sexta-feira, 26 de junho de 2020

Iron Maiden - Be Quick Or Be Dead (1992)

GÊNERO: Heavy Metal
ORIGEM: Inglaterra (Leyton - Greater London / Londres)
FORMAÇÃO:
Bruce Dickinson (Vocal)
Dave Murray (Guitarra)
Janick Gers (Guitarra)
Steve Harris (Baixo)
Nicko McBrain (Bateria)
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Este é o vigésimo quarto single lançado pelo grupo, após oito álbuns de estúdio, através do selo EMI. Este é o primeiro single do nono álbum do grupo, lançado meses antes do álbum. Provavelmente este é o lançamento mais blues de toda carreira do grupo! Duas faixas são blues, uma é spoken word e duas são o heavy metal característico do grupo, sendo que uma delas é um cover! Já havia comentado sobre este single aqui no blog em 2010, confiram! É um bom single, diferente, mas bom, tudo muito bem tocado e arranjado, como de praxe do grupo, muitos riffs de guitarra e um excelente vocal, com muita expressão e técnica, assim como os demais instrumentistas. Este single possui diferentes versões, aqui fiz um compilado com todas as faixas disponíveis nas diferentes versões.
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FAIXA A FAIXA:
1) Be Quick Or Be Dead. O single inicia com a faixa título, que é, na minha opinião, a melhor faixa! Esta faixa possui videoclip de divulgação. A faixa mais veloz, lembra bastante um NWOBHM, com um excelente riff de guitarra e uma ótima expressão e técnica vocal, além de um ótimo arranjo.
2) . Esta faixa não tem nome, mas foi apelidada pelos fãs do grupo de Bayswater Ain't A Bad Place To Be. É um blues monocórdico, ou seja, com apenas 1 acorde, tocado no violão, sem acompanhamento nenhum! O vocal também não é cantado e sim falado. Uma boa faixa, bem diferente de qualquer material já gravado pelo grupo!
3) Nodding Donkey Blues. Outro blues gravado pelo grupo, porém este com acompanhamento dos demais instrumentos, além de ser executado sem violão, mas com um piano! É um típico blues, com seus 12 compassos, porém a pegada heavy metal é inevitável!
4) Space Station No. 5. Esta considero a segunda melhor faixa do álbum, embora seja um cover! É uma composição de Ronnie Montrose e Sammy Hagar, gravada, originalmente, em 1973 pelo grupo Montrose. O grande destaque está no refrão, com uma excelente melodia e um ótimo arranjo, embora o riff de guitarra também mereça seu destaque.
5) The French Message From Bruce Dickinson. O single finaliza com uma faixa spoken word, a qual é apenas Bruce Dickinson passando um recado para os franceses.
Ouça o single, mas seja rápido ou morra!

sábado, 20 de junho de 2020

I.R.A. - Entre Amigos (1998)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Colômbia (Medellín / Antioquia)
FORMAÇÃO:
Mónica (Vocal)
David Viola (Vocal, guitarra)
José Juan (Guitarra)
Gabriel (Baixo)
Fredy (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Tekagaste, e foi gravado no estúdio Organic Sound. É um bom álbum, com músicas embaladas e bastante energia. O som parece uma mistura de várias bandas brasileiras da década de 80 e 90, se assemelha muito a Blind Pigs, mas também percebemos influência de Garotos Podres, Fogo Cruzado, Muzzarelas, bem como os norte-americanos do Rancid. José Juan foi convidado como músico convidado, porém não fazia mais parte do grupo nesta época. O ponto fraco do álbum é a falta de técnica dos integrantes, o que faz soar tudo meio tosco, mesmo quando tudo está no lugar! O timbre do baixo é outro ponto negativo, sem sustain, o som é extremamente feio, bem como as eventuais mudanças de andamento por Fredy. Existem ótimas composições, com bons arranjos e sempre embalado, embora nem sempre veloz, e com muita energia.
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FAIXA A FAIXA:
1) Mejor Extinguidos. A faixa de abertura do álbum é uma das que considero das melhores! Bastante embalada e com um bom arranjo, o grande destaque está nas guitarras, com boas frases. Existindo uma variação de cadência no meio.
2) 4 Años De Brutalidad. Considero esta a melhor faixa do álbum! Excelente harmonia e com um bom desenho melódico da voz, apesar de não caminhar muito. O destaque está na progressão harmônica e nos contracantos existentes.
3) Pompa Funebre. Boa faixa, bastante embalada, porém com nada de especial. Bem trivial, o destaque está no arranjo do baixo, com uma boa linha. O refrão possui uma variação tonal.
4) Bajo Bar. Outra faixa bastante embalada, talvez a faixa mais veloz até então. Uma boa faixa, com um refrão sing-a-long, o destaque está no arranjo das guitarras, apesar de simples.
5) Marcha Entre Anarquistas. Mais uma faixa bem embalada. O destaque está no refrão! É uma boa faixa, com uma boa linha de baixo, mas com nada de especial.
6) Ya No Tengo Solución. Outra boa composição, bem embalada, existindo frequentes coros. Também com nada de especial, mas uma boa composição. O destaque está no refrão.
7) Extraño Padecer Siglo XXI. Mais uma faixa bem embalada, com uma boa frase de guitarra e uma boa linha de baixo, que, aliás, é o grande destaque da composição. Mais uma boa composição com nada de especial. As eventuais pausas também são um ponto forte no arranjo.
8) Fuck'n Rascist. Considero esta faixa uma das melhores do álbum! Bem embalada, com uma boa progressão harmônica e um bom arranjo de bateria, além de um refrão bem sing-a-long. O típico punk rock dos anos 90!
9) Punk 90. Mais uma faixa bem embalada, esta com certa velocidade. Uma boa composição, em especial devido à parte A, a qual é o grande destaque da faixa, principalmente devido à progressão harmônica.
10) La Protesta Natural. Outra boa faixa, bem embalada, mas com nada de especial, existindo um refrão bem sing-a-long. O grande destaque está na parte A e sua progressão harmônica.
11) Himno A La Derrota. A composição tem tudo a ver com o título, já desde sua introdução! Realmente um punk rock em forma de hino! Não muito veloz, com um arranjo bem simples, o destaque está no coro do refrão.
12) Cosas De Locura. Uma boa faixa, talvez a faixa com arranjo mais bem trabalhado. Uma introdução sensacional, com um bom clima, mas que muda de maneira repentina quando da parte A. A harmonia da parte A lembra bastante a música Surfer Boy, do grupo sueco Fear Of War!
13) Torpeza. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante embalada e com uma boa frase do baixo, apesar de simples e repetitiva. Um bom arranjo ajuda a destacar a composição.
14) Dexconcertados. Considero esta a segunda melhor faixa do álbum! Com certeza a faixa mais veloz, com uma ótima progressão harmônica, a qual considero o grande destaque da composição. O ponto negativo está no timbre do baixo e na não manutenção do andamento por Fredy.
15) Los Explotados O Los Explotadores. O álbum finaliza com uma faixa mais lenta, mas com uma ótima frase da guitarra, o que é o grande destaque. No mais, uma composição bem punk rock, ao estilo das bandas do final da década de 70.
Ouça o álbum entre amigos!

domingo, 14 de junho de 2020

Intestinal Infection - Ihr Müsst Draussen Bleiben (2007)

GÊNERO: Grindcore
ORIGEM: Alemanha (Celle / Niedersachsen)
FORMAÇÃO:
Ralf (Vocal)
Christoph (Guitarra)
Sebastian (Baixo)
Daniel (Bateria)
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Este é o nono split lançado pelo grupo, através do selo Noise Variations. É um bom split, com músicas bem executadas e composições bem criativas, existindo bastante variação, não só entre uma música e outra, mas também, eventualmente, na mesma faixa. É um grindcore com influência de death metal, soa, para mim, como uma mescla de Napalm Death com Cripple Bastards. Os músicos não são ruins tecnicamente, embora também não chamem muita atenção, sendo o destaque o baterista Daniel. Este é um split com o grupo belga Agathocles, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do Intestinal Infection. O split possui três faixas cover, com versões bem fiéis às originais.
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FAIXA A FAIXA:
1) Böser Mann, Gute Frau. O split inicia com uma das faixas que considero das melhores. Com um arranjo bem trabalhado, bastante embalo e velocidade, ela varia entre um grindcore e um d-beat.
2) Babyshaker. Boa faixa, bastante veloz e pesada, mas com pouca duração, mas, mesmo assim, há tempo para que exista uma variação de cadência no arranjo.
3) Chop Chop Song. Outra faixa que alterna entre o grindcore e um d-beat, possuindo um bom arranjo, com muito peso e trocas rápidas de acordes.
4) Jugendgewalt. Mais uma faixa com alteração de cadência, bastante velocidade e peso, ora grindcore, ora d-beat. O vocal bastante expressivo chama a atenção.
5) Boneyard. Eis que surge o primeiro cover do split! Esta é uma composição do grupo Impetigo e foi gravada, originalmente, em 1992. Considero esta uma das melhores faixas do split, se não a melhor! Excelente harmonia, com um bom embalo, não sendo muito veloz.
6) Jesus Last Words. Outra faixa com pequena duração, um grindcore característico, existindo uma pausa no meio.
7) Nicht So Gemeint. A faixa inicia bem cadenciada, inclusive com um bom groove, lembrando bandas de hardcore, porém o grindcore também está presente!
8) A.I.D.S.. Outra faixa que considero das melhores do split, também com pouco duração, mas com um bom embalo e uma ótima progressão harmônica.
9) Opferschutz. Outra boa composição, com variações de cadência, iniciando menos veloz, porém o grindcore não demora a aparecer! Destaque para o arranjo.
10) Als Die... Kamen. A faixa inicia com uma introdução com falas, até que entre a música, que já inicia bem embalada, não muito grindcore, mas o que não demora a aparecer, variando bastante a cadência.
11) Was Ist Dran Am Rastermann. Outra faixa com pequena duração, sendo apenas a fala do título para depois ser executado um acorde em semínima, apenas!
12) Country Cousin. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um excelente arranjo e uma ótima progressão harmônica na parte B. Não muito veloz, mas com um bom embalo e bastante peso.
13) Nazischweine. Outra faixa bem veloz, bem ao estilo grindcore, embora existam eventuais trechos mais cadenciados. Extremamente veloz e muito pesada.
14) Tripper Clipper. Outra faixa com pouca duração, apenas o mesmo acorde executado duas vezes, com apenas uma semínima, existindo uma pausa entre eles.
15) Womankiller. Uma boa composição, iniciando mais cadenciado, com um certo groove, mas que não dura muito tempo, pois logo entra o grindcore, existindo bastante variação de cadência.
16) Deutsche Eiche. Considero esta uma das melhores faixas do split. Ela inicia mais d-beat, mas logo surge o grindcore, existindo uma excelente parte C no final, com ótimo embalo e progressão harmônica.
17) Pampered With A Hammer. Outra faixa que considero das melhores do split, com um arranjo bem trabalhado, bastante grindcore, mas existindo eventuais trechos cadenciados.
18) Ausgelacht Und Angespuckt. Outra faixa que considero das melhores do split, com frequentes variações de cadência, que duram pouco tempo, existindo um trecho bem d-beat.
19) You Suffer. Outra faixa cover! Esta faixa foi composta e gravada, originalmente, pelo grupo Napalm Death, em 1987. É uma faixa com apenas 1 segundo, 1 acorde, 1 palavra!
20) Der Arbeiter. A faixa inicia com uma canção executada apenas com violão e voz. Parece ser uma conhecida canção na Alemanha, porém, logo em seguida, entra o petardo e o grindcore toma conta da composição! Bastante veloz e pesada!
21) Antichrist. A faixa inicia com uma ópera e um bom arranjo de instrumentos de sopro e cordas, porém, logo após, as guitarras aparecem, e, logo em seguida, os demais instrumentos. Não muito veloz, mas com um bom embalo, finalizando com um ótimo arranjo d-beat.
22) Squeeze Anton. O split finaliza com mais um cover, desta vez uma composição do grupo Agathocles, gravada, originalmente, em 1990. Uma excelente faixa, bom arranjo, bem fiel ao original, é uma composição que mistura o grindcore com o d-beat.
Ouça o split e entenda porque você tem que ficar de fora!

quinta-feira, 11 de junho de 2020

In-Sane - ...Keeping Ourselves Close To Our Hearts... (2006)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Eslovênia (Gornja Radgona / Styria)
FORMAÇÃO:
Dario (Vocal, guitarra)
Máteja (Vocal, baixo)
Shaggie (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Broken Board, e foi gravado no estúdio Stress. É um bom álbum, embora eu tenha classificado como hardcore melódico, ele possui influências de emo core, além de pitadas de rock progressivo. O grande destaque está nos arranjos e na qualidade técnica dos integrantes, em especial da bateria e guitarra. Muitas músicas são velozes, mas não o tempo todo e não todas, existindo vários trechos cadenciados, com destaque para o trabalho de dinâmica. É o típico hardcore dos anos 2000, que, para mim, soa como uma mistura de Propagandhi com Hot Water Music, mas é possível perceber momentos de Rush também!
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FAIXA A FAIXA:
1) Decisions. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor! A mais hardcore, bastante veloz, com ótimo arranjo, bons riffs de guitarra e um excelente arranjo de bateria, além de possuir eventuais contracantos.
2) Lost In Time. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, em especial devido ao arranjo da guitarra, mas com destaque para a bateria, também. Outro destaque está na variação rítmica entre as partes, existindo trechos velozes, mas não o tempo todo.
3) Your Time Is On. Esta faixa já não é tão veloz quanto às anteriores, porém, ainda assim, possui um excelente arranjo, muito bem trabalhado. Apesar de não ser veloz, ela possui um bom embalo. O destaque está no arranjo.
4) We've Killed Our Dreams. Outra faixa não muito veloz, mas com um bom embalo, existindo uma boa variação rítmica entre as partes e, mais uma vez, um excelente arranjo, que é o grande destaque. Destaque para as frases da guitarra e a execução do arranjo de bateria.
5) No Turning Back. Outra faixa bem veloz e que considero das melhores do álbum. Um ótimo arranjo, com destaque para a guitarra e bateria, mais uma vez, existindo, também, uma boa variação rítmica entre as partes.
6) How We Die. Esta faixa já não é tão veloz, mas existe um ótimo arranjo e um bom embalo. O destaque está no trabalho de dinâmica e no arranjo da guitarra e execução do arranjo da bateria.
7) Unsung. Esta é a faixa instrumental do álbum. É uma boa composição, mas não o suficiente para elegê-la como uma das melhores! O grande destaque está no arranjo de guitarra e no trabalho de dinamica. Não é uma faixa muito veloz, existindo bastante variação rítmica.
8) Incontinent Ordnance. Uma boa composição, porém o fato de não ser muito veloz, embora tenha pequenos trechos bastante velozes, e bastante "truncada", com pouco embalo, faz ela não ser uma das melhores, embora possua partes bem interessantes.
9) The Blame Is Mine Again. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. Bastante veloz e com excelentes riffs de guitarra, bem como um bom arranjo de bateria. Um arranjo bem trabalhado, com bastante variação, o destaque está no arranjo de guitarra.
10) Found My Place. Outra boa faixa, com uma boa velocidade e um bom embalo, além de um ótimo arranjo de guitarra, que é, na minha opinião, o grande destaque, existindo, mais uma vez, variação entre as partes.
11) Wait For The Sunrise. O álbum finaliza com outra boa faixa, porém não muito veloz, mas com um bom embalo. Mais uma vez o arranjo de guitarra merece destaque, bem como o desenho melódico da voz no refrão, e o arranjo rítmico.
Ouça o álbum e vamos continuar nos mantendo próximos dos nossos corações!

sábado, 6 de junho de 2020

Inkisição - Live Coimbra (1994)

GÊNERO: D-Beat
ORIGEM: Portugal (Aveiro / Aveiro)
FORMAÇÃO:
Miguel (Vocal)
Lena (Vocal)
Píncaro (Guitarra)
Sérgio (Baixo)
Rui Maia (Bateria)
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Este é o primeiro material ao vivo disponibilizado pelo grupo, de maneira independente. É um show que foi filmado no dia 29 de Maio de 1994 e, transformado em arquivo de áudio anos depois, portanto não chega nem a ser uma demo! Este show está disponível para assitir on-line, dividido em duas partes. Veja a parte 1 e a parte 2. O grupo, até então, havia lançado uma demo e dois splits. Embora tenha rotulado como D-Beat, o som tem influência de punk rock e hardcore old school, bem como pitadas de crossover. Na verdade, na minha opinião, lembra um Riistetyt misturado com Terveet Kädet, além de influência dos primeiros do Agnostic Front, bem como pitadas de Ratos De Porão e Eskorbuto! O instrumental está no lugar e o destaque está nos arranjos de bateria por Rui, porém os vocais deixam a desejar, muito grito e pouca melodia, existindo falhas na voz e frequentes desafinações. A energia está presente a todo momento e bem exacerbada, o que faz compensar a falta de técnica, porém, também prejudica, como no caso dos vocais. Na maior parte as músicas são velozes, porém existem trechos cadenciados e outros mais lentos, mas todas as faixas são embaladas. O show possui uma faixa cover!
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FAIXA A FAIXA:
1) Intro / Ordem Racionalidade - Não. O show inicia com um discurso para depois começar a música. Esta inicia bem como uma introdução, com poucos pratos, mais tambores e uma frase minimalista na guitarra, após, entram os pratos e, logo em seguida, a voz. Não é muito veloz, mas possui um bom embalo quando da entrada do vocal.
2) Inkisição. A música que dá nome ao grupo é um punk rock bem embalado, sem nada de mais, bem trivial, existindo um trecho mais acelerado. Não é uma má composição, mas não tem nada que se destaque.
3) Porcos Fascistas. Considero esta uma das melhores faixas do show, com um bom arranjo e boa harmonia, além de bastante velocidade, com certeza a mais veloz até então. O refrão possui trechos sing-a-long, mas o destaque é mesmo a progressão harmônica, em especial no refrão.
4) Chagas. Uma boa faixa, com partes bem distintas, uma mais intimista, outra mais punk rock e outra mais acelerada, mais hardcore. Estas nuances rítmicas acabam atrapalhando a sensação de quem ouve. O vocal não colabora muito, apesar da boa expressão.
5) The Fascist Inside Me. A única faixa cantada em inglês! É uma boa composição, com uma boa progressão harmônica e um bom embalo, apesar de não muito veloz, porém o vocal não colabora. Existe um trecho mais cadenciado no final.
6) Decisões Astro-Comandadas. Considero esta uma das melhores faixas do show, com um vocal executado com um bom timbre e mais ponderado. Não inicia veloz, mas existe um trecho bastante veloz no meio, que, aliás, é o grande destaque.
7) A Pirâmide / Vizinhos.... Esta faixa possui duas músicas, sendo que a primeira é sensacional, sendo uma das melhores do show, porém a segunda não agrada tanto. Existe, inclusive, variações de andamento em cada uma delas, além de existir um trecho cadenciado.
8) Burocracia. Faixa bastante veloz, sendo uma boa composição, porém o vocal desafina em eventuais trechos. A faixa possui duas partes bem distintas, uma mais veloz e outra menos.
9) Aseptal. Esta faixa é bastante veloz, e é o cover do show, sendo composta pelo grupo português Cagalhões. É uma boa faixa, de pouca duração!
10) Jovens. Considero esta a melhor faixa do show. O destaque está na progressão harmônica, mas, também, nas variações de cadência entre as partes. A execução do arranjo de guitarra também merece destaque.
11) Disposição Para A Humanidade. Outra faixa que considero das melhores do show! Bastante veloz e com muita energia, talvez esta seja a faixa mais veloz do show. A expressão vocal é o grande destaque, existindo um trecho mais cadenciado.
12) Morto-Vivo. Esta faixa lembra bastante as bandas finlandesas, em especial devido ao vocal. Não possui nada de especial, existindo frequentes variações de cadência e, inclusive, andamento!
13) O Meu Problema, A Minha Atitude. Faixa não muito veloz, mas com um bom embalo. Também não vejo nada de especial nesta composição, apesar de não ser ruim. O destaque está no arranjo da guitarra e nas eventuais pausas.
14) Animais. O show finaliza com uma das faixas que considero das melhores. Uma boa introdução, com uma boa frase do baixo, apesar de simples. Quando aparecem a guitarra e bateria, ela se transforma em um compasso composto, para depois voltar o compasso simples e bastante embalo, apesar de não muito veloz. O destaque está no arranjo dos instrumentos de cordas.
Ouça o show e sinta a energia ao vivo em Coimbra!

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Indiferencia - Respirando Violencia (1996)

GÊNERO: Hardcore
ORIGEM: Argentina (Buenos Aires / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Gonzalo (Vocal)
Tuto (Guitarra)
Santi (Baixo)
Ale (Bateria)
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Esta é a primeira demo, e único trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente. É uma das bandas que ajudaram a criar a cena do hardcore de Buenos Aires na década de 90, uma cena bem forte e que fez história. O som é bem pesado, na maior parte do tempo veloz, embora tenha alguns trechos cadenciados e muita energia. Soa como uma mistura de Biohazard com Sick Of It All e pitadas de D.R.I.. É uma banda de hardcore, mas com influência de power violence e pitadas de rap core. Tudo no lugar, apesar dos músicos não possuírem muita técnica. O ponto forte está na energia e no peso das composições, sempre bem exaltados. O vocal, bastante gritado, dificilmente desenha suas notas na melodia, mantendo, basicamente, uma nota, apenas, como referência, possuindo eventuais trechos onde se assemelha aos vocais de rap. Vale a pena conferir, importante nome de uma importante cena mundial para o hardcore.
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FAIXA A FAIXA:
1) Quien Niega Tu Libertad. A demo inicia com a faixa que considero a melhor. Muita energia e velocidade, com uma boa progressão harmônica. O refrão é cadenciado, existindo contracantos em coro. A parte C possui um bom groove, o que ajuda a qualificar a composição.
2) Esquivas Tu Propia Ley. Talvez a faixa mais veloz da demo, paulada do início ao fim! Boa progressão harmônica, que é o destaque da composição, existindo um trecho cadenciado no final.
3) Tratando De Olvidar. Talvez a faixa menos veloz de toda demo, bastante cadenciada, com muito groove e muita energia e peso. Esta soa como um rap core, mas não de maneira exagerada. Com um refrão que possui contracantos em coro, o destaque está na parte A.
4) Lealtad A Tu Falsedad. Outra faixa bastante cadenciada, embora não tanto quanto à faixa anterior, existindo um trecho mais embalado e veloz. Boa composição, com um refrão com frases bem marcadas, o que é o destaque da faixa.
5) Respirando Violencia. A faixa que dá nome à demo inicia de maneira bem cadenciada, com um ótimo arranjo da bateria, que é o grande destaque. Os acordes, na parte A, são apenas largados, existindo contracantos em coro no refrão.
6) Indiferencia. A demo finaliza com a faixa que dá nome à banda e, também, a que considero das melhores. Bastante veloz e embalada, o grande destaque está no refrão, bem sing-a-long e, também, com contracantos em coro, existindo um trecho cadenciado no final.
Escute a demo e continue respirando violência!