além deste registro, apenas uma demo. O grupo teve uma carreira curta, de 3 a 4 anos, sendo o fato curioso, que estiveram para assinar um contrato com o selo Fearless, após o lançamento deste EP, o qual não aconteceu, o que, creio eu, fez com que a banda terminasse, já que logo após a não concretização do contrato, os membros começaram a deixar o grupo, seja por motivos pessoais, seja por desentendimentos internos. O fato é que a formação não se manteve estável, mantendo apenas Steve e Zach como únicos membros permanentes, fazendo com que o grupo não desse continuidade aos trabalhos. Um ótimo EP, de um grupo com carreira curta, mas que mantinha personalidade em suas intenções e interpretações, um prato cheio aos adoradores do gênero, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Up The System. O EP inicia com a faixa que considero a melhor, a qual é bastante embalada e veloz, com trocas rápidas de acorde, divisões rítmicas curtas no arranjo vocal, possuindo bons eventuais contracantos, bem como um refrão mais cadenciado e bem sing-a-long. Uma composição que lembra bastante Pennywise.
2) Road Rage. Esta é uma ótima composição, também bem embalada, possuindo dois momentos: um veloz e outro menos, possuindo um ótimo arranjo, bem como bons contracantos, além de um bom trabalho de dinâmica e um bom desenho melódico da voz.
3) Static Head. Esta é a faixa que menos me agrada no EP, embora seja uma boa composição, também bem embalada, porém menos veloz, esta soa mais punk rock, embora exista eventuais trechos mais velozes, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz. Eventuais contracantos também merecem atenção.
4) Cattle. O EP finaliza com outra excelente composição, a qual possui um ótimo arranjo, com boas frases de bateria, bem como bons riffs de guitarra, sendo, mais uma vez, bem embalada, possuindo dois momentos distintos, um mais veloz e outro menos, além de existir trechos mais cadenciados, com mais groove, em eventuais pontes. O destaque, na minha opinião, está no final, quando surge a velocidade, embora o arranjo mereça atenção.
Ouça o EP ao tomar um gole super grande!

quarta-feira, 24 de maio de 2023

3rd Bass - The Cactus Album (1989)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
MC Serch - Michael Berrin (Vocal)
Pete Nice - Peter Nash (Vocal)
DJ Richie Rich - Rich Lawson (Pick-up)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Def Jam, e foi gravado nos estúdios Chung King, Greene Street e Island Media. É um excelente álbum, repleto de grooves, muito swing, bons arranjos, assim como os samples, além de um ótimo trabalho nos scratches. As faixas são, em sua maioria, embaladas, embora não muito velozes, as quais possuem uma ótima qualidade de gravação. Os samples possuem, em grande parte, ótimas linhas de baixo, existindo eventuais influências de jazz em alguns arranjos. Um excelente álbum, de um excelente grupo, o qual existiu na melhor época do gênero, na minha opinião. O grupo entrou no "embalo" do Beastie Boys como rappers brancos, inclusive os dois grupos mantinham contato e tinham boa relação, aliás, MC Serch pretendia fazer parte do Beastie Boys, porém, nunca foi dada a a oportunidade para ele, o que acabou criando pequenas rugas entre os dois grupos. Um terço das faixas do álbum são apenas vinhetas, existindo seis faixas com videoclipe de divulgação. O álbum atingiu as posições de número 55 na lista da Billboard 200, bem como a posição de número 5 na lista Top Hip Hop / R&B Albums, também da Billboard, ambas nos EUA, além de ter sido nomeado, em 1998, como um dos 100 melhores álbuns de rap, bem como, em 2008, ter sido considerado, pela Rhapsody, como um dos 10 melhores álbuns de rappers brancos. O álbum foi seguido por um vídeo, chamado The Cactus Vidie/Yo, além disso, o título do álbum pode variar de acordo com seu formato, podendo encontrar versões com os títulos The Cactus Cee/D e The Cactus Cas/Ette. O curioso é que Richie Rich está creditado como o DJ do álbum, porém, este apenas participava das apresentações ao vivo do grupo, tendo a parte das pick-ups sendo gravado pelo DJ White Knight, o qual não é creditado no álbum. A arte da capa ficou por conta de Howard Zucker. Um excelente álbum, de uma excelente época, o qual possui excelentes samples, bem como excelentes interpretações das composições. Um álbum que deve ser conferido pelos adoradores do gênero!
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FAIXA A FAIXA:
1) Stymie's Theme. O álbum inicia com uma das vinhetas, instrumental, a qual dura poucos segundos.
2) Sons Of 3rd Bass. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual possui um excelente groove, uma ótima linha do baixo, bem como um excelente sample, além de um ótimo trabalho nos scratches, além de ser muito bem interpretada.
3) Russel Rush. Mais uma vinheta, a qual possui apenas falas.
4) The Gas Face. Outra ótima composição, a qual possui um ótimo sample, bem minimalista, o qual põe o piano em evidência, embora possua eventuais momentos com boas linhas de baixo e mais groove. Mais uma vez a composição está muito bem interpretada e arranjada, sendo esta, a primeira faixa do álbum que possui videoclipe de divulgação. Um bom vídeo, o qual apresenta o grupo e alguns convidados, em ambientes urbanos, fazendo a "gas face".
5) Monte Hall. Esta é uma faixa que considero das melhores do álbum, a qual apresenta um excelente groove, bem como uma excelente linha de baixo, assim como o sample e o arranjo, existindo frases de saxofone que remetem ao jazz. Mais uma vez a composição está muito bem interpretada.
6) Oval Office. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui um ótimo groove, bem como um bom sample, o qual possui uma intenção bem pesada, além de ser bem minimalista e possuir um excelente arranjo, sendo uma faixa bastante embalada.
7) Hoods. Mais uma faixa que é apenas uma vinheta, a qual possui o trecho do áudio de algum filme.
8) Soul In The Hole. Outra excelente composição, a qual possui arranjo e intenção semelhante às composições da metade da década de 80, possuindo um excelente groove, o qual apresenta uma intenção de bastante peso, existindo um excelente arranjo, com destaque para o refrão e seu sample com o vibrafone, o qual demonstra influências de jazz, mais uma vez.
9) Triple Stage Darkness. Esta é outra faixo que considero das melhores do álbum, sendo, também, outra faixa a possuir videoclipe de divulgação. Um bom vídeo, com imagens em preto e branco, dando a ideia de algo fúnebre, porém, a faixa não está completa, sendo apresentada apenas uma amostra. É uma excelente composição, a qual possui um excelente groove, bem como uma excelente linha de baixo, além de um ótimo arranjo, ótima interpretação, além de um excelente trabalho nos scratches.
10) M.C. Disagree. Esta é outra faixa que é apenas uma vinheta, apresentando o áudio de uma gravação de secretária eletrônica.
11) Wordz Of Wisdom. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo, também, a terceira faixa do álbum a possuir videoclipe de divulgação, o qual apresenta o grupo cantando e dançando, com alguns convidados, em ambientes urbanos. Uma excelente composição, a qual possui um bom embalo, além de excelentes groove e sample, existindo uma ótima linha de baixo, apesar de bem minimalista, além de possuir um excelente arranjo e um refrão sing-a-long.
12) Product Of The Environment. Esta é outra boa composição, sendo a quarta faixa do álbum a possuir videoclipe de divulgação. Um bom clipe, o qual apresenta o grupo cantando e dançando, com alguns convidados, em ambientes urbanos. Mais uma excelente faixa, mais lenta do que a maioria das faixas, mas que possui muito peso e groove, com destaque para o arranjo do refrão, que apresenta um excelente sample, o qual mantém um naipe de metais em evidência, além de possuir um ótimo trabalho nos scratches.
13) Desert Boots. Mais uma faixa que é apenas uma vinheta, a qual inclui uma fala com um arranjo bem country / western de fundo.
14) The Cactus. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual apresenta uma excelente linha de baixo, bem como um excelente padrão rítmico, bem quebrado em seus acentos, o que tira o embalo, embora o baixo mantenha esta intenção.
15) Jim Backus. Mais uma faixa que é apenas uma vinheta, a qual apresenta um pequeno trecho tirado de algum filme.
16) Flippin' Off The Wall Like Lucy Ball. Uma excelente faixa, bem intimista e minimalista, a qual apresenta uma ótima linha de baixo, possuindo pouco peso, já que o único instrumento de percussão presente é um shake. A faixa possui uma intenção bem jazz, porém, bem irônica, sendo a interpretação  e expressão vocal o ponto fraco, na minha opinião.
17) Brooklyn-Queens. Esta é a quinta faixa do álbum a possuir videoclipe de divulgação, o qual mantém a ideia padrão dos demais clipes em apresentar o grupo cantando e dançando, com alguns convidados, em ambientes urbanos, porém, aqui, o vídeo mostra a percepção de um turista de outro país ao passear, de ônibus, nas ruas do bairro. A faixa possui um excelente groove, com um ótimo arranjo, um bom embalo, assim como a linha de baixo, possuindo uma boa interpretação e expressão vocal, existindo, também, um refrão bem sing-a-long, além de um bom trabalho nos scratches.
18) Steppin' To The A.M.. Esta é a última faixa do álbum a possuir videoclipe de divulgação, sendo, também, uma das faixas que considero das melhores. Um bom clipe, o qual mantém o padrão dos demais vídeos: os integrantes do grupo cantando e dançando, com alguns convidados, em ambientes urbanos, embora, aqui, aparecem cenas gravadas em estúdio, ironizando artistas como Vanilla Ice. Uma excelente composição, a qual possui um excelente groove, uma excelente linha de baixo, além de um bom embalo, com destaque para o arranjo do refrão.
19) Episode #3. Esta é mais uma faixa que é apenas uma vinheta, sendo, mais uma vez, apenas o áudio de um trecho retirado de um filme.
20) Who's On Third. Esta é uma faixa sem letra, já que as vozes são apenas samples, a qual possui um excelente arranjo, embora possua pouca duração, bem como um bom trabalho nos scratches. Esta é a faixa que finaliza o álbum na versão em LP.
21) Wordz Of Wisdom (Remix). O álbum finaliza com uma boa faixa, a qual, nada mais é, do que a faixa 11 com arranjo diferente. Na minha opinião, me agrada mais, sem sombra de dúvidas, a outra versão, embora esta não seja ruim, mantendo um bom groove, em especial devido ao arranjo.
Ouça o álbum curta o álbum do cacto!

sábado, 20 de maio de 2023

2Pac - 1 In 21 (A Tupac Shakur Story) (1997)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
2Pac - Tupac Shakur (Vocal)
Ray Luv - Raymond Tyson (Vocal)
Chopmaster J - James Dright (Pick-up)
DJ Dize (Pick-up)
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Esta é a segunda coletânea lançada pelo artista, após cinco álbuns de estúdio, através do selo AIM. É uma excelente coletânea, com composições repletas de groove, além de muito swing, ótimos samples, bem como muita expressão nas interpretações, as quais se mantêm sinceras com as intenções. As faixas não são velozes, porém possuem excelentes arranjos, além de eventuais bons scratches, sendo, algumas delas, apesar do groove, bem embaladas. A coletânea resgata gravações do período entre 1989 e 1992, incluindo as primeiras gravações do artista, quando ainda pertencia ao grupo Strictly Dope. Nenhuma das faixas estão presentes em algum álbum do artista, sendo, como, uma coletânea de "lados B". É uma coletânea que não pertence à discografia oficial do artista, tendo sido lançada na Austrália, a qual possui duas capas diferentes. O título se refere a uma estatística: 1 a cada 21 homens negros morrerão, nos EUA, em decorrência de atos violentos. São gravações de uma época em que eu considero o auge do rap, período ao qual, na minha opinião, estão os melhores registros do gênero, e, aqui, não podia ser diferente, são registros e composições que possuem as características de diversos artistas do gênero na época, soando como uma mescla do rap da costa leste e o rap da costa oeste, já que a carreira artística do cantor iniciou depois que ele se mudou para a Califórnia, embora suas raízes da adolescência e juventude nova iorquinas se mantêm presentes. Uma excelente coletânea, a qual apresenta composições que, até então, eram inéditas, apresentando as origens da carreira do artista. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Static (Extended Club Mix). A coletânea inicia com uma das faixas mais atuais, a qual possui um ótimo groove, bastante swing, além de um ótimo sample, a qual apresenta toda sua intenção no arranjo de piano, com destaque para a interpretação e expressão da voz.
2) Panther Power. Esta é uma das faixas que foram gravadas na época do Strictly Dope, sendo uma das faixas que considero das melhores da coletânea. Muito groove, um bom sample, bastante percussivo, sendo interpretada com muita expressão vocal, além de possuir bons, eventuais, scratches, bem como um refrão bem sing-a-long.
3) Never Be Beat. Outra faixa da época Strictly Dope, sendo, também, uma das faixas que considero das melhores da coletânea. Mais uma vez, um excelente groove, muito swing, um ótimo sample, bem como ótimos scratches, o destaque, na minha opinião, embora a expressão na interpretação vocal mereça atenção.
4) Case Of The Misplaced Mic. Esta é outra faixa da época Strictly Dope, sendo a faixa que considero a melhor da coletânea, a qual possui um excelente groove, um excelente sample, bem como muito swing, além de uma boa expressão vocal na interpretação. Destaque para o arranjo e a linha de baixo do sample.
5) My Burnin' Heart. Esta é outra, e a última, faixa da época Strictly Dope, a qual, mais uma vez, possui um ótimo groove, um ótimo sample, mantendo uma intenção mais intimista que as faixas anteriores, a qual mantém uma tensão devido ao arranjo. A faixa possui um refrão sing-a-long.
6) Static (Radio Edit). Esta faixa é igual à faixa 1, porém com menor duração, existindo uma edição que cortou algumas partes para que o tempo de duração fosse adequado à radiodifusão.
7) Static (Playa Mix). Esta é outra versão da faixa 1 (ou 6), a qual mantém a mesma linha vocal, porém com outro sample, o qual, como o nome já sugere, possui uma intenção mais "tranquila", sem muita tensão como o arranjo das versões anteriores.
8) Static (Silent Mic Mix). Esta faixa é igual à faixa 6, porém apenas com o arranjo instrumental, sem a parte vocal.
Ouça a coletânea e seja 1 em 21!

quarta-feira, 17 de maio de 2023

2 Minutos - Valentin Alsina (1994)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Argentina (Valentín Alsina / Buenos Aires)
FORMAÇÃO:
Mosca - Walter Velázquez (Vocal)
Indio - Alejandro Mirones (Guitarra)
Papa - Alejandro Aidnajian (Baixo)
Pedro - Marcelo Pedrozo (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Interdisc. É um ótimo álbum, bastante embalado, eventualmente veloz, com arranjos bem simples, assim como as composições, porém, interpretadas com muita energia, perceptível devido à expressão do grupo, o qual se mantém fiel à intenção das composições. O álbum é um marco para o punk rock argentino, sendo uma grande referência, mesmo que os músicos não possuam muita técnica, inclusive existindo eventuais momentos falhos na interpretação, como desafinações ou acentos assíncronos entre os instrumentos, porém a intenção e expressão acabam em evidência, fazendo o ouvinte ignorar tais questões. De qualquer forma, o álbum, apesar de eu ter classificado como punk rock, possui influências do oi!, não só pela música, mas, em especial, pela temática abordada. O álbum soa como uma mistura de Eskorbuto, Garotos Podres e, claro, como toda banda de punk rock argentina, Ramones. O álbum possui uma faixa instrumental e uma faixa cover, enquanto que a arte da capa ficou por conta de Chino Gonzales. Um bom álbum, bem intencionado, o qual é uma grande referência do gênero em seu país, e que merece ser conferido, uma parte da história do underground argentino!
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FAIXA A FAIXA:
1) Valentín Alsina. O álbum inicia com a faixa que dá nome ao mesmo, a qual é, também, uma das faixas que considero das melhores. Bastante embalada e veloz, a qual possui um refrão bem sing-a-long e um arranjo simples, o destaque está na expressão e energia.
2) Canción De Amor. Esta é uma boa composição, a qual possui um bom embalo, embora pouco veloz, um arranjo bem simples, porém o desenho melódico da voz possui um bom movimento, embora interpretado com eventuais desafinações. O refrão é bem sing-a-long, sendo este o destaque, na minha opinião.
3) Que Mala Suerte!. Outra boa composição, a qual, mais uma vez, possui um arranjo bem simples, um bom embalo, com destaque para o desenho melódico da voz, existindo, também, eventuais frases de guitarra as quais merecem atenção, embora simples, também.
4) Novedades. Esta é outra boa composição, também bem embalada, a qual me lembra, bastante, com Garotos Podres, existindo eventuais contracantos. O destaque, mais uma vez, está no desenho melódico da voz.
5) Odio Laburar. Mais uma boa composição, a qual possui um bom embalo, um arranjo bastante simples, sendo o destaque, na minha opinião, as pontes e suas frases que lembram bastante com Ramones. O vocal apresenta frequentes trechos desafinados, reduzindo a qualidade a da composição.
6) Amor Suicida. Mais uma boa composição, a qual inicia com uma boa frase de guitarra, em um bom arranjo. Logo após, surge a parte A, e o padrão do álbum se expõe mais uma vez: um bom embalo, com arranjo simples, pouca velocidade e um bom desenho melódico da voz,o destaque na minha opinião, embora as pontes também mereçam atenção.
7) 14 Botellas. Esta é a faixa instrumental do álbum, sendo, também, a faixa de menor duração, a qual possui um bom embalo e uma boa progressão harmônica na parte A, lembrando, mais uma vez, com Ramones.
8) Vos No Confiaste. Mais uma boa composição, bem embalada, a qual possui um bom riff de guitarra na introdução, bem como uma boa frase de guitarra, os destaques, na minha opinião. Com arranjo bem simples e um bom desenho melódico da voz, a faixa mantém as características padrão do álbum.
9) Barricada. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante embalada e veloz, ela possui uma introdução bastante intencional, a qual prepara para o que virá. Uma composição bem simples, assim como seu arranjo, mas que é interpretada com muita expressão e energia, os destaques, na minha opinião.
10) Otra Mujer. Esta é outra boa composição que mantém as características padrão do álbum: um bom embalo, arranjo simples e um bom desenho melódico da voz, sendo este último o destaque, na minha opinião. A altura das notas da voz está acima do padrão do álbum. A faixa possui um refrão bem sing-a-long, finalizando com um trecho mais veloz, o qual possui um arranjo de bateria com a caixa dobrada.
11) Como Caramelo De Limón. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo, também, a faixa cover, a qual é uma composição de Riki Maravilla e Carlos León, sendo gravada, originalmente, por Riki Maravilla, em 1988. Bastante embalada e mais veloz que o padrão do álbum, a composição possui uma introdução que tenta remeter à versão original, porém, logo após, surge a intenção punk rock. Destaque para o desenho melódico da voz, embora as frases de guitarra mereçam atenção. A composição possui um refrão bem sing-a-long.
12) Demasiado Tarde. Outra boa composição, a qual possui uma intenção bem oi!, com destaque para o desenho melódico da voz, bem como possui frequentes contracantos, existindo bons riffs de guitarra, além de bons momentos, entre as partes, em que a dinâmica é trabalhada.
13) Pelea Callejera. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante embalada, e com uma velocidade acima do padrão do álbum, a composição possui um arranjo bem simples, com frequentes contracantos, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz.
14) Arrebato. Esta é outra boa faixa, sendo a primeira música composta pelo grupo, a qual possui um refrão bem sing-a-long, com constantes contracantos, além de possuir uma eventual frase de guitarra. No mais, a faixa mantém as características padrão do álbum: um bom embalo, arranjo simples e um bom desenho melódico da voz.
15) Ya No Sos Igual. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo, também, uma das primeiras composições do grupo. A faixa incia com uma boa introdução, bem pensada e interpretada, a qual possui um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque, sem sombra de dúvidas, na minha opinião, o desenho melódico da voz, existindo, também, eventuais boas frases de guitarra, bem como eventuais contracantos e um refrão bem sing-a-long.
Ouça o álbum a caminho de Valentín Alsina!

sábado, 13 de maio de 2023

16 Horsepower - Secret South (2000)

GÊNERO: Rock Psicodélico
ORIGEM: EUA (Denver - Denver / Colorado)
FORMAÇÃO:
David Edwards (Vocal, guitarra, violão, banjo, chemnitzer concertina)
Steve Taylor (Guitarra, violão, órgão)
Pascal Humbert (Baixo, baixo acústico, violão)
Jean-Yves Tola (Bateria, percussão, piano)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Glitterhouse, e foi gravado no estúdio Hamilton Glory Lodge. É um ótimo álbum, bem conceitual, intimista e intencional, o qual possui ótimos arranjos, bem pensados e interpretados, os quais possuem diferentes intenções entre as faixas. Embora eu tenha classificado o álbum como rock psicodélico, o mesmo possui fortes elementos do folk, podendo, muito bem, ser considerado um álbum folk. Porém elementos do blues e de outros gêneros do rock também são percebidos no álbum, porém, sempre com uma ideia de paisagem sonora em suas intenções e arranjos, tornando a ideia bem espectral, em sua maior parte. Algumas faixas são embaladas, outras não, sendo a maioria delas com pouco peso, embora existam raros momentos em que este aparece de maneira discreta. É um álbum que marca uma diferença nas intenções das composições em relação aos dois álbuns anteriores, enquanto os dois primeiros mantêm elementos do rock em evidência, este já varia bastante com o folk, mas, principalmente, em suas intenções intimistas. Este é o primeiro álbum do grupo a contar com Steve em sua formação. O álbum possui uma faixa cover, bem como uma faixa com videoclipe de divulgação, além de ter atingido as posições de número 45 na Holanda, e 31 na Noruega. O álbum conta com as participações de Asher Edwards, Rebecca Vera e Elin Palmer tocando instrumentos de corda, criando o arranjo do chamado strings, enquanto que a arte da capa ficou por conta de David Zimmer. Um ótimo álbum, bem intimista, perfeito para ouvir na penumbra de sua intimidade, apreciando, de maneira quase hipnótica, os diversos elementos influenciados pela paisagem sonora! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Clogger. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, sendo, também, a faixa que possui videoclipe de divulgação. Um bom clipe, que mostra o grupo tocando no palco de um teatro, o qual conta com a participação de Asher Edwards, filha de David. Com certeza esta é a faixa mais rock do álbum, bem embalada, com um bom arranjo, bem interpretada, além de bem intencional. O destaque, na minha opinião, está na expressão quanto das interpretações, bem "solto" e "leve".
2) Wayfaring Stranger. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum, a qual possui uma intenção bem blues, que lembra o blues rural dos anos 30, inclusive devido à mixagem e equalização. Porém esta intenção do blues rural não perdura o tempo todo, apenas no início, após, a composição se repete, porém, com novos arranjos, os quais acrescentam, aos poucos, elementos mais modernos, no que diz respeito ao timbre e instrumentação.
3) Cinder Alley. Outra boa composição, bem intimista e intencional, a qual possui arranjo de strings. Embora lenta, a faixa possui um bom embalo, com um excelente arranjo, sendo o destaque, na minha opinião, a expressão e intenção, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
4) Burning Bush. Mais uma composição bem intimista e intencional, esta com o piano em evidência. A composição não apresenta muito embalo, embora mantenha esta ideia, sendo mais uma faixa lenta, a qual o destaque, na minha opinião, está no arranjo e intenção, embora o desenho melódico da voz e expressão mereçam atenção.
5) Poor Mouth. Esta é outra boa composição, mais uma vez, bem intimista e intencional, a qual possui um excelente arranjo. A expressão na interpretação, mais uma vez merece atenção, embora o destaque, na minha opinião, esteja na progressão harmônica e arranjo, o qual possui boas frases de guitarra.
6) Silver Saddle. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual é, mais uma vez, bem intencional e intimista, mas que possui uma excelente frase, também minimalista, executada pelos instrumentos de teclas. O acompanhamento rítmico se dá por tambores graves, o que aliado ao trabalho de dinâmica, ajudam a caracterizar, ainda mais, a intenção intimista da composição.
7) Praying Arm Lane. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui fortes influências do folk, aliás, considero esta mais uma faixa folk do que rock! Com um excelente arranjo, aliado à um bom trabalho de dinâmica, sempre bem interpretado, com bastante expressão, a composição possui um bom embalo.
8) Splinters. Mais uma boa composição, mais uma vez, bem intimista e intencional, a qual apresenta um bom trabalho de dinâmica, sempre bem interpretados com boa expressão, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico e expressão da voz.
9) Just Like Birds. Mais uma boa composição com intenção bem intimista, a qual possui um ótimo arranjo, bem como um bom trabalho de dinâmica, possuindo um bom embalo, apesar de sutil, bem como um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, a expressão na interpretação.
10) Nobody 'Cept You. Esta é a faixa cover do álbum, sendo, também, a faixa que, de longe, menos me agrada. Esta é uma composição, composta e gravada, originalmente, por Bob Dylan, em 1974, a qual não havia sido lançada até 1991. Esta é outra faixa bem folk, a qual possui um bom arranjo, bem como um bom trabalho de dinâmica, a qual inicia bem intimista, mas que altera a sua intenção no decorrer da música, além de possuir um bom embalo.
11) Straw Foot. O álbum finaliza com uma ótima composição, a qual resume bem todas as intenções do álbum, apresentando todos os elementos presentes nas outras faixas. A intenção intimista está em evidência, como não poderia deixar de estar. O minimalismo também está presente, assim como o bom trabalho de dinâmica. O elemento que não reaparece aqui, seria a intenção mais pesada e mais rock da primeira faixa.
Ouça o álbum e descubra o sul secreto!

quarta-feira, 10 de maio de 2023

1.5 Kг Отличного Пюре - Летние Дни (2006)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: Rússia (São Petersburgo / Distrito Federal Do Noroeste)
FORMAÇÃO:
Дмитрий Ганжа (Vocal, guitarra)
Вячеслав Филиппов (Vocal, guitarra)
Дэн (Baixo)
Кирилл Павловский (Bateria)
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Este é o quarto, e último, álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Свежая Струя, e foi gravado no estúdio Нева. É um bom álbum, com composições bem embaladas, embora possuam seus momentos mais cadenciados, existindo eventuais faixas velozes, bem como bons desenhos melódicos da voz. As composições são bem interpretadas, com arranjos bem pensados, apesar de não muito complexos, com destaque para os arranjos de guitarra, as quais possuem eventuais frases e riffs. A qualidade da gravação é boa e tudo está no lugar, existindo eventuais arranjos rítmicos em sincronia entre os instrumentos que ajudam a elevar a qualidade do álbum. Os desenhos melódicos da voz, apesar de serem bons, não possuem grandes extensões, uma pequena mostra da qualidade técnica dos músicos que, embora não sejam ruins, não executam nada muito complexo. Embora eu tenha classificado como um álbum de pop punk, ele possui fortes influências de hardcore melódico, sendo uma mescla de diferentes bandas dos anos 90, mas com a intenção dos anos 2000, como Offspring, NOFX, Lagwagon, Bad Religion e Blink-182. Este é o último álbum com o grupo com este nome, já que poucos anos depois, o grupo passou a se chamar, apenas, 1.5 Kг. O álbum possui uma faixa com videoclipe de divulgação, enquanto que a arte da capa ficou por conta de Саша T-True. Um bom álbum, com composições bem pensadas e bem produzidas, aliadas a um bom embalo e bons desenhos melódicos da voz. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Август-Юг. O álbum inicia com uma boa faixa, a qual possui um bom desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, além de um bom embalo, embora não veloz, existindo uma variação de cadência entre as partes, bem como um bom arranjo, em especial da bateria, além de um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil.
2) Сердце. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, sendo, também, a faixa que possui videoclipe de divulgação. Um bom clipe, o qual apresenta o grupo tocando em um quarto cheio de travesseiros, os quais os integrantes estão deitados tocando, alternando com cenas de jogos de cassino, principalmente a roleta. A composição possui um bom arranjo, com variações de intenção, sendo, na maior parte, bastante veloz e embalada, além de possuir um bom desenho melódico da voz, bem como eventuais riffs de guitarra.
3) Прости. Outra boa composição, a qual possui um bom arranjo, bem como um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil, mantendo um bom embalo, o qual alterna com trechos mais cadenciados, variando, também, a velocidade do andamento. Destaque para o arranjo, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
4) В Дневнике. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora não seja ruim, possuindo uma intenção mais intimista, bem como um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica. Destaque para os eventuais riffs de guitarra, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
5) Летние Дни. A faixa que dá nome ao álbum é, também, uma das faixas que considero das melhores. Bastante veloz e embalada, possuindo bons riffs de guitarra, bem como uma excelente intenção e um ótimo desenho melódico da voz. A composição lembra, um pouco, com a música Lori Meyers, do grupo NOFX.
6) Олд Скул Сонг. Mais uma boa composição, a qual não possui muita velocidade, embora possua um bom embalo, sendo o destaque, mais uma vez, o desenho melódico da voz. A faixa possui um bom trabalho de dinâmica, bem como uma intenção mais intimista, apesar de sutil.
7) Экстра Лайт. Mais uma boa composição, a qual possui um bom arranjo, com frequentes variações de cadência, eventuais bons riffs de guitarra, além de um bom embalo, embora não seja veloz, sendo o destaque o desenho melódico da voz e o arranjo rítmico, em eventuais partes. Os contracantos, no refrão, o qual é bem sing-a-long, merecem atenção.
8) Брокен Сонг. Esta é outra boa composição, a qual possui um intenção mais "alegre" e pop, embora não de maneira exagerada, com destaque para o refrão, bem sing-a-long, e seu desenho melódico, embora as frases com variações de cadência nas pontes entre as partes, e as eventuais frases de guitarra, mereçam atenção.
9) Кончилось Лето. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual possui um excelente embalo, além de ser bastante veloz, embora possua momentos mais cadenciados. A composição possui um bom desenho melódico da voz, com destaque para o arranjo de guitarra e seus riffs.
10) Страсть & Ярость. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui um excelente arranjo, o destaque na minha opinião. A progressão harmônica é muito boa, existindo um bom arranjo rítmico, bem como um bom desenho melódico da voz, além de ótimos, eventuais, riffs de guitarra e frequentes variações de cadência.
11) Зодиак. O álbum finaliza com outra boa composição, a qual inicia com uma excelente frase de bateria. A faixa possui boas frases e riffs de guitarra, além de um ótimo arranjo, o destaque na minha opinião. Apesar de não muito veloz, a faixa alterna momentos mais embalados com outros mais cadenciados, possuindo uma intenção mais intimista, embora sutil. O desenho melódico da voz também merece atenção.
Ouça o álbum nos dias de verão!

sábado, 6 de maio de 2023

Zumbis Do Espaço - Split [Grinders] (2003)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Brasil (Taubaté / São Paulo)
FORMAÇÃO:
Tor - André Guimarães (Vocal)
Hank Alien (Guitarra)
Gargoyle (Baixo)
Zumbilly (Bateria)
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Este é o primeiro, e único até então, split lançado pelo grupo, após três álbuns de estúdio, através dos selos Thirteen e Ataque Frontal. Este é, na verdade, um split com a banda brasileira Grinders, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do Zumbis Do Espaço. É um ótimo split, com composições embaladas, boas melodias, arranjos simples e intenções bem explícitas, interpretadas de maneira fiel à proposta. É um split de punk rock, porém, possui pitadas de country e skate punk. O split conta com três faixas cover, as demais são inéditas. É um split que possui muita influência de Misfits, embora a semelhança com Ramones também seja perceptível. Aliás, a influência de Misfits aparece, inclusive, no nome do grupo, bem como nas intenções e temáticas das letras, sendo considerado, por muitos, como uma banda de horror punk. Sem nada de muito especial nos arranjos, embora tudo esteja no lugar, o destaque está, na minha opinião, no desenho melódico da voz, embora a carência técnica do vocalista, por sua vez, é, na minha opinião, o ponto fraco do split, apesar desta carência ser suprida pela expressão. Um ótimo split, lançado no meio de dois trabalhos ao vivo, o qual ajudou a apresentar novas composições, e versões, para os fãs que estavam no aguardo de novidades do grupo! Para os fãs do grupo, um ótimo registro, para aqueles que conhecerão o trabalho do grupo através deste split, uma ótima amostra! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Eu Era Um Zumbi Adolescente. O split inicia com uma ótima composição, bem ao estilo Ramones, com bastante embalo, arranjo bem simples, com destaque para o desenho melódico da voz, embora os eventuais acentos fora do tempo forte e o arranjo debateria no final da faixa mereçam atenção. A faixa possui um refrão bem sing-a-long. Esta faixa foi gravada para a trilha sonora do curta Crônicas De Um Zumbi Adolescente.
2) Carcaça De Um Outro Alguém. Considero esta a melhor faixa do split, a qual possui um ótimo embalo e uma intenção bem western, a qual lembra bastante a música Ghost Town, do grupo Gazoo Bill. No modo menor e com um excelente desenho melódico da voz, o destaque na minha opinião, além de bons riffs de guitarra, a composição possui um refrão bem sing-a-long.
3) Assassinos Por Natureza. Outra boa composição, a qual apresenta influências de Misfits e Ramones. Bem embalada, com um refrão bem sing-a-long, a composição possui um arranjo bem simples, sendo o destaque, mais uma vez, o desenho melódico da voz.
4) O Mal Não Tem Fronteiras. Esta é outra boa composição, embora seja a faixa que menos me agrada no split. Esta é uma composição punk rock com influências do country, a qual possui um bom embalo, um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, as frases de guitarra.
5) Hybrid Moments. Esta é a primeira das faixas cover, sendo uma composição de Glenn Danzig, gravada, originalmente, pelo grupo Misfits, em 1978. É uma versão extremamente fiel à original, sendo a única diferença os timbres de voz e instrumentos, já que no arranjo nada foi alterado, mantendo o embalo e arranjo original.
6) Glad To See You Go. Esta é uma das faixas que considero das melhores do split, sendo, também, a segunda faixa cover a ser apresentada no split, tendo sido composta e gravada, originalmente, pelo grupo Ramones, em 1977. Mais uma vez a versão é extremamente fiel à original, mantendo o mesmo arranjo e embalo, sendo a diferença apenas os timbres de voz e instrumentos.
7) Vem A Vingança. O split finaliza com a última das faixas cover, a qual é uma faixa composta e gravada, originalmente, pelo grupo Grinders, em 2002. Esta é uma excelente faixa, a mais pesada e veloz do split, a qual é um skate punk com pitadas de crossover, bem embalada, embora possua seus momentos mais cadenciados, mantendo, mais uma vez, uma fidelidade muito grande em relação ao arranjo original, com diferenças apenas nos timbres de voz e instrumentos.
Ouça o split através dos moedores!

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Žulj - Resetiraj Civilizaciju (2018)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Croácia (Rijeka / Primorje Gorski Kotar)
FORMAÇÃO:
Oli (Vocal)
Juresko (Guitarra)
Bager (Guitarra)
Jure (Baixo)
Karolina (Bateria)
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Este é o segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado na casa dos integrantes. É um bom álbum, com composições bem embaladas, embora existam seus momentos mais cadenciados, as quais possuem arranjos bem simples, porém, sempre interpretados com muita energia e expressão, aliás, estes são os destaques do álbum, na minha opinião. Apesar de simples, os arranjos são bem pensados, existindo eventuais frases de guitarra, bem como variações entre os padrões rítmicos, além de variações no andamento entre as músicas, embora prezem pela velocidade em sua maior parte. A qualidade da gravação é boa e tudo está muito bem interpretado, pois está "redondinho", não existindo muitas movimentações nas linhas melódicas da voz. O ponto fraco, na minha opinião, está na parte rítmica, muito "quadrada", possuindo poucas variações ou maiores detalhes que venham a elevar a qualidade dos arranjos. Difícil encontrar muitas informações sobre o grupo, porém, ainda estão em atividade, sendo um grupo atual que merece reconhecimento. O álbum possui uma intenção bem evidente, sendo bem fiéis ao proposto em relação às interpretações. A arte da capa ficou por conta de Davor Dundara. Um bom álbum, com muita expressão e energia nas interpretações, sem rodeios, o qual apresenta suas intenções de maneira direta. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Sloboda?. O álbum inicia com uma boa faixa, a qual possui uma pequena introdução mais intimista, mas que, após, mantém um bom embalo do início ao fim, sendo o destaque a progressão harmônica, apesar de simples, embora o solo de guitarra mereça atenção.
2) Resetiraj Civilizaciju. Outra boa composição, a qual dá nome ao álbum, é, também, bem embalada, possuindo um arranjo bem simples, com destaque para o refrão, o qual lembra, um pouco, com Varukers.
3) Uniforma Krvozednih. Outra boa composição, porém com intenção diferente das demais faixas do álbum, pois possui um padrão rítmico bem distinto, em especial devido ao arranjo de bateria, enquanto que a progressão harmônica mantém padrões do rock 'n' roll, embora não deixem de lado a expressão punk.
4) Istine Su Lazi. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual possui um bom embalo, interpretada com muita expressão e energia, além de possuir um refrão bem sing-a-long, o qual apresenta um bom desenho melódico da voz. Justamente o refrão é o que considero o destaque da composição, embora o solo de guitarra mereça atenção.
5) Bankarski San. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, bastante embalada, embora sua introdução mantenha outra intenção, mais lenta e com mais groove, possuindo um refrão bem sing-a-long, além de uma boa progressão harmônica, apesar de simples.
6) Gdje Su Pare?. Esta é a faixa mais veloz, mais curta, possuindo menos de 10 segundos de duração, ams que possui muita energia na sua interpretação, lembrando bastante com o hardcore old school dos anos 80.
7) "Drzava". Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui dois momentos distintos, um veloz e outro menos, embora o embalo esteja sempre presente. Talvez a faixa com arranjo mais bem trabalhado no álbum, possuindo um refrão bem sing-a-long e uma ótima progressão harmônica, o destaque, na minha opinião, embora as frases de guitarra mereçam atenção. Mais uma composição que possui pitadas do d-beat.
8) Farmaceutska Sisa. Outra boa composição, a qual possui uma boa frase de bateria na introdução, existindo um pequeno groove. Esta é a faixa menos embalada de todo álbum, possuindo dois momentos distintos entre as partes A e B, a primeira com mais groove, e a segunda mais cadenciada e intimista. O destaque, na minha opinião, está na parte A.
9) Probusi Balon. Mais uma boa composição, a qual apresenta boa frase de guitarra na introdução, bem como um bom embalo, embora não muito veloz, além de contracantos sing-a-long no refrão, sendo, justamente, o refrão, o destaque, na minha opinião. Uma composição que soa bem punk rock.
10) Junk. O álbum finaliza com a faixa mais minimalista, a qual é, também, a faixa que possui uma frequente boa frase de guitarra, pouco embalo e uma progressão harmônica bastante repetitiva, mantendo um ritmo com os acentos bem evidentes, os quais ajudam a deixar a intenção em evidência. A faixa possui um arranjo bem "escrachado", em especial no seu final.
Ouça o álbum para redefinir a civilização!