domingo, 16 de outubro de 2022

Test - Arabe Macabre (2012)

GÊNERO: Grindcore
ORIGEM: Brasil (São Paulo / São Paulo)
FORMAÇÃO:
João Kombi - João Silveira (Vocal, guitarra)
Thiago Barata (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através dos selos Pecúlio, Cospe Fogo e 255, e foi gravado no estúdio Favela. É um ótimo álbum, bastante veloz e embalado, mas com frequentes variações de cadência, possuindo arranjos bem criativos. As composições são repletas de riffs, possuindo um vocal com extensão não muito elevada, mas com um timbre bem peculiar, como alguém que está saindo de uma tumba! Bastante interessante, mantém a proposta e intenção das composições em evidência, as quais são interpretadas com muita expressão e energia. Embora seja um grindcore, é possível perceber influências de crust e death , além de pitadas de hardcore. O destaque está nos arranjos, bastante criativos e bem executados, embora os riffs, intenções e velocidade / embalo, mereçam atenção. Aqueles que curtem a bateria em blast beat, aqui está um prato cheio, pois são bem frequentes no decorrer do álbum. A arte da capa ficou por conta de Carolina Scagliusi. Um ótimo álbum, o qual exala expressão, assim como as performances do grupo ao vivo. Tive a oportunidade assistir eles ao vivo, em Estrela, na escadaria, este ano, em uma segunda-feira de noite. Ao vivo, o grupo é ainda mais expressivo, com excelentes trabalhos de dinâmica. Vale a pena conferir, como já mencionado, um ótimo álbum, de uma banda que possui uma proposta bem interessante de tocar na rua, carregando um gerador em uma Kombi para poder ligar os equipamentos elétricos.
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FAIXA A FAIXA:
1) Árabe Macabre. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, sendo, inclusive, a que dá nome ao álbum. Bastante veloz e embalada, com excelentes riffs, com a bateria em blast beat do início ao fim, o destaque está na intenção e progressão harmônica, em especial do refrão.
2) Andróides. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum. Bastante veloz e embalada, ela possui excelentes riffs, com um bom arranjo, além de boas frases da bateria, bem como uma excelente progressão harmônica no refrão, existindo, também, seu momento blast beat.
3) Celebrar Venha. Esta é uma boa composição, com uma intenção bem "sepulcral", apenas com efeitos e voz, os demais instrumentos, quando surgem, através de um andamento não muito veloz, porém existe frequentes variações de cadência, umas mais velozes e outras mais "arrastadas", lembrando um doom.
4) Venenom. Mais uma ótima composição, bastante veloz e embalada, com a bateria executada em blast beat na maior parte do tempo. Bastante peso e ótimos riffs, além do embalo e velocidade, são os destaques, na minha opinião.
5) Morrer Lentamente. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Bastante embalada e com excelentes riffs e progressão harmônica, além de uma boa intenção, ela possui frequentes variações de cadência, com momentos em blast beat, outros soando mais hardcore, existindo, inclusive, um trecho repleto de groove, com uma intenção bem tribal. O trabalho de dinâmica merece atenção.
6) Du Horror. Outra excelente composição, bastante veloz e embalada, com uma progressão harmônica com trocas rápidas de acorde, existindo frequentes pausas. Esta mantém a mesma condução rítmica do início, com exceção de eventuais pontes.
7) O Sal Da Vida. Outra ótima composição, bastante veloz e embalada, além de muito peso, possuindo uma introdução repleta de pausas. Esta tem momentos bem hardcore, e outros mais grindcore, sempre com ótimos riffs de guitarra, o destaque, na minha opinião.
8) Deus II. Mais uma ótima composição, com uma introdução não muito veloz, mas que possui um ótimo embalo, possuindo um refrão com arranjo de bateria em blast beat, existindo ótimas pontes, sendo o destaque, na minha opinião, a parte A, mais hardcore.
9) Na Pilha. Mais uma ótima composição, bastante veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde, frequentes riffs e frases, o destaque está na interpretação e arranjo de guitarra, possuindo uma variação de cadência no refrão, que, até certo ponto, é bem sing-a-long.
10) Abismo. O álbum finaliza com mais uma ótima composição, bem intencional e expressiva, com um bom embalo e velocidade, apesar das frequentes pausas no arranjo de guitarra, o qual possui trocas rápidas de acorde. O destaque está no arranjo e intenção.
Ouça o álbum, mas cuidado com o árabe macabro!

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