segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Thought Riot - Shattered Mirror Syndrome (2002)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (Modesto - Stanislaus / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Marc Riot (Vocal)
Brian Stark (Guitarra)
Kelley Dangerously (Guitarra)
Mike Stone (Baixo)
Brad Stark (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo A-F, e foi gravado no estúdio Art Of Ears. É um bom álbum, mas que soa como se estivesse em um "limbo", algo comum nos lançamentos do início dos anos 2000, já que ainda mantinham influências do hardcore dos anos 90, porém, com elementos novos, principalmente oriundos do emo core, inclusive, elementos que se tornariam referência para o padrão do gênero. Embora eu tenha classificado como hardcore melódico, o álbum possui influências do hardcore e do emo core, existindo faixas bastante velozes e embaladas, enquanto outras nem tanto, bem como variações de cadência, muitas vezes, na mesma composição. Soa, para mim, como uma mistura de AFI, Anti Flag e Good Riddance. É um álbum com dois momentos bem distintos: a primeira e segunda metades. A primeira metade do álbum, na minha opinião, é a melhor, com faixas bem trabalhadas, velozes e embaladas, que possuem um bom desenho melódico da voz. A segunda metade do álbum foge da intenção do hardcore melódico e mantém muitos elementos do hardcore e do emo como referência, existindo uma variação maior de intenção e cadência, bem como uma "dificuldade" maior em manter um padrão e, por conseqüência, uma intenção clara, o que passa a sensação de "limbo", como se estivessem presos no tempo, em busca de um novo caminho, mas ainda perdidos. Este é o único álbum gravado com os irmãos Stark, já que ambos deixariam o grupo ainda no mesmo ano do lançamento do álbum. Um bom álbum, com a cara do hardcore melódico do início dos anos 2000, a qual buscava uma nova maneira de compor e arranjar, sem, ainda, a intenção de perder a velocidade e embalo, com destaque para os arranjos. A qualidade de gravação pode ser apontada como o ponto fraco, embora não seja ruim, mas que, algumas vezes, passa a sensação de algo "artificial". A arte da capa ficou por conta de Kelley Dangerously e Marc Riot. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Breaking Old Tablets. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bastante veloz e embalada, desde o seu início, a composição ainda possui uma boa progressão harmônica e um bom desenho melódico da voz, Além de possuir bons contracantos e boas frases de guitarra.
2) All For God, And A Gun For All. Outra boa composição, bem embalada, já menos veloz que a faixa anterior, mas com bons riffs de guitarra, além de um bom arranjo, possuindo bons contracantos no  refrão.
3) Save The Humans. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum. Mais uma vez, veloz e embalada, possuindo uma boa introdução, a qual possui um bom arranjo de guitarra. O destaque, na minha opinião, está no arranjo e interpretação vocal, embora a expressão e energia, bem como os contracantos do refrão e eventuais frases de guitarra, mereçam atenção.
4) Encomienda. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Uma composição que lembra, e muito, com AFI, sendo bastante embalada, além de possuir um bom desenho melódico da voz, com destaque, na minha opinião, o refrão e seus contracantos.
5) Sign Of The Times. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo, também, a faixa de divulgação do álbum, já que possui videoclipe de divulgação. Um bom vídeo, o qual mostra o grupo em uma apresentação ao vivo. É uma ótima composição, bastante veloz e embalada, possuindo um bom desenho melódico da voz, bem como uma boa progressão harmônica e bons riffs de guitarra.
6) American Deity. Outra ótima composição, bastante veloz e embalada, com uma boa progressão harmônica, assim como o desenho melódico da voz e os riffs de guitarra, existindo uma variação de cadência no refrão.
7) Patriot. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, uma composição mais intimista e (bem) menos veloz, com diversos elementos que viriam a se tornar características do emo, em especial na expressão vocal. Destaque para o desenho melódico da voz.
8) Not Our Property. Aqui o embalo volta a aparecer, embora não com muita velocidade, apesar da composição possuir seu momento mais veloz, existindo um bom desenho melódico da voz, bem como bons riffs de guitarra e uma variação de cadência, a qual merece atenção devido ao trabalho de dinâmica.
9) On Friends And Mistakes. Outra boa composição, bastante embalada, embora não muito veloz, possuindo um bom arranjo e contracantos, com destaque para o desenho melódico da voz, embora os riffs de guitarra mereçam atenção, além de existir uma variação de cadência
10) Black Watch. Mais uma ótima composição, bastante veloz e embalada, possuindo menos melodia, soando mais como um hardcore, com momentos de hardcore old school, possuindo, também, uma variação de cadência, a qual merece atenção pelo seu trabalho de dinâmica.
11) Duality Of A Revolutionary. Mais uma ótima composição, bastante veloz e embalada, com um bom desenho melódico da voz, o destaque na minha opinião, além de trocas rápidas de acorde e bons riffs de guitarra, existindo uma (breve) variação de cadência que soa mais emo core.
12) Pillow Over The Face As Therapy. Mais uma boa composição, a qual possui um bom arranjo, sendo bastante embalada, embora não muito veloz, com destaque para o desenho melódico da voz, embora os riffs de guitarra mereçam atenção.
13) Struggle. O álbum finaliza com outra boa composição, bem arranjada, possuindo bons riffs e frases de guitarra, além de um bom trabalho de dinâmica e intenção. Não muito embalada e pouco veloz, esta possui elementos (sutis) do grunge, bem como elementos do emo, sendo o destaque as variações de cadência entre as partes..
Ouça o álbum e saia da síndrome do espelho quebrado!

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