domingo, 30 de outubro de 2022

Tiger Army - Early Years (2002)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: EUA (Berkeley - Alameda / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Nick 13 - Kearny Jones (Vocal, guitarra)
Joel Day (Baixo acústico)
Adam Carson (Bateria)
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Este é o segundo EP lançado pelo grupo, após dois álbuns de estúdio, através do selo Hellcat, e foi gravado no estúdio Grizzly. Embora o EP tenha sido lançado em 2002, as gravações, como o nome já sugere, são do início da carreira do grupo, datando dos anos de 1996 e 1997. O EP contém última metade das faixas inéditas, nem que sejam versões, enquanto a primeira metade possui faixas já lançadas anteriormente. O EP é bastante embalado, possuindo certa velocidade em algumas das composições, com ótimos arranjos, bem expressivos e interpretados, com o detalhe, sempre interessante e característico, do psychobilly que é o efeito percussivo da técnica do slap no contrabaixo acústico. O desenho melódico da voz também merece atenção, sendo um dos destaques, na minha opinião, assim como os arranjos e riffs de guitarra. O EP possui duas faixas cover, enquanto a arte da capa ficou por conta de Sergie Loobkoff. Um excelente EP, com a veia do psychobilly em evidência, muita expressão e qualidade, inclusive, de gravação, que contempla os primeiros registros do grupo, ainda em sua formação original. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Temptation. O EP inicia com a faixa que considero a melhor. Bastante veloz e embalada, ela possui um ótimo arranjo, bem como uma ótima progressão harmônica, em especial na parte A e na ponte, apesar de simples, com destaque para a interpretação e desenho melódico da voz.
2) Jungle Cat. Outra excelente faixa, bastante embalada, com certa velocidade, um ótimo desenho melódico da voz, com destaque para a parte A e sua progressão harmônica. O solo de guitarra e a interpretação do contrabaixo acústico também merecem atenção.
3) Twenty Flight Rock. Esta é a primeira faixa cover do EP, sendo uma composição de Ned Fairchild, gravad, originalmente, por Eddie Cochran, em 1957. Um rockabilly típico dos anos 50, o qual possui a progressão harmônica padrão do blues, bem como a linha do baixo em walking bass, basicamente, nos arpejos.
4) American Nightmare. Esta é a outra faixa cover do EP, sendo a primeira das faixas inéditas, composta por Glenn Danzig e gravada, originalmente, pelo grupo Misfits, em 1981. Uma excelente versão, talvez um pouco mais veloz que a versão original, com um ótimo arranjo, mantendo a intensão bem fiel à original, apesar de mais psychobilly, muito em função do arranjo do contrabaixo.
5) F.T.W.. Outra ótima composição, bastante embalada, com um excelente trabalho de dinâmica, bem como uma intensão mais "sombria", muito devido à progressão harmônica, mas, também, à expressão, principalmente, da guitarra, possuindo um refrão bem sing-a-long, além de um trecho mais cadenciado.
6) Nocturnal. O EP finaliza com outra faixa que considero das melhores, bastante embalada e com certa velocidade, ela possui um ótimo desenho melódico da voz, o destaque na minha opinião, embora os riffs de guitarra e o refrão, bem sing-a-long, também merecem atenção.
Ouça o EP e conheça os primeiros anos!

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Thrasher Skate Rock - Born To Skate (Vol. 5) (1987)

GÊNEROS
: Skate Punk / Punk Rock / Skate Rock / Hardcore Old School / Crossover / Jazz Core
ORIGEM: EUA (São Francisco - São Francisco / Califórnia)
BANDAS: SNFU / Racer X-AZ / Stupids / Eight Days A Week / Condemned Attitude? / No Mercy / Naked Lady Wrestlers / JFA / Excel / Dehumanizers / Beowülf / Lord Salba & His Heavy
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Esta é a quinta coletânea da série, lançada pela Thrasher. Uma excelente coletânea, talvez a mais pesada de todas da série, contemplando bem o som do skate da segunda metade dos anos 80, a qual começa a abranger sons mais pesados, em especial devido ao crossover, novidade na época. A coletânea possui três faixas instrumentais. Já havia feito uma resenha sobre esta coletânea, em Outubro de 2011, confira aqui. A coletânea conta com algumas bandas clássicas do hardcore (e suas vertentes), mas também continua fiel à bandas que abordam o skate de maneira explícita em suas composições, bem como bandas formadas por skatistas da época. Sou suspeito para falar, mas sempre fui um grande fã desta série de coletâneas, cresci ouvindo o Vol. 2, a qual tinha a fita K7 e a ouvia corriqueiramente. Com certeza uma série que ajudou a consolidar meu padrão musical, desde a infância. Nesta coletânea em específico, existem algumas bandas que sou um grande admirador, desde sempre, como No Mercy, Excel ou Stupids. Uma excelente coletânea, que ajudou a consolidar um estilo em concomitância com um esporte, no caso, o skate. Uma geração de adolescentes passou a manter um padrão, muito, em função da revista Thrasher, a qual, em todas edições, possuía um espaço para a música undergroud, mais especificamente, o skate punk. Vale apena conferir, aliás, deve ser conferido!
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FAIXA A FAIXA:
1) SNFU - Visiting The Bad Again. A coletânea inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bastante embalada, com excelentes frases, acentos deslocados e um ótimo arranjo, o qual possui um bom trabalho de dinâmica. A interpretação vocal, bem como o desenho melódico da voz também merecem atenção.
2) RACER X-AZ - Happy Go Happy. Um punk rock sem guitarra, substituído por um órgão, o qual possui um bom arranjo, uma intenção bem peculiar, com certeza difícil encontrar grupos que soem como este! A composição é embalada e repleta de contracantos, possuindo boas frases, em especial do baixo e órgão.
3) STUPIDS - Born To Built Grind. Outra ótima composição, bem skate punk, não muito veloz, porém bem embalada. Uma composição bem simples, com destaque para as frases de guitarra, a qual possui uma intenção bem "alegre".
4) EIGHT DAYS A WEEK - What's Do Strange About Me?. Outra excelente composição, com um bom embalo, um bom arranjo de guitarra, além de um arranjo interessante da bateria com o bumbo constante, sempre em colcheias, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
5) CONDEMNED ATTITUDE? - Homeless Crew. Esta é um hardcore old school com influências de crossover, bastante veloz e embalada, ela lembra bastante com Cryptic Slaughter, possuindo trocas rápidas de acorde, além de um trecho mais cadenciado, com destaque para o arranjo.
6) NO MERCY - Die Or Be Killed. Considero esta a melhor faixa da coletânea. Um crossover bastante veloz e embalado, com palhetadas rápidas, além de acentos bem interessantes. O destaque, na minha opinião, está na expressão e na progressão harmônica, possuindo um bom solo e boas, eventuais, frases.
7) NAKED LADY WRESTLERS - Scraping The Top Of The Barrel. Outra ótima composição, bastante embalada, soando um punk rock com influências de skate punk (ou será um skate punk com influências de punk rock?!), a qual possui um bom arranjo, bem como trocas rápidas de acorde.
8) JFA - I-10. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, e é, também, uma das faixas instrumentais. Bastante veloz e embalada, o destaque está nas frases de guitarra, embora a intenção e expressão mereçam atenção.
9) EXCEL - Insecurity. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea. Veloz e embalada, possuindo ótimos riffs de guitarra e um excelente refrão, possuindo também, um trecho mais cadenciado. Uma música perfeita para pegar o skate e andar pelas ruas!
10) DEHUMANIZERS - Shu Du Vwa. Uma boa composição, a qual possui uma introdução bem jazz, mas, logo em seguida, surge a velocidade e embalo, soando como um hardcore old school característico, com trocas rápidas de acorde.
11) D.I.'S - Pray For Surf. Outra excelente composição, um skate punk com influências de surf, lembra, um pouco, com Agent Orange, possuindo uma ótima intenção, a qual transmite uma sensação mais intimista, com destaque para o arranjo de guitarra.
12) CONDEMNED ATTITUDE?. Mais um hardcore old school, uma ótima composição, bem veloz e embalada, embora sua introdução seja mais cadenciada, com trocas rápidas de acorde e uma boa intenção, existindo uma variação de cadência, além de um bom arranjo.
13) RACER X-AZ - Blarin' In The Chair. Mais uma faixa sem guitarra, com órgão substituindo. Uma boa composição, um jazz core com uma excelente intenção, além de um bom arranjo e boas frases, soando, um pouco, intimista.
14) EIGHT DAYS A WEEK - Different Worlds. Outra ótima composição, com um bom embalo, um bom desenho melódico da voz, timbres leves, sem peso, com um ótimo refrão, bem sing-a-long e com um bom desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, está no arranjo da guitarra.
15) JFA - Turkeys Carved By UFO's. Esta é outra faixa instrumental da coletânea, bastante intencional, esta é repleta de efeitos, soando mais como um jingle ou uma faixa de fundo, bastante experimental.
16) SNFU - Time To Buy A Futon. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea. Bastante veloz e embalada, possuindo um ótimo arranjo, com bons riffs, além de um bom refrão, bem sing-a-long, sendo o destaque, na minha opinião, a expressão e eintenção.
17) STUPIDS - Wipeout. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea. Bastante veloz e embalada, possuindo trocas rápidas de acorde, muitos acentos e divisões rítmicas de pouca duração na execução vocal, existindo um contracanto, bem interessante, no refrão.
18) BEOWÜLF - Hussy. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, com um excelente riff de guitarra, que lembra Motörhead, além de um ótimo embalo, com um arranjo de bateria com dois bumbos constantes e um baixo pedal, ela soa bem crossover. A expressão vocal também merece atenção.
19) DEHUMANIZERS - Halfpipe. Outra boa composição, com uma introdução bem jungle, um arranjo de bateria bem tribal, apropriando-se pouco dos pratos, priorizando os tambores, sendo a terceira, e última, faixa instrumental da coletânea. A guitarra possui um ótimo arranjo, com destaque para os solos. A progressão harmônica, que busca fugir da ideia tonal, também merece atenção.
20) LORD SALBA & HIS HEAVY - Kings Of Thrash. A coletânea finaliza com uma ótima composição, um skate punk bem embalado, com um ótimo arranjo, em especial da guitarra, além de possuir excelentes riffs de guitarra, bem como uma ótima intenção.
Ouça a coletânea de quem foi nascido para o skate!

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Thought Riot - Shattered Mirror Syndrome (2002)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Modesto - Stanislaus / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Marc Riot (Vocal)
Brian Stark (Guitarra)
Kelley Dangerously (Guitarra)
Mike Stone (Baixo)
Brad Stark (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo A-F, e foi gravado no estúdio Art Of Ears. É um bom álbum, mas que soa como se estivesse em um "limbo", algo comum nos lançamentos do início dos anos 2000, já que ainda mantinham influências do hardcore dos anos 90, porém, com elementos novos, principalmente oriundos do emo core, inclusive, elementos que se tornariam referência para o padrão do gênero. Embora eu tenha classificado como hardcore melódico, o álbum possui influências do hardcore e do emo core, existindo faixas bastante velozes e embaladas, enquanto outras nem tanto, bem como variações de cadência, muitas vezes, na mesma composição. Soa, para mim, como uma mistura de AFI, Anti Flag e Good Riddance. É um álbum com dois momentos bem distintos: a primeira e segunda metades. A primeira metade do álbum, na minha opinião, é a melhor, com faixas bem trabalhadas, velozes e embaladas, que possuem um bom desenho melódico da voz. A segunda metade do álbum foge da intenção do hardcore melódico e mantém muitos elementos do hardcore e do emo como referência, existindo uma variação maior de intenção e cadência, bem como uma "dificuldade" maior em manter um padrão e, por conseqüência, uma intenção clara, o que passa a sensação de "limbo", como se estivessem presos no tempo, em busca de um novo caminho, mas ainda perdidos. Este é o único álbum gravado com os irmãos Stark, já que ambos deixariam o grupo ainda no mesmo ano do lançamento do álbum. Um bom álbum, com a cara do hardcore melódico do início dos anos 2000, a qual buscava uma nova maneira de compor e arranjar, sem, ainda, a intenção de perder a velocidade e embalo, com destaque para os arranjos. A qualidade de gravação pode ser apontada como o ponto fraco, embora não seja ruim, mas que, algumas vezes, passa a sensação de algo "artificial". A arte da capa ficou por conta de Kelley Dangerously e Marc Riot. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Breaking Old Tablets. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bastante veloz e embalada, desde o seu início, a composição ainda possui uma boa progressão harmônica e um bom desenho melódico da voz, Além de possuir bons contracantos e boas frases de guitarra.
2) All For God, And A Gun For All. Outra boa composição, bem embalada, já menos veloz que a faixa anterior, mas com bons riffs de guitarra, além de um bom arranjo, possuindo bons contracantos no  refrão.
3) Save The Humans. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum. Mais uma vez, veloz e embalada, possuindo uma boa introdução, a qual possui um bom arranjo de guitarra. O destaque, na minha opinião, está no arranjo e interpretação vocal, embora a expressão e energia, bem como os contracantos do refrão e eventuais frases de guitarra, mereçam atenção.
4) Encomienda. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Uma composição que lembra, e muito, com AFI, sendo bastante embalada, além de possuir um bom desenho melódico da voz, com destaque, na minha opinião, o refrão e seus contracantos.
5) Sign Of The Times. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo, também, a faixa de divulgação do álbum, já que possui videoclipe de divulgação. Um bom vídeo, o qual mostra o grupo em uma apresentação ao vivo. É uma ótima composição, bastante veloz e embalada, possuindo um bom desenho melódico da voz, bem como uma boa progressão harmônica e bons riffs de guitarra.
6) American Deity. Outra ótima composição, bastante veloz e embalada, com uma boa progressão harmônica, assim como o desenho melódico da voz e os riffs de guitarra, existindo uma variação de cadência no refrão.
7) Patriot. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, uma composição mais intimista e (bem) menos veloz, com diversos elementos que viriam a se tornar características do emo, em especial na expressão vocal. Destaque para o desenho melódico da voz.
8) Not Our Property. Aqui o embalo volta a aparecer, embora não com muita velocidade, apesar da composição possuir seu momento mais veloz, existindo um bom desenho melódico da voz, bem como bons riffs de guitarra e uma variação de cadência, a qual merece atenção devido ao trabalho de dinâmica.
9) On Friends And Mistakes. Outra boa composição, bastante embalada, embora não muito veloz, possuindo um bom arranjo e contracantos, com destaque para o desenho melódico da voz, embora os riffs de guitarra mereçam atenção, além de existir uma variação de cadência
10) Black Watch. Mais uma ótima composição, bastante veloz e embalada, possuindo menos melodia, soando mais como um hardcore, com momentos de hardcore old school, possuindo, também, uma variação de cadência, a qual merece atenção pelo seu trabalho de dinâmica.
11) Duality Of A Revolutionary. Mais uma ótima composição, bastante veloz e embalada, com um bom desenho melódico da voz, o destaque na minha opinião, além de trocas rápidas de acorde e bons riffs de guitarra, existindo uma (breve) variação de cadência que soa mais emo core.
12) Pillow Over The Face As Therapy. Mais uma boa composição, a qual possui um bom arranjo, sendo bastante embalada, embora não muito veloz, com destaque para o desenho melódico da voz, embora os riffs de guitarra mereçam atenção.
13) Struggle. O álbum finaliza com outra boa composição, bem arranjada, possuindo bons riffs e frases de guitarra, além de um bom trabalho de dinâmica e intenção. Não muito embalada e pouco veloz, esta possui elementos (sutis) do grunge, bem como elementos do emo, sendo o destaque as variações de cadência entre as partes..
Ouça o álbum e saia da síndrome do espelho quebrado!

sábado, 22 de outubro de 2022

Thicker - Tommy Hell Fingers (1997)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Canadá (Quebec / Quebec)
FORMAÇÃO:
J. Clown - Jean Mecteau (Vocal, guitarra)
Jo - Jonathan Roy (Baixo)
White - Patrick Leblanc (Bateria)
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Este é o segundo, e último, álbum lançado pelo grupo, através do selo Punx Without Mohawx. É um ótimo álbum, bastante veloz e embalado, com ótimas melodias, além de eventuais bons riffs de guitarra. O típico hardcore melódico dos anos 90, com muita energia e expressão, com uma qualidade de gravação boa, mas em evolução, embora esteja tudo bem interpretado e encaixado. A maioria das composições estão em modo maior, o que passa a intenção de "alegria", executadas com bons arranjos, sendo o destaque os desenhos melódicos da voz. É um álbum que soa, para mim, como uma mistura de Blink-182 (lembrem que o álbum é de 1997) e Propagandhi, além de pitadas de NOFX, como mencionado antes, o típico hardcore da metade dos anos 90. O curioso é que este é o único álbum do grupo a ser lançado por um selo, mesmo que este seja de propriedade do guitarrista J. Clown. O álbum possui uma faixa bônus. Difícil encontrar informações sobre o grupo, o que é uma pena, já que é um álbum com muito potencial para a época, merecendo ser (re)conhecido pelos adoradores do gênero. Vale a pena conferir o trabalho final do grupo, como já mencionado outras vezes, sou suspeito para falar, mas sou fã do trabalho dos canadenses, sempre extremamente bem pensados e interpretados, com uma qualidade composicional muito grande.
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FAIXA A FAIXA:
1) Adversorry. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. A composição possui um ótimo arranjo, bastante veloz e embalada, com variações de cadência, além de ótimos eventuais riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz.
2) Vegetable Meat. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, mais uma vez, bastante veloz e embalada, com bons riffs de guitarra, sendo, justamente, este o destaque, além de possuir um bom desenho melódico da voz.
3) Elvis From Hell. Esta é uma faixa que destoa das demais, pois é um ska core, que lembra bastante com Against All Authority. Uma boa linha de baixo é o destaque, na minha opinião, embora as eventuais frases de guitarra e variações de cadência e o (sutil) trabalho de dinâmica mereçam atenção.
4) Ass Me. Esta faixa é uma "pegadinha", já que é uma faixa em branco, com nenhum som gravado.
5) So Stupid. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz e embalada, sendo o destaque o desenho melódico, embora a progressão harmônica também mereça atenção, possuindo frequentes variações de cadência, trocas rápidas de acorde e um bom solo de guitarra, bem como um bom arranjo.
6) Tobacco Cause Death. Uma boa composição, já mais lenta que as faixas anteriores, e com uma intenção mais "pop", ela possui uma boa frase de guitarra, além de uma boa linha de baixo, bem como um refrão bem sing-a-long.
7) Curse. Outra boa composição, também mais lenta e com uma intenção bem alegre, com uma progressão harmônica que não me agrada muito, mas possuindo um bom arranjo, em especial da bateria, bem como um bom desenho melódico da voz.
8) A.B.C. News. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante veloz e embalada, embora existam variações de cadência, o destaque, na minha opinião, está nos riffs de guitarra, embora o trabalho de dinâmica e o desenho melódico da voz mereçam atenção.
9) Your Vallue. Outra boa faixa, com bons riffs de guitarra, mais uma vez, com uma intenção bem alegre, possuindo um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, os acentos da bateria no contratempo.
10) Blander. Outra ótima composição, bastante veloz e embalada, possuindo bons riffs de guitarra, além de uma linha de baixo bem movimentada, embora não me agrade muito, já que percebe-se uma despreocupação com a harmonia, sendo um improviso sobre a escala do tom. No mais ela possui um bom arranjo, com frequentes variações de cadência.
11) Showblower. Outra boa composição, bastante veloz e embalada, sem muitos detalhes no arranjo, possuindo um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, os contracantos, embora os riffs de guitarra mereçam atenção.
12) Please Give Me The Ticket Fuck Face!. Outra boa composição, com ótimos riffs de guitarra, além de uma ótima intenção, sendo bastante veloz e embalada, enquanto o destaque, na minha opinião, está no arranjo de bateria, embora o trabalho de dinâmica, mesmo sutil, mereça atenção, assim como o desenho melódico da voz.
13) Golden Chick. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante veloz e embalada, esta é um skate punk / hardcore old school, a qual possui trocas rápidas de acorde, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long e com um ótimo desenho melódico da voz.
14) Bonus Track. Esta é a faixa bônus do álbum, a qual finaliza o mesmo. Esta é uma faixa acústica, executada apenas por violão e voz. Bastante lenta e intimista, tem uma intenção bem triste, em especial na parte A, com destaque para o desenho melódico da voz.
Ouça o álbum e conheça os dedos do inferno de Tommy!

domingo, 16 de outubro de 2022

Test - Arabe Macabre (2012)

GÊNERO: Grindcore
ORIGEM: Brasil (São Paulo / São Paulo)
FORMAÇÃO:
João Kombi - João Silveira (Vocal, guitarra)
Thiago Barata (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através dos selos Pecúlio, Cospe Fogo e 255, e foi gravado no estúdio Favela. É um ótimo álbum, bastante veloz e embalado, mas com frequentes variações de cadência, possuindo arranjos bem criativos. As composições são repletas de riffs, possuindo um vocal com extensão não muito elevada, mas com um timbre bem peculiar, como alguém que está saindo de uma tumba! Bastante interessante, mantém a proposta e intenção das composições em evidência, as quais são interpretadas com muita expressão e energia. Embora seja um grindcore, é possível perceber influências de crust e death , além de pitadas de hardcore. O destaque está nos arranjos, bastante criativos e bem executados, embora os riffs, intenções e velocidade / embalo, mereçam atenção. Aqueles que curtem a bateria em blast beat, aqui está um prato cheio, pois são bem frequentes no decorrer do álbum. A arte da capa ficou por conta de Carolina Scagliusi. Um ótimo álbum, o qual exala expressão, assim como as performances do grupo ao vivo. Tive a oportunidade assistir eles ao vivo, em Estrela, na escadaria, este ano, em uma segunda-feira de noite. Ao vivo, o grupo é ainda mais expressivo, com excelentes trabalhos de dinâmica. Vale a pena conferir, como já mencionado, um ótimo álbum, de uma banda que possui uma proposta bem interessante de tocar na rua, carregando um gerador em uma Kombi para poder ligar os equipamentos elétricos.
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FAIXA A FAIXA:
1) Árabe Macabre. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, sendo, inclusive, a que dá nome ao álbum. Bastante veloz e embalada, com excelentes riffs, com a bateria em blast beat do início ao fim, o destaque está na intenção e progressão harmônica, em especial do refrão.
2) Andróides. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum. Bastante veloz e embalada, ela possui excelentes riffs, com um bom arranjo, além de boas frases da bateria, bem como uma excelente progressão harmônica no refrão, existindo, também, seu momento blast beat.
3) Celebrar Venha. Esta é uma boa composição, com uma intenção bem "sepulcral", apenas com efeitos e voz, os demais instrumentos, quando surgem, através de um andamento não muito veloz, porém existe frequentes variações de cadência, umas mais velozes e outras mais "arrastadas", lembrando um doom.
4) Venenom. Mais uma ótima composição, bastante veloz e embalada, com a bateria executada em blast beat na maior parte do tempo. Bastante peso e ótimos riffs, além do embalo e velocidade, são os destaques, na minha opinião.
5) Morrer Lentamente. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Bastante embalada e com excelentes riffs e progressão harmônica, além de uma boa intenção, ela possui frequentes variações de cadência, com momentos em blast beat, outros soando mais hardcore, existindo, inclusive, um trecho repleto de groove, com uma intenção bem tribal. O trabalho de dinâmica merece atenção.
6) Du Horror. Outra excelente composição, bastante veloz e embalada, com uma progressão harmônica com trocas rápidas de acorde, existindo frequentes pausas. Esta mantém a mesma condução rítmica do início, com exceção de eventuais pontes.
7) O Sal Da Vida. Outra ótima composição, bastante veloz e embalada, além de muito peso, possuindo uma introdução repleta de pausas. Esta tem momentos bem hardcore, e outros mais grindcore, sempre com ótimos riffs de guitarra, o destaque, na minha opinião.
8) Deus II. Mais uma ótima composição, com uma introdução não muito veloz, mas que possui um ótimo embalo, possuindo um refrão com arranjo de bateria em blast beat, existindo ótimas pontes, sendo o destaque, na minha opinião, a parte A, mais hardcore.
9) Na Pilha. Mais uma ótima composição, bastante veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde, frequentes riffs e frases, o destaque está na interpretação e arranjo de guitarra, possuindo uma variação de cadência no refrão, que, até certo ponto, é bem sing-a-long.
10) Abismo. O álbum finaliza com mais uma ótima composição, bem intencional e expressiva, com um bom embalo e velocidade, apesar das frequentes pausas no arranjo de guitarra, o qual possui trocas rápidas de acorde. O destaque está no arranjo e intenção.
Ouça o álbum, mas cuidado com o árabe macabro!

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Terror Firmer - Alcoholocaust (2012)

GÊNERO: Grindcore
ORIGEM: Itália (Modena / Emilia Romanha)
FORMAÇÃO:
Gabri (Vocal)
Jolla (Guitarra)
Morbid JJ (Baixo)
Borz (Bateria)
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Este é o quarto split, e quarto trabalho, lançado pelo grupo, através dos selos L'é Tütt Folklor, Audio Lesion, Grindfather, ZAS!, Eatshitbuydie, Nuclear Alcoholocaust, Peretta Core e Ratto, e foi gravado no estúdio Marà Cave. Este é um split lançado junto com a banda suíça Insomnia Isterica, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do grupo italiano. É um ótimo split, que, embora tenha sido gravado no início da década de 2010, resgata o grindcore da virada das décadas de 80 e 90, com muita influência de crust, percebendo semelhança com alguns clássicos do gênero, como Repulsion ou os conterrâneos do Cripple Bastards. As faixas são velozes e embaladas, existindo frequentes trechos com trocas de cadência, muito peso, distorção e vocal grave, mas sem nada de efeito, apenas o timbre natural da voz. As faixas possuem pouca duração, embora nada exagerado, existindo uma faixa cover.  A arte da capa ficou por conta de Giulio The Huere. Difícil encontrar muitas informações sobre o grupo, porém, este é um split que vale a pena conferir, bem produzido e gravado, com os arranjos bem encaixados e bem pensados, embora sem nada de especial, com progressões harmônicas que possuem trocas rápidas de acordes e muita expressão.
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FAIXA A FAIXA:
1) Alienation Of A Generation. O split incia com uma das faixas que considero das melhores, com um excelente riff, na parte A, bastante peso, um bom embalo, embora a introdução seja mais cadenciada, possuindo, também, um trecho com o arranjo da bateria em blast beat, sempre com trocas rápidas de acorde e bons riffs.
2) Conformed To The Nonconformist. Esta é uma ótima faixa, bastante veloz e embalada, com o arranjo da bateria em blast beat do início ao fim, excelentes riffs e muito peso, além de um bom arranjo e muita energia.
3) Crush The Hierarchies. Considero esta a melhor faixa do split, com um ótimo embalo, além de uma boa progressão harmônica, com trocas rápidas de acorde, bons riffs, bastante peso e expressão, a faixa ainda conta com uma parte mais acelerada, com arranjo da bateria em blast beat.
4) I'm Positive. Esta é a faixa cover do split, sendo uma música composta e gravada, originalmente, pelo grupo Fear Of God, em 1988. É uma faixa de pequena duração, mas com diferentes partes, bem distintas entre si, sendo uma boa composição, com inciando mais cadenciada e possuindo uma parte em blast beat e outra embalada e menos veloz. É uma versão bem fiel à original.
5) Modern Music Sucks. O split finaliza com mais uma faixa de pouca duração, bastante veloz e embalada, a qual possui frequentes riffs, arranjo de bateria em blast beat, muita energia e expressão, além de um bom arranjo bem executado.
Ouça o split e entenda o álcoolocausto!

domingo, 9 de outubro de 2022

Television's Greatest Hits - Black & White Classics (1996)

GÊNEROS: Orquestral / Rock / Country / Folk / Rock Steady / Marcha / Jazz / Surf Music / Coro / Western / Eletrônico
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
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Esta é a quarta coletânea da série, lançada através do selo TVT, que contempla a trilha de diversas séries, programas de televisão e desenhos animados. Aqui, são contemplados os desenhos animados e séries dos anos 50 e 60. É uma ótima coletânea, que resgata bem algumas aberturas bem conhecidas, algumas, em âmbito mundial. Os gêneros e estilos das trilhas são diversos, desde o coro, passando por orquestras, jazz, salsa, até chegar no rock e música eletrônica, dentre outros. As composições são sempre muito bem interpretadas, percebe-se ótima qualidade técnica nos músicos responsáveis pelas gravações dos temas, a grande maioria dos arranjos muito bem trabalhados, existindo um bom trabalho de dinâmica na maioria das faixas, bem como uma variedade grande entre elas, assim como a cadência e embalo, bem variados. Mesmo sem conhecer as séries, programas de TV ou desenhos animados, é possível perceber qual a ideia da produção, apenas ouvindo e percebendo a intenção da composição, as quais estão bem de acordo com a proposta original da série ou afim. A qualidade das gravações é boa, embora exista variação entre as faixas, sendo algumas de melhor qualidade que outras, o que explica-se, também, devido ao período, de aproximadamente 20 anos, entre a mais antiga e a mais nova produção contemplada. Vale a pena conferir, faixas de pequena duração, as quais têm a finalidade de ser, e soar, como a abertura do programa, com muita variação intencional e rítmica, que também traz uma sensação de nostalgia para o ouvinte!
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FAIXA A FAIXA:
1) Astro Boy. A coletânea inicia com uma faixa orquestral, uma intenção bem alegre, com voz, lembrando muito a ideia de música circense.
2) Roger Ramjet. Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, também com uma intenção orquestral, porém sem a inclusão de percussão ou instrumentos "pesados", mais uma vez, bem alegre, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
3) The Mighty Hercules. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, também com arranjo orquestral, o destaque está no desenho melódico e interpretação do arranjo vocal.
4) The Gumby Show. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea. Esta é um rock bem ao estilo anos 60, muita influência de Beatles, e segue a ideia do Monkees. Bem embalada e alegre.
5) The Beany & Cecil Show. Mais uma faixa com intenção orquestral, possuindo um excelente arranjo, o destaque, na minha opinião, e, mais uma vez, bem alegre.
6) Tennessee Tuxedo. Esta é outra faixa que considero das melhores, um country que mantém o baixo em evidência, junto com a voz, sendo o destaque o refrão e seu arranjo vocal e percussivo.
7) Quick Draw McDraw. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, também com ideia orquestral, bem embalada e veloz, ela possui um excelente arranjo, com destaque para os ataques dos instrumentos de sopro nos espaços deixados pela voz.
8) Wally Gator. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, a qual também possui uma ideia orquestral, embora o walking bass do arranjo do baixo dê ares de jazz, o qual considero o grande destaque da composição.
9) King Leonardo & His Short Subjects. Mais uma faixa bem alegre, com ideia folk, mas com intenção orquestral, embora não seja orquestrada, com destaque para o desenho da melodia principal.
10) The Big World Of Little Adam. Esta é uma boa faixa, a qual possui a harmonia do "T", bem como mantém um bom swing, soando como algum ritmo caribenho, algo como um rock steady, mas com pitadas de bolero.
11) Kukla, Fran And Ollie. Mais uma faixa com intenção bem alegre e ideia orquestral, possuindo um excelente arranjo, em especial o vocal, o grande destaque, na minha opinião.
12) The Soupy Sales Show. Esta é outra faixa que considero das melhores, bastante embalada e veloz, instrumental, ela possui excelentes frases melódicas, executadas de maneira veloz, sendo este o destaque, na minha opinião.
13) Captain Midnight. Esta é uma marcha, também instrumental, a qual possui um ótimo arranjo, o destaque, na minha opinião, interpretada de maneira orquestrada.
14) Make Room For Daddy. Esta é uma ótima composição, um jazz, executado por uma big band, com um excelente arranjo, sendo o destaque, os acentos deslocados, em especial aqueles executados em sincronia entre os instrumentos.
15) Father Knows Best. Mais uma faixa instrumental e orquestrada, a qual possui um ótimo arranjo, além de um bom embalo, sendo o destaque o arranjo para violino, o qual se mantém em um fraseado, em semicolcheias, constante.
16) My Little Margie. Mais uma faixa orquestral e instrumental, com uma ideia de dinâmica bem suave, não existindo arranjo para instrumentos "pesados" em evidência, a não ser nos meomentos de tensão.
17) The Adventures Of Ozzie And Harriet. Outra faixa orquestral e instrumental, com uma boa intenção e arranjo, o qual possui uma variação de cadência no final.
18) Hazel. Esta é outra faixa instrumental, executado de maneira orquestral, mas que possui um trecho com intenção de jazz, possuindo um ótimo arranjo e um bom embalo, o destaque, na minha opinião.
19) Our Miss Brooks. Esta é uma faixa a qual possui a melodia principal no assobio, sendo, também, mais uma faixa orquestral, mas sem a inclusão de instrumentos "pesados", existindo uma variação de cadência e intenção.
20) Karen. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea. Um surf music bem ao estilo anos 60, com destaque para os arranjos de guitarra e arranjo vocal, o qual possui frequentes contracantos.
21) The Real McCoys. Mais uma faixa country, a qual não possui uma qualidade de gravação muito boa, embora possua uma excelente intenção, bem como um ótimo arranjo e desenho melódico da voz.
22) Lassie. Esta é uma faixa bem intimista, a qual, mais uma vez, possui a melodia principal, da parte A, no assobio, sendo mais uma faixa orquestral e instrumental, que possui um excelente trabalho de dinâmica e arranjo.
23) Walt Disney's Wonderful World Of Color. Mais uma faixa com intenção bem alegre e orquestral, existindo uma excelente interpretação e arranjo, em especial a vocal e seu arranjo a 4 vozes.
24) Davy Crockett, King Of The Wild Frontier. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, outro country, porém com intenção mais intimista, existindo um excelente arranjo vocal, o grande destaque, na minha opinião, junto com o desenho melódico.
25) The Life And Legend Of Wyatt Earp. Esta é uma faixa com arranjo coral, sendo, justamente, o arranjo e a interpretação os destaques, na minha opinião. Com excelente expressão na interpretação.
26) Gunsmoke. Uma bela composição, um western com uma excelente melodia e uma intenção bem intimista, possuindo um ótimo arranjo, bem criativo.
27) The Lawman. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, mais um western com destaque para o arranjo vocal, o qual se mantém em uma altura bem baixa, priorizando o barítono.
28) 26 Men. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, aliás, está entre as 3 melhores! Um country, no modo menor, com um ótimo desenho melódico da voz, a qual possui mais de uma linha, possuindo um bom embalo e intenção.
29) Colt .45. Mais um country, bem embalado, com pitadas de bluegrass, o qual não possui uma boa qualidade de gravação, embora tenha um ótimo arranjo, com bons ataques dos instrumentos de sopro.
30) Cheyenne. Mais uma boa composição, com um vocal barítono, o qual possui um bom desenho melódico, o destaque, na minha opinião, com uma intenção western bem explícita, existindo um bom arranjo.
31) Bronco. Mais uma faixa com a intenção bem alegre, desta vez um country, com intenções orquestrais, o qual possui um bom arranjo e um bom desenho melódico da voz.
32) The Legend Of Jesse James. Esta é outra das faixas que considero das 3 melhores. Outra vez um country / western no modo menor, a qual possui uma ótima intenção e desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião.
33) Hopalong Cassidy. Outra faixa orquestrada, a qual possui um bom trabalho de dinâmica, além de um bom arranjo e ótima interpretação, sendo a qualidade de gravação o ponto negativo, nam inha opinião.
34) The Everglades. Esta é outra faixa que considero das melhores, mais uma vez um surf music com a cara dos anos 60, embora não tão explícito quanto à faixa 20, mas, ainda assim, um surf music com um bom arranjo e interpretação,com destaque para o arranjo vocal do final.
35) Adventures In Paradise. Outra faixa orquestrada, instrumental, com intenção bem intimista, sendo  a melodia principal executada pelos violinos, além de um ótimo arranjo, além de um bom trabalho de dinâmica.
36) Victory At Sea. Outra faixa orquestrada, instrumental, com uma intenção bem de conquista / vitória, bem arranjada e interpretada, em especial, devido ao trabalho de dinâmica.
37) Dr. Kildare. Mais uma faixa orquestrada, instrumental, com intenção bem intimista, possuindo notas longas na melodia principal, a qual é interpretada pelo violino. O arranjo merece atenção.
38) Medic. Uma faixa orquestrada, instrumental, bem intimista, com ênfase no arranjo de piano, responsável pela melodia principal, enquanto o arranjo para strings exerce esta função mais para o final.
39) Burke's Law. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, orquestrada, instrumental, com uma excelente melodia principal, o destaque, na minha opinião, além de um excelente arranjo.
40) Highway Patrol. Quase um spoken word, embora possua um acompanhamento orquestrado, em uma marcha, enquanto existem as falas.
41) M-Squad. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea. Um jazz, instrumental, com um excelente arranjo, além de um ótimo trabalho de dinâmica, iniciando bem intimista, com ênfase para o arranjo de piano, enquanto no final, os sopros surgem com outra intenção.
42) The Detectives. Mais uma faixa instrumental, orquestrada, a qual varia sua intenção, entre as partes, entre jazz e marcha, possuindo um bom desenho melódico.
43) The Untouchables. Mais uma faixa que considero das melhores da coletânea. Instrumental, orquestrada, ela possui, em sua maior parte, a ideia de tensão e suspense.
44) The Fugitive. Outra faixa que considero das melhores da coletânea, orquestrada e instrumental, existindo um ótimo arranjo, com uma segunda voz que caminha bastante entre as notas, possuindo uma intenção bem clara entre tensão e repouso.
45) Checkmate. Mais uma faixa que considero das melhores da coletânea, a qual mantém uma ideia de tensão do início ao fim, repleto de notas de passagem e tensão, existindo um bom embalo, arranjo, bem como um bom trabalho de dinâmica.
46) Tightrope!. Esta é mais uma faixa instrumental, a qual soa como uma salsa, além de elementos de outros ritmos caribenhos, com destaque para o arranjo percussivo e rítmico, executada com instrumentação de orquestra.
47) Mr. Lucky. Uma faixa bem intimista, que soa como um jazz, mas com fortes elementos do blues, sendo instrumental e possuindo um ótimo arranjo.
48) Bourbon Street Beat. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, soando como um jazz com influências de blues e jungle, com destaque para a intenção e o trabalho de dinâmica, embora o arranjo dos sopros mereça atenção.
49) Pete Kelly's Blues. Mais uma faixa instrumental, bem intimista, soando como um jazz com influências de blues, possuindo um bom arranjo, com destaque para os sopros e para o piano.
50) Asphalt Jungle. Outra faixa bem intimista, mais um jazz, com um ótimo arranjo, conduzido por uma boa linha de baixo, sendo o destaque o arranjo de saxofone.
51) Mr. Broadway. Considero esta a melhor faixa da coletânea, um jazz bastante embalado, que lembra muito a composição Take Five, embora, aqui, a melodia caminhe sobre 11 tempos, justamente a ideia de compasso, bem como as frases melódicas e arranjo, são os destaque da composição, na minha opinião.
52) Johnny Staccato. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea. Um jazz, instrumental, bastante intimista, com uma ótima intensão, existindo um ótimo arranjo, além de um bom trabalho de dinâmica.
53) Naked City. Mais uma faixa instrumental e orquestrada, com uma intenção bem intimista, existindo um ótimo arranjo, bem como uma boa melodia principal.
54) The Twenty-First Century. Esta faixa destoa de todas as outras da coletânea, pois é uma música eletrônica. Porém, é o eletrônico dos anos 50 / 60, ou seja, tudo soa como um midi, possuindo bastante influência da música contemporânea.
55) The French Chef. Uma faixa folk orquestrada, instrumental, com um bom embalo, conduzido pelo baixo, além de um bom arranjo, sendo o destaque a melodia principal.
56) Candid Camera. Mais uma faixa orquestrada, com influências de jazz, a qual possui um ótimo arranjo, em especial devido ao arranjo vocal, com mais vozes.
57) You Bet Your Life. Um jazz bem embalado, executado por uma big band, o qual possui um ótimo arranjo, além de ser uma faixa instrumental, com destaque para o arranjo e variações de cadência.
58) Amos 'n' Andy. Mais uma faixa coral, a qual possui um excelente arranjo e interpretação, com uma intenção bem intimista, sendo o destaque o arranjo entre as vozes.
59) The Abbott And Costello Show. Mais uma faixa orquestrada, instrumental, com a cara das aberturas de programas de auditório, possuindo um bom embalo, bem como um bom arranjo.
60) Laurel And Hardy Laughtoons. Mais uma faixa instrumental, orquestrada, com uma ideia de marcha, existindo um ótimo desenho melódico, bem como um ótimo arranjo.
61) The Lawrence Welk Show. Mais uma faixa instrumental, orquestrada, com intenções de jazz, sendo o destaque o arranjo. Possui, também, um bom tralho de dinâmica.
62) Ted Mack's Original Amateur Hour. Mais uma faixa orquestrada e instrumental, a qual possui um ótimo desenho melódico, o destaque, na minha opinião. O trabalho de dinâmica merece atenção.
63) Miss America Pageant. Mais uma faixa orquestrada, com intenções de jazz, embora não soe como um, existindo um bom arranjo e interpretação, com destaque para o arranjo vocal, a mais vozes.
64) The Red Skelton Show. Mais uma faixa orquestrada e instrumental, bem embalada, a qual possui uma ótima melodia, com notas de pouca duração, com destaque para o trabalho de dinâmica e acentos dos instrumentos de sopro.
65) The Bob Hope Show. A coletânea finaliza com outra faixa que considero das melhores. Bem embalada, esta é um jazz, instrumental, cujo destaque está no arranjo, em especial nos acentos, embora o trabalho de dinâmica mereça atenção.
Ouça a coletânea e curta os clássicos preto e branco!

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Ted Nugent - The Richmond Coliseum (1979)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: EUA (Detroit - Wayne / Michigan)
FORMAÇÃO:
Ted Nugent - Theodore Nugent (Guitarra)
Charles Huhn (Vocal, guitarra)
Dave Kiswiney (Baixo)
Cliff Davies (Bateria)
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Este é um álbum pirata, ao vivo, lançado, após 4 álbuns de estúdio, de maneira independente. É um ótimo álbum, que resgata bem a carreira do grupo até então, época a qual, na minha opinião, é o auge. Muita expressão, composições repletas de riffs, excelentes, diga-se de passagem, o destaque do álbum, na minha opinião, além de um bom embalo, existindo eventuais faixas mais velozes, podendo perceber influências do blues. Com um repertório que contempla faixas de todos os 5 álbuns lançados até então, os 4 de estúdio e mais um ao vivo, o qual possui músicas inéditas, sendo, uma delas, contemplada aqui. Além dos riffs e expressões que chamam a atenção, a intenção também fica bem evidente nas interpretações, com tudo bem "redondinho" e no lugar. Os músicos possuem boa técnica, em especial Ted, o qual dispensa comentários! O ponto negativo está na qualidade da gravação, mas justifica-se pelo fato deste lançamento ser um bootleg, existindo, inclusive, uma faixa cortada (provavelmente por ter acabado a fita enquanto gravavam a apresentação), bem como um início com a qualidade de áudio abafada, provavelmente, também, devido à gravação da apresentação na fita. De qualquer forma é um excelente álbum, de uma época que merece ser lembrada e usada como referência para o gênero e para a história dos guitarristas, tanto é que, neste período, o próprio Ted foi eleito, por críticos, como o melhor guitarrista da época. Vale a pena conferir, em especial aos amantes da guitarra!
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FAIXA A FAIXA:
1) Stormtroopin'. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Possuindo um excelente riff, o destaque, na minha opinião, bem como muita expressão, além de uma ótima interpretação, existindo um bom embalo, reforçado por um arranjo de baixo em pedal. Os arranjos das pontes também merecem atenção.
2) Just What The Doctor Ordered. Outra ótima composição, a qual, mais uma vez, possui um bom riff, além de um bom embalo e, mais uma vez, reforçado por um baixo pedal. A progressão harmônica é bem ao estilo blues, sendo o destaque o arranjo de guitarra, embora o desenho melódico da voz também mereça atenção.
3) Free For All. Mais um ótima composição, bem embalada, embora seja menos veloz que as faixas anteriores, mas, possuindo um bom groove, embora sutil, além de bons riffs de guitarra, um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo de guitarra.
4) Dog Eat Dog. Mais uma excelente composição, com ótimos riffs, uma intenção bem explícita, um bom embalo, reforçado pelo arranjo de baixo pedal, existindo um cromatismo bem interessante na ponte, bem como um refrão bem sing-a-long.
5) Cat Scratch Fever. Um dos grandes clássicos, se não o maior, da carreira do grupo, o qual mantém as características padrão do álbum: excelentes riffs, com uma boa progressão harmônica, além de um bom embalo, reforçado pelo arranjo de baixo pedal, existindo um refrão bem sing-a-long.
6) Need You Bad. Outra ótima composição, bastante embalada, mais uma vez, com excelentes riffs de guitarra, arranjo de baixo pedal, bem como uma progressão harmônica bem ao padrão do blues, com destaque para os riffs e o acorde de passagem, cromático, no final do refrão.
7) I Got The Feelin'. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com certeza a faixa mais veloz, possuindo um ótimo embalo, um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque os riffs e arranjo de guitarra.
8) One Woman. Esta é uma faixa mais cadenciada, a qual é um blues que inicia em compasso composto, enquanto que nas demais partes mantém-se o shuffle como padrão rítmico, possuindo uma intenção mais intimista, bem como um riff que lembra bastante Muddy Waters, sendo o destaque o arranjo e improvisações da guitarra.
9) Wang Dang Sweet Poontang. Mais uma excelente faixa, bastante embalada, a qual possui ótimos riffs de guitarra, bem como um refrão bem sing-a-long, mantendo uma ideia, na intenção harmônica, bem minimalista, conduzida pelo arranjo de baixo.
10) Stranglehold / Smokescreen. Mais uma ótima faixa, outro grande clássico do grupo, o qual possui um excelente riff de guitarra, um bom embalo, embora seja mais lenta e intimista que a maioria das faixas, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o arranjo e improvisações da guitarra.
11) Motor City Madhouse. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, a qual mantém as características padrão: embalo (com certa velocidade), excelentes riffs e um bom desenho melódico da voz. A progressão harmônica mantém o padrão do blues, embora os graus não caracterizem esta ideia, por não se ater no I-IV-V, apenas.
12) Gonzo. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores do álbum e que mantém as mesmas características padrão: embalo, ótimos riffs, um bom desenho melódico da voz, além de uma ótima expressão, com destaque para o arranjo de guitarra, embora o arranjo da ponte mereça atenção. O refrão é bem sing-a-long.
Ouça o álbum e se sinta no coliseu de Richmond!

domingo, 2 de outubro de 2022

Taurus - Signo De Taurus (1986)

GÊNERO: Thrash Metal
ORIGEM: Brasil (Rio De Janeiro / Rio De Janeiro)
FORMAÇÃO:
Otávio Augusto (Vocal)
Cláudio Bezz (Guitarra)
Jean Deva (Baixo)
Sérgio Bezz (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Point Rock, e foi gravado no estúdio Master. É um excelente álbum, com composições bastante velozes e embaladas, embora existam eventuais trechos mais cadenciados, bem como palhetadas rápidas, acordes com pouca duração, muitos riffs e bons arranjos. O desenho melódico da voz é outro aspecto positivo, possuindo uma extensão  e altura elevadas. O álbum reflete bem o thrash / speed metal dos anos 80, porém, percebe-se, também, elementos do hevay metal. Para mim, o álbum soa como uma mistura de Destruction com Slayer, embora perceba-se influência de Metallica e Iron Maiden, este último de maneira mais sutil. Com certeza um grande exemplo de que o speed / thrash metal também teve suas referências no Brasil, é um álbum que possui composições excelentes, ótimos arranjos, bem trabalhados, com muita expressão, além de manter uma intenção bem explícita. O grande destaque, na minha opinião, está na velocidade e embalo das composições, não só pela velocidade do andamento, mas pela interpretação dos instrumentos, tanto da bateria, mas como os de cordas, devido às palhetadas rápidas, embora os riffs, solos e arranjos também mereçam atenção. Este é o único álbum da "primeira fase" (se é que podemos chamar assim) do grupo, com letras em português, vindo a compor em sua língua natal apenas no século XXI, após o hiato de pouco mais de 15 anos do grupo. O álbum possui uma faixa instrumental, enquanto que a arte da capa ficou por conta de Ronan Pereira. Um excelente álbum, com muito embalo do início ao fim, excelentes composições, repletas de riffs e arranjos bem pensados, com a cara do thrash / speed metal da primeira metade dos anos 80! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Signo De Taurus (Intro). O álbum inicia com uma faixa que é apenas uma introdução, e, realmente, ela possui este aspecto, com um excelente riff, não muito veloz, mas embalada, é uma composição que prepara para a faixa seguinte, sendo esta a faixa instrumental do álbum.
2) Mundo Em Alerta. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante veloz, embalada, trocas rápidas de acorde, palhetadas rápidas, bastante expressão, bem como bons riffs de guitarra. O vocal possui um bom desenho melódico, com uma boa extensão, existindo eventuais falsetes.
3) Massacre. A composição inicia com um arranjo apenas para violão, o qual não dura muito tempo, pois, logo em seguida, surgem os demais instrumentos que preparam para o embalo e velocidade característicos da composição, a qual possui trocas rápidas de acorde, palhetadas rápidas, bem como ótimos riffs de guitarra, possuindo, também, um trecho mais cadenciado.
4) Império Humano. Uma ótima composição, a qual possui excelentes riffs de guitarra, não sendo muito veloz, embora exista seu momento mais veloz mais para o final, mas bem embalada. O arranjo vocal merece atenção, possuindo uma extensão bem elevada, bem como a inclusão de alguns falsetes. A parte C possui bastante influência do heavy metal, sendo executado em compasso composto, com um constante riff de guitarra, em uma intenção bem minimalista.
5) Batalha Final. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante veloz e embalada, com ótimos riffs de guitarra, trocas rápidas de acorde, bem como palhetadas rápidas, muita expressão e um bom desenho melódico da voz, a qual possui uma boa extensão. A faixa possui um trecho mais cadenciado, com um padrão rítmico baseado na "cavalgada", o que lembra, mais uma vez, o heavy metal.
6) Damien. Uma excelente composição, bastante veloz e embalada, recheada de riffs, além de manter as características padrão do álbum: velocidade, embalo, palhetadas rápidas e trocas rápidas de acorde. O refrão é bem sing-a-long, mantendo a mesma intenção do início ao fim da faixa, embora exista um trecho mais cadenciado. É uma composição que lembra bastante com Destruction.
7) Rebelião Dos Mortos. Esta é outra faixa que, assim como a faixa 4, não é muito veloz, apesar de possuir seu momento de velocidade, embora possua um bom embalo, com bons e frequentes riffs, trocas rápidas de acorde, existindo uma variação de cadência. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora, ainda assim, seja uma ótima composição.
8) Falsos Comandos. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Possuindo bons riffs, uma boa intenção, muita expressão, velocidade e embalo, além de trocas rápidas de acorde e palhetadas rápidas, as características padrão do álbum, bem como um trecho mais cadenciado. Um ótimo desenho melódico da voz, a qual possui uma boa extensão.
Ouça o álbum e entenda o signo de touro!