quinta-feira, 28 de abril de 2022

Satanic Surfers - As A Matter Of Fact (1998)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Suécia (Lund / Scania)
FORMAÇÃO:
Rodrigo Alfaro (Vocal, bateria)
Fredrik Jakobsen (Guitarra)
Magnus Blixtberg (Guitarra)
Tomek Skolowksi (Baixo)
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Este é o quarto split lançado pelo grupo, após dois álbuns de estúdio, através dos selos Bad Taste e Fearless. O curioso é que uma das versões é um split com 4 bandas e a outra versão com 5 bandas, além de que a impressão da capa de um é colorida e a outra não. Este é um split que, além do Satanic Surfers, possui as bandas Almighty Trigger Happy, Good Riddance e Ill Repute, na versão da Bad Taste, enquanto que na versão da Fearless o grupo Strung Out também participa, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do Satanic Surfers. É um excelente split, com a maior parte das faixas velozes e embaladas, porém, possui uma faixa acústica, o que marca bem uma época, o típico hardcore melódico dos anos 90, bastante velocidade, energia, embalo, bons desenhos melódicos da voz, além de frequentes frases e riffs, frases estas que, muitas vezes, são executadas em sincronia entre os instrumentos. São faixas inéditas, com exceção da "metade" de uma delas, a qual saiu no álbum anterior. Já tive a honra de assistir a um show do grupo em Porto Alegre, em 2005, realmente sensacional, é um grupo com muita personalidade, o que fica explícito, não só nas gravações, mas como, também, nas apresentações. Um excelente split que vale a pena conferir, principalmente aos fãs do hardcore melódico dos anos 90!
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FAIXA A FAIXA:
1) Sail Away. O split inicia com a faixa que considero a melhor, em especial devido à introdução e à parte A, a qual possui uma excelente progressão harmônica, embora o destaque, na minha opinião, seja o desenho melódico da voz. Veloz e embalada, possuindo um excelente arranjo, com partes bem definidas, além de possuir frequentes frases e riffs, às vezes executadas em sincronia entre os instrumentos, possuindo, também, um refrão bem sing-a-long.
2) Unless We Try / Big Bad Wolf. Outra excelente composição, sendo o grande destaque, na minha opinião, a introdução e suas constantes frases e riffs, sempre velozes e, muitas vezes, executadas em sincronia entre os instrumentos. As partes A e o refrão são bem embaladas, embora não o tempo todo veloz, possuindo um bom desenho melódico da voz.
3) Killing Me. O split finaliza com a faixa acústica, executada apenas por violão e voz e é, também, a faixa que menos me agrada, embora possua um bom desenho melódico da voz, ela é uma composição bem intimista, bem com a cara de um acústico, possuindo um bom arranjo, embora muito "suave", na minha opinião, a balada do split!
Ouça o split, na verdade...!

domingo, 24 de abril de 2022

Sanchez' - Gangsta Way Of Life (2000)

GÊNERO: Ska Core
ORIGEM: Brasil (Joinville / Santa Catarina)
FORMAÇÃO:
Marcos Maia (Vocal, guitarra)
Lucky (Baixo)
Lauro (Bateria)
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Esta é a primeira, e única (até onde eu saiba), demo lançada pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Ocotea, em apenas dois canais! Difícil encontrar informações sobre o grupo, apenas o que consta no encarte da demo. É uma ótima demo, com as composições muito bem arranjadas, bem trabalhadas, com muita criatividade, os músicos possuem certa técnica, o que eleva a qualidade da demo, o ponto fraco, na minha opinião, está no vocal, porém, creio eu, o próprio grupo devia ter noção, já que a voz fica quase em segundo plano, valorizando os arranjos instrumentais. O grande destaque está nos arranjos de bateria, simplesmente sensacionais, extremamente criativos, com frases que pouco se repetem e espaços preenchidos com autonomia. A guitarra também tem seu valor, podendo ter liberdade para se soltar mais que os demais instrumentos, enquanto o baixo, apesar de bastante seguro, com uma percepção sensacional, sinto que falta inovar mais, embora segure a base perfeitamente. Embora eu tenha classificado como ska core, esta é uma demo bastante difícil de rotular, digamos que o ska core é o estilo mais presente, porém não é constante, possuindo influências de surf music, além de pitadas de funk metal. A demo possui faixas instrumentais (ou quase instrumentais), geralmente, estas, com uma intenção de suspense, podendo ser, muito bem, uma composição para algum filme de detetive qualquer! A arte da capa ficou por conta de Flávio Rodrigues, foto utilizada sem a permissão do fotógrafo! Uma excelente demo, com ótimas composições, e, principalmente, excelentes arranjos, que merece ser conferida, vale a penas conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Braceros. A demo inicia com a faixa que considero a melhor. Um ska core misturado com surf music, possuindo um intenção bem de introdução, esta é uma faixa quase que instrumental, pois praticamente não possui letra (apenas uma palavra). É uma composição bem embalada, não muito veloz, com um excelente arranjo de bateria, bem como um bom trabalho de dinâmica, possuindo um arranjo de baixo que dá toda sustentação para a guitarra ter mais liberdade.
2) Mandíbula. Outra boa composição, também com uma intenção bem ska core, esta já é mais intimista, existindo uma boa linha de baixo e, mais uma vez, um excelente arranjo de bateria. Possuindo um bom embalo, embora não muito veloz.
3) Drunkster. Esta é a faixa mais intimista de toda a demo, esta que não possui elementos do ska core, mas mantém a intenção intimista existente em faixas anteriores. Não veloz e com pouco embalo, o destaque está no arranjo de guitarra e sua expressão, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
4) G.R.E.S.. Considero esta uma das melhores faixas da demo, talvez a com mais características de ska core, lembrando, bastante, com Operation Ivy. Não veloz, mas com um ótimo embalo, além de um bom arranjo e um bom trabalho de dinâmica.
5) Gangsta Way Of Life. A faixa que dá nome à demo é uma faixa instrumental, com uma intenção bem intimista, extremamente bem definida. Esta sim poderia fazer parte da trilha sonora de um filme qualquer sobre detetives!
6) Nada De Novo Na Estação. A demo finaliza com a faixa que mais se diferencia em relação às outras, sendo esta um funk metal misturado com ska core. O grande destaque está no groove existente no arranjo. Não muito veloz, com uma progressão harmônica bem simples, mas bem arranjada.
Ouça a demo e conheça o estilo de vida gangster!

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Saints - (I'm) Stranded (1977)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Austrália (Brisbane / Queensland)
FORMAÇÃO:
Chris Bailey - Christopher Bailey (Vocal)
Ed Kuepper - Edmund Kuepper (Guitarra)
Kym Bradshaw (Baixo)
Ivor Hay (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo EMI, e foi gravado no estúdio Bruce Window. É um excelente álbum, um importante nome para o punk rock, sendo este o primeiro álbum do gênero a ser lançado fora dos EUA, antes mesmo de Sex Pistols, Clash ou Damned. Uma homenagem ao Chris Bailey, que veio a falecer doze dias atrás, no dia 9 de Abril. Percebe-se muita influência de garage punk, bem como, de maneira sutil, do rock psicodélico. O som dos anos 60 é bem presente, porém possui um toque mais veloz e enérgico, o que caracteriza o punk rock. Percebe-se influência de bandas como Stooges ou MC5, existindo bastante "brecha" nos arranjos para a improvisação. O vocal possui uma expressão bem interessante, soando quase que de maneira "escrachada", aliás, a expressão é um dos destaques do álbum. É um importante álbum, eleito, em 2010, no livro 100 Best Australian Albums, entre os 100 melhores álbuns lançados na Austrália, se colocando na posição de número 20. O álbum possui duas faixas cover, e duas faixas foram lançadas como single, em 1976, possuindo diferente afinação e timbre, além de uma das faixas possuir videoclipe de divulgação. O curioso é que as duas faixas gravadas em 1976, a guitarra não utilizou pedal de efeito, apenas o timbre do amplificador, um Fender, de 1960, enquanto as demais faixas, a guitarra foi ligada em um PA de voz, com a utilização de um pedal de distorção MXR. Um excelente álbum, essencial para qualquer um que seja adorador do punk rock dos anos 70, além de ser um álbum que deve ser muito respeitado, devido à sua história e importância. Deve ser conferido!
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FAIXA A FAIXA:
1) (I'm) Stranded. O álbum inicia com a faixa título, e é, também, uma das faixas que foram gravadas em 1976, estando os instrumentos de corda afinados meio tom acima, influenciado por Bo Diddley, além de ser a faixa que possui videoclipe de divulgação. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, em especial pelo seu refrão, bastante intencional e expressivo, além de ser bem sing-a-long.
2) One Way Street. Considero esta a melhor faixa do álbum, em especial devido à parte A e sua progressão harmônica. Mais uma vez o embalo e a expressão são os destaques, embora a execução do arranjo vocal também mereça atenção.
3) Wild About You. Esta é uma das faixas cover do álbum. Esta é uma composição de Andy James, e foi gravada, originalmente, pelo grupo Missing Links, em 1965. Uma excelente composição, bem embalada e expressiva, possuindo um refrão que, na minha opinião, é o grande destaque, muito devido à expressão vocal. Os improvisos da guitarra também merecem atenção.
4) Messin' With The Kid. Esta é a balada do álbum! Uma ótima composição, soa como uma mistura de Knockin' On Heaven's Door com Hurdy Gurdy Man, embora o desenho melódico seja nada semelhante, porém a intenção e expressão nos dão esta impressão. É uma composição com bastante influência do rock psicodélico, sendo o destaque, na minha opinião, o arranjo da guitarra, em especial a frase existente no final da faixa.
5) Erotic Neurotic. Esta faixa foi o segundo single que o grupo lançou, sendo o primeira a faixa título, e é, também uma das faixas que considero das melhores. Com um ótimo embalo, bastante expressão, o grande destaque, na minha opinião, está nos improvisos da guitarra. Bastante interessante a contagem das repetições da progressão harmônica no final, bastante criativo!
6) No Time. Esta é a outra faixa que foi gravada em 1976, também com afinação inspirada em Bo Diddley. O grande destaque está no arranjo de guitarra, em especial o riff, sendo, também, bastante embalada e expressiva.
7) Kissin' Cousins. Esta é a outra faixa cover existente no álbum, sendo uma composição de Fred Wise e Randy Starr, gravada, originalmente, por Elvis Presley, em 1963, lançada na trilha sonora do filme de mesmo nome. Uma ótima faixa, bem embalada, e com uma progressão harmônica e intenção bem rock 'n' roll, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
8) Story Of Love. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora não seja ruim. Não muito veloz, com a progressão harmônica executada por acordes abertos, sendo o arranjo de guitarra o grande destaque, na minha opinião.
9) Demolition Girl. Outra boa composição, bem embalada, sendo o destaque o refrão, além da progressão harmônica na ponte entre o refrão e a parte A, possuindo um refrão bem sing-a-long e expressivo.
10) Nights In Venice. O álbum finaliza com outra ótima composição, com bons riffs de guitarra e bastante expressão, sendo o destaque, na minha opinião, o final da faixa e seus momentos de improviso da guitarra, além de eventuais intenções em que a caixa da bateria dobra a velocidade.
Ouça o álbum e perceba como estou encalhado!

domingo, 17 de abril de 2022

Rytmihäiriö - Surmatyö (1990)

GÊNERO: Crossover
ORIGEM: Finlândia (Helsinki / Uusimaa)
FORMAÇÃO:
Pate - Pasi Vuorio (Vocal)
Tuukka Laitinen (Guitarra)
Ande - Antti Kiiski (Baixo)
Otto Luotonen (Bateria)
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Este é o primeiro EP, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, através do selo Surmatyö, e foi gravado no estúdio Tonal. É um ótimo EP, com faixas repletas de energia, bastante velocidade e muito embalo, existindo eventuais solos de guitarra, bem como eventuais variações de cadência, sempre com muita distorção e energia, além de possuir um vocal bem "gritado" e "rasgado". Embora eu tenha classificado como crossover, o EP possui fortes influências de grindcore e hardcore old school, com composições não muito extensas, em sua maioria, embora existam faixas com mais de 2 minutos de duração. Este é o primeiro registro com Pate nos vocais, já que ele havia entrado há pouco tempo no grupo, para substituir o antigo vocalista, da formação original, Kalle Ellilä, o qual deixou o grupo após desentendimentos internos com os demais integrantes, que se mantiveram como um trio, por pouco tempo, até a entrada de Pate, que já havia sido vocalista do grupo Nausea, poucos meses antes da gravação deste EP. Um ótimo EP, lembra bastante Cryptic Slaughter, embora com semelhanças de outros grupos, podendo se perceber, em vários momentos, esta referência. O início da carreira deste grupo que se mantém na ativa até hoje, apesar de eventuais "pausas" e mudanças de formação durante a sua trajetória. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Perjantaina Juostiin. O EP inicia com uma das faixas que considero das melhores, com um excelente riff na parte A, com pequenas frases executadas em sincronia entre os instrumentos. O refrão mantém as mesmas características, embora a progressão harmônica não me agrade tanto quanto a da parte A. Possui, também, um solo de guitarra e eventual variação de cadência.
2) Kepinisku. Uma excelente composição, em especial devido ao refrão, que lembra bastante Cryptic Slaughter, possuindo um arranjo de bateria bastante veloz, lembrando bastante o grindcore, além de possuir uma variação de cadência.
3) Vain Henkisesti Sairas Ihminen Uskoo Jumalaan. Outra faixa que possui fortes influências de grindcore, com trocas rápidas de acorde, muita velocidade e embalo, sendo o destaque o refrão e os acentos bem marcados.
4) Hyvää Ruokahalua 4 Jalkaiset Ystästävämme. Esta faixa inicia mais cadenciada, com um ótimo riff que possui acentos bem marcados pelos instrumentos, enquanto a parte A e o refrão são bem embalados e velozes, com influências do grindcore.
5) Olympiadi. Esta faixa possui um arranjo de guitarra, em um trecho mais cadenciado, apresentado já na introdução, que lembra bastante alguma banda de hardcore old school ou skate punk, enquanto a parte A mantém as mesmas características padrão do EP: velocidade, embalo e energia, também possuindo influências de grindcore no seu arranjo, sendo o destaque, justamente, o trecho mais cadenciado, o qual possui a progressão harmônica executada de maneira arpejada pela guitarra.
6) Idiootti. Uma faixa de pequena duração, com uma introdução executada por um piano, de maneira solo, logo em seguida surge o petardo! Bastante velocidade, energia e embalo, possuindo trocas rápidas de acorde.
7) Surmatyö. A faixa que dá nome ao EP alterna entre partes mais cadenciadas e outras mais velozes, com uma ótima intenção, em especial na parte A, mais cadenciada, enquanto a parte B possui um excelente arranjo de bateria, o qual apresenta um pequeno groove que faz toda diferença. A voz não possui letra ou melodia, apenas gritos e gemidos, o que é o ponto fraco, na minha opinião.
8) Sika Äpärä. Outra faixa de pequena duração, esta é uma composição que parece ter apenas introdução, aliás, uma excelente introdução, não muito veloz, com um bom solo de guitarra, um bom embalo e uma boa progressão harmônica, porém, quando tudo indica que a música vai começar, ela finaliza!
9) Käsky. Considero esta uma das melhores faixas do EP, uma das que possui, na minha opinião, mais características do crossover, com uma excelente introdução, possuindo um ótimo riff, bem como um ótimo embalo, embora não muito veloz, enquanto a parte A é mais veloz, além de possuir um bom solo de guitarra.
10) Hammer Homicide. O EP finaliza com a faixa que considero a melhor. Com um excelente riff e uma intenção bem crossover, ela possui um bom embalo, sendo o destaque a progressão harmônica e os riffs de guitarra, enquanto a parte A já é mais veloz, com um arranjo de bateria que lembra um grindcore, mantendo o padrão do EP!
Ouça o EP enquanto está matando o trabalho!

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Rush - A Farewell To Kings (1977)

GÊNERO: Rock Progressivo
ORIGEM: Canadá (Toronto / Ontario)
FORMAÇÃO:
Geddy Lee - Gary Weinrib (Vocal, baixo, violão 12 cordas, minimoog, sintetizador)
Alex Lifeson - Aleksandar Zivojinovic (Guitarra, violão, violão 12 cordas, sintetizador)
Neil Peart (Bateria, percussão)
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Este é o quinto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Anthem, e foi gravado no estúdio Rockfield. É um excelente álbum, aliás, na minha opinião, é um dos melhores álbuns já lançados na história, simplesmente espetacular. Considero este o melhor trabalho lançado pelo grupo, é o primeiro a marcar a fase progressiva do grupo, já vindo "com tudo"! Neste álbum muitos novos elementos foram incluídos aos arranjos, em especial a grande variedade de instrumentos, fazendo as composições soarem (quase) como uma orquestra, porém uma orquestra de 3 integrantes! Foi, também, o primeiro álbum do grupo a ser gravado fora de Toronto, e o estúdio, no País de Gales, foi fundamental para as composições, inclusive, fazendo com que o grupo gravasse alguns trechos na "rua", no pátio aberto do estúdio, além de inspirar os integrantes nos arranjos e composições. Sons da natureza que aparecem no arranjo de algumas composições, foram gravados no terreno do próprio estúdio. O álbum levou três semanas para ser gravado e mais duas semanas para mixá-lo, tendo o processo de gravação iniciado apenas 1 mês após o término da turnê do álbum anterior, possuindo videoclipes de divulgação de 3 faixas. É um álbum que dispensa comentários, excelentes composições, com arranjos mais espetaculares ainda, com intenções e trabalhos de dinâmica bem evidentes que ajudam a elevar a qualidade do álbum. Os músicos são extremamente técnicos, tendo arranjos bem complexos, com o ponto forte de que, muitas vezes, as frases são executadas em sincronia entre os instrumentos, muitas delas, com variações de compasso e acentos deslocados, algo corriqueiro no álbum. Foi o álbum que fez o grupo ganhar notoriedade na Inglaterra, em especial pela música Closer To The Heart, grande sucesso no país. O álbum recebeu disco de platina no Canadá e EUA, além de atingir as posições de número 33 na Billboard 200 (EUA) e 22 no Reino Unido. Está entre os 3 álbuns do grupo a receber certificado de ouro por ter vendido mais de 500.000 cópias no mesmo ano de seu lançamento. A capa ficou à cargo de Hugh Syme. Foi com este álbum que conheci o grupo, realmente sensacional desde a primeira "ouvida"! Vale a pena conferir, aliás, deve ser conferido! Um clássico! Um álbum indispensável para a playlist ou coleção de qualquer um, sem sombra de dúvidas!
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FAIXA A FAIXA:
1) A Farewell To Kings. O álbum inicia com a faixa que dá nome à ele, sendo uma das faixas que possui videoclipe de divulgação, sendo, também, uma das faixas prediletas dos integrantes do grupo. O vídeo mostra cenas do grupo tocando como se estivessem em uma apresentação ao vivo, mesclado com poucas cenas fora deste cenário, incluindo imagens de ganso ou de Alex tocando em meio à natureza, além de um castelo. É uma composição muito bem trabalhada, com uma introdução executada com um violão clássico, em um excelente arranjo, assim como todo o restante da composição, com sons de pássaros, gravados no ambiente externo do estúdio, como fundo. Sempre muito bem arranjada, existindo frequentes frases e variações de compasso e intenção, além de um excelente trabalho de dinâmica, sendo o arranjo o destaque.
2) Xanadu. Considero esta a melhor faixa do álbum, e foi, também, a primeira música que ouvi do grupo, no final dos anos 80, sendo outra das faixas que possuem videoclipe de divulgação. O vídeo não difere muito do anterior, porém sendo este apenas com cenas do grupo tocando. Considero esta uma das melhores composições do grupo, e uma das melhores composições de todos os tempos, com uma intenção espetacular, assim como o trabalho de dinâmica e arranjo. A composição não é muito complexa, porém seu arranjo eleva a complexidade da música, existindo diferentes intenções e sensações, desde trechos mais calmos até trechos mais pesados, sempre com excelentes frases, muitas delas, executadas de maneira simultânea pelos instrumentos. A introdução é extremamente hipnótica e sensitiva, nos guiando a um local único, que inclui sons da natureza gravados na parte externa do estúdio, assim como na faixa anterior, enriquecido pelos excelentes arranjos, principalmente de percussão, que ajudam a criar um clima. O curioso é que esta composição foi executada ao vivo em alguns shows antes mesmo de ser gravada. Indispensável! Uma das músicas que todos devem ouvir antes de morrer!
3) Closer To The Heart. Esta é a última faixa do álbum a ter videoclipe de divulgação. O vídeo que possui mais efeitos, embora simples, devido à época, mas mantendo a mesma intenção dos vídeos anteriores: cenas do grupo tocando. Com certeza a faixa com apelo mais pop de todo álbum, porém, ainda assim, uma excelente composição, com muita expressão e, mais uma vez, um ótimo trabalho de dinâmica, além de possuir uma excelente introdução executada pelo violão. Esta foi a segunda música que ouvi do grupo!
4) Cinderella Man. Outra excelente composição, com destaque para o arranjo, mais uma vez, existindo frequentes variações de intenção, bem como um excelente trabalho de dinâmica, com destaque para as frases executadas, muitas vezes, em sincronia entre os instrumentos.
5) Madrigal. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora não seja ruim e, pode-se dizer, é a balada do álbum! Uma bela composição, com uma intenção mais intimista, mas mantendo a qualidade no arranjo, o grande destaque, na minha opinião, além de possuir um bom trabalho de dinâmica e diferentes intenções.
6) Cygnus X-1. O álbum finaliza com outra excelente composição, uma das que considero das melhores do álbum, extremamente intencional, com um trabalho de dinâmica excelente, assim como o arranjo. Talvez a música mais bem trabalhada de todo álbum. Com inúmeras partes diferentes, possuindo, inclusive, nome para cada uma das "divisões" da música. Extremamente intencional de uma maneira "cósmica", ela nos remete à sua verdadeira intenção desde seu início: a de nos remeter a uma viagem espacial em um buraco negro, chamado Cygnus X-1! Variações de compasso, cadência e intenção são comuns durante a faixa, que possui mais de 10 minutos de duração, além de existir frequentes frases, muitas delas, executadas em sincronia entre os instrumentos. O curioso é que esta faixa termina de maneira suspensa, pois existe uma continuação: a primeira faixa do álbum seguinte, Hemispheres! Aliás, esta continuação é o lado A inteiro do álbum que, somando as duas faixas (uma de cada álbum) totaliza mais de 28 minutos de composição!
Ouça o álbum e dê um adeus aos reis!

domingo, 10 de abril de 2022

RTL - Keep Fighting Against That Rage (1998)

GÊNERO: Street Punk
ORIGEM: Brasil (Brasília / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Mariana (Vocal, guitarra)
Juliana (Baixo)
Mayra (Bateria)
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Esta é a primeira demo lançada pelo grupo, de maneira independente. Difícil encontrar informações sobre o grupo, pelo que percebi, o grupo tem apenas esta e mais uma demo lançada, além de participações em coletâneas. Com pouco mais de 5 anos de duração com este nome, a banda passou a se chamar Mata Hari. É um grupo que fez parte do movimento riot grrrl brasileiro, na virada do século, no final dos anos 90. O som lembra uma mistura de Vice Squad com Dominatrix, além de pitadas de Blind Pigs, com faixas de pouca duração, embaladas e, de certa forma, velozes, com arranjos bem simples e intenções e andamentos muito semelhantes em todas as faixas. As integrantes não possuem muita técnica, mas compensam com muita energia, não soando nada desafinado, com destaque para a execução dos arranjos vocais. A demo possui uma faixa instrumental. Um punk rock veloz, com temas que abordam pontos de vista femininos, bem ao estilo riot grrrl, uma boa demo que ajuda a registrar, e confirmar, um movimento social de uma época que, com certeza, ajudou a movimentar a sociedade até os moldes atuais. A importância e atitude de bandas como esta, na época, compensa qualquer composição simples ou falta de técnica, sendo o ponto negativo a qualidade da gravação, abafada e com pouca nitidez de todos os instrumentos.
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FAIXA A FAIXA:
1) Be Yourself. A demo inicia com a faixa que considero a melhor, possuindo uma introdução de violino solo, para, logo em seguida, surgir os demais instrumentos. Trocas rápidas de acorde, sempre com divisões rítmicas bem "quadradas", bastante embalo e certa velocidade, o destaque está nos contracantos e no refrão.
2) Hold On Sisters. Mantendo o mesmo embalo, com arranjos rítmicos bem "quadrados", trocas rápidas de acorde, porém com uma progressão harmônica que não considero das melhores, além de não possuir contracantos.
3) About Us. A faixa inicia com uma frase do baixo, a qual existe uma aceleração no andamento bem considerável quando da execução das notas longas. É uma boa composição, com bastante embalo, trocas rápidas de acorde, possuindo eventuais contracantos no refrão, com destaque para a parte em que a guitarra não aparece, no final.
4) Opulence Jeans. Esta é a faixa instrumental da demo, uma excelente composição, com trocas rápidas de acorde, bastante embalo e uma intenção que lembra um hardcore old school, lembrando Dead Kennedys. Sinto que uma melodia fez falta para elevar a qualidade da composição.
5) Sinner. Talvez a faixa mais pesada e com arranjo mais trabalhado, existindo variações de cadência bem definidas entre as partes, sendo a parte A mais "tribal", com acentos bem definidos e destacados pelos instrumentos, enquanto o refrão mantém as características das faixas anteriores, com bastante embalo e possuindo frequentes contracantos.
6) Iron Candle. Outra boa composição, que mantém o padrão da demo: embalo, certa velocidade, trocas rápidas de acorde e divisões rítmicas bem "quadradas", existindo a inclusão de contracantos no refrão.
7) Hands Held. Mantendo o padrão da demo, o destaque está nas eventuais pausas existentes, bem como no desenho melódico da voz na introdução e no refrão, sendo esta a faixa de menor duração.
8) 3rd Floor. Considero esta uma das melhores faixas da demo, com uma progressão harmônica bastante interessante, embora simples e com as divisões rítmicas bem "quadradas", possuindo contracantos e eventuais pausas que elevam a qualidade do arranjo, mesmo que de maneira simples.
9) VIP. A demo finaliza com outra faixa que considero das melhores, em especial devido ao refrão, seu desenho melódico e contracantos, sendo bem sing-a-long, além das eventuais pausas que ajudam a dar qualidade ao arranjo.
Ouça a demo e continue lutando contra esta raiva!

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Ronnie Wood - I Feel Like Playing (2010)

GÊNERO: Rock
ORIGEM: Inglaterra (Uxbridge - Greater London / Londres)
FORMAÇÃO:
Ronnie Wood - Ronald Wood (Vocal, guitarra, teclado, baixo, gaita de boca)
Slash - Saul Hudson (Guitarra)
Bob Rock - Robert Rock (Guitarra)
Billy Gibbons - William Gibbons (Guitarra)
Waddy Wachtel - Robert Wachtel (Guitarra)
Ivan Neville (Teclado)
Ian McLagan (Teclado)
Flea - Michael Balzary (Baixo)
Darryl Jones (Baixo)
Rick Rosas (Baixo)
Jim Keltner - James Keltner (Bateria)
Steve Ferrone (Bateria)
Johnny Ferraro (Bateria)
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Este é o sétimo, e último, álbum de estúdio lançado pelo artista, através do selo Eagle. O álbum é recheado de participações ilustres, uma excelente seleção de músicos que ajudam a enriquecer e elevar a qualidade do álbum. É um rock com fortes influências de blues, além de se perceber influências de funk e pop, além de pitadas de reggae. É um álbum muito bem produzido, a qualidade da mixagem é sensacional, se ouve todos os instrumentos de maneira nítida, possuindo ótimos arranjos, muito bem interpretados. Dentre todas as faixas do álbum, uma delas é um cover. É um álbum com ótimas composições, porém existem outras não muito boas, além de outras horríveis, na minha opinião. As composições não possuem muita velocidade, mas bastante embalo e ótimos riffs de guitarra, além de, como já mencionado, excelentes arranjos, o destaque do álbum, na minha opinião. O músico dispensa apresentações, um artista consagrado e de muito sucesso em sua carreira que, com certeza, serve de referência para muitas gerações e, provavelmente, continuará a ser referência. Vale a pena conferir! Caso seja um amante do rock clássico dos anos 60 e suas variações mais "próximas" até o final do século, este, com certeza, é um prato cheio!
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FAIXA A FAIXA:
1) Why You Wanna Go And Do A Thing Like That For. O álbum inicia com as faixas que considero as piores. Esta é uma espécie de balada, bem suave, com uma intenção intimista, bem expressiva, mas com uma progressão harmônica e expressão que não são muito do meu agrado, possuindo um swing sutil, além de um ótimo arranjo, o destaque, na minha opinião.
2) Sweetness My Weakness. Considero esta a pior faixa do álbum, sem sombra de dúvidas! Realmente horrível! Um reggae pop à la anos 90, pouco embalado, nada veloz, com uma progressão harmônica bem pop e um refrão bem sing-a-long.
3) Lucky Man. Uma ótima composição, já mais embalada, soando mais rock que as faixas anteriores, porém a parte A ainda tem aquele toque mais pop, enquanto o refrão, bem sing-a-long, já puxa para o rock com mais evidência. Não veloz, mas bem embalada, o destaque, na minha opinião, é o refrão.
4) I Gotta See. Outra faixa bem intimista, em compasso composto, porém esta já soando mais blues, com excelentes frases e riffs de guitarra, mantendo a progressão harmônica do blues. Com certo embalo, mas bem lenta, é uma boa composição.
5) Thing About You. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com um excelente riff de guitarra, com a cara do ZZ Top, esta é o legítimo rock dos anos 80: um ótimo riff com um refrão bem sing-a-long e que chama a atenção, além de possuir um ótimo embalo.
6) Catch You. Esta já tem uma intenção bem pop, com um arranjo mais suave, inclusive na expressão da voz, mas mantendo um bom embalo, apesar de pouca velocidade, possuindo bons contracantos no refrão, o destaque da composição, na minha opinião.
7) Spoonful. Esta é a faixa cover do álbum, um clássico composto por Willie Dixon e gravado, originalmente, por Howlin' Wolf, em 1960. Um rock / blues / funk não muito veloz, mas com muito groove, um excelente arranjo, em especial o rítmico, com excelentes riffs e frases de guitarra, possuindo enormes brechas para improvisos, sempre muito bem preenchidas. Considero esta uma das melhores faixas do álbum.
8) I Don't Think So. Outra faixa bem rock, com um bom embalo e um riff com a cara do Rolling Stones, porém com uma progressão harmônica bem peculiar. Um bom arranjo, não muito veloz, o destaque está no arranjo das guitarras, embora o refrão mereça atenção, além de ser bem sing-a-long.
9) 100%. Considero esta a melhor faixa do álbum. Não muito veloz, mas bem embalada e com excelentes progressão harmônica e riffs de guitarra, além de bons contracantos e uma ótima intenção e expressão, os destaques, na minha opinião.
10) Fancy Pants. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma progressão harmônica bem blues, bastante swing, esta faixa não é muito veloz e, embora possua um bom swing, não tem muito embalo. Destaque para o groove liderado pelo arranjo do baixo.
11) Tell Me Something. Uma boa composição, com um excelente arranjo e ótimas frases de guitarra e violão, além de um bom desenho melódico da voz e ótimos contracantos. Não muito veloz, mas com certo embalo, o destaque está na parte A, enquanto o refrão já é mais pop e com outra intenção, embora muito bem arranjado, em especial devido ao arranjo de vozes.
12) Forever. O álbum finaliza com uma boa composição, em compasso composto, lenta, mas com um bom embalo, esta soa bem ao estilo Joe Cocker, com a cara do final dos anos 60, possuindo um excelente arranjo de guitarra, bons riffs, sendo o refrão o destaque, bem sing-a-long e com uma ótima progressão harmônica, apesar de simples, bem intencional e expressiva.
Ouça o álbum e entenda porque eu sinto vontade de tocar!

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Rollins Band - Come In And Burn (1997)

GÊNERO: Funk Metal
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Henry Rollins - Henry Garfield (Vocal)
Chris Haskett (Guitarra)
Melvin Gibbs (Baixo)
Sim Cain - Simeon McDonald (Bateria)
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Este é o quinto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo DreamWorks, e foi gravado nos estúdios Bearsville e Sorcerer. É um excelente álbum, extremamente bem trabalhado e bem arranjado, com intenções e climas bem intensos, criando uma "atmosfera" bem "hipnotizante", extremamente expressivo, recheado de frases e riffs, além de muito groove. Embora eu tenha classificado como funk metal, ele possui fortes influências de hard rock e stoner, além de se perceber influência do jazz, também. As composições não são muito velozes, porém são ricas nos arranjos, possuindo um ótimo trabalho de dinâmica, muita expressão e groove, existindo bastante presença de efeitos nos instrumentos de corda, além de estar repleto de frases (de todos os instrumentos) e riffs. Os músicos são bastante técnicos, o que eleva a qualidade do álbum, difícil apontar um dos três instrumentistas como destaque, embora eu, como amante dos graves, prefira dar uma valorizada no baixo! Aliás, uma banda com um bom baixista faz toda diferença, já havia comentado a respeito em outra postagem. Já havia feito uma resenha sobre este álbum, aqui no Andamento Rápido, em 2014, confira aqui! O curioso do álbum é que este é o último a ser gravado com a formação clássica, após a turnê de divulgação, o grupo se manteve parado. Enquanto os instrumentistas estavam aguardando o retorno aos ensaios, Henry já estava ensaiando com outros integrantes, que viriam a fazer parte da formação do grupo até o fim da carreira. Chris contou, em uma entrevista, que ficou sabendo que estava fora do grupo através da imprensa, já que nunca entraram em contato com o guitarrista para comunicá-lo sobre a decisão. Após saber que estava fora do grupo, o guitarrista se mudou para a Austrália. Outra curiosidade é que o álbum foi gravado sob um clima bastante tenso, já que a gravadora que lançou os álbuns anteriores, Imago, estava em uma batalha judicial com Henry devido ao fato do grupo gravar este álbum com a DreamWorks, os relatos contam que foi uma fase bem complicada. Apesar de tudo, e mesmo não obtendo o mesmo sucesso do lançamento anterior, o álbum esteve entre os 100 melhores em diversos países: posição 89 nos EUA, na lista da Billboard 200, 76 na Holanda, 52 na Suécia, 49 na Suíça, 38 na Austrália, e 31 na Finlândia, possuindo duas faixas em que foram produzidos videoclipes de divulgação. Um excelente álbum, com maturidade de sobra, excelentes arranjos, sendo todos eles muito bem executados por exímios músicos, realmente vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Shame. O álbum inicia com uma excelente composição, repleta de groove, com uma introdução cheia de efeitos, muitos riffs de guitarra, além de uma excelente linha de baixo. O trabalho de dinâmica também merece atenção, sendo um dos destaques da composição, assim como o arranjo. Não muito veloz, mas com um bom embalo.
2) Starve. Esta é uma das faixas que possui videoclipe de divulgação, um bom vídeo, aliás, com a maior parte das cenas mostrando o grupo em um estúdio de gravação, enquanto as demais cenas mostram o grupo em apresentações ao vivo. Menos embalada que a faixa anterior, mas também com muito groove, o destaque está no trabalho de dinâmica, embora os riffs de guitarra e frases da bateria também mereçam atenção.
3) All I Want. Mais uma faixa com muito groove e um excelente trabalho de dinâmica, sendo o baixo responsável por toda "solidez" da composição, embora os riffs e intenção mereçam atenção. Mais uma vez um excelente arranjo, muito bem executado.
4) The End Of Something. Esta é a outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Uma composição mais intimista, com o vídeo passando esta mesma impressão, ele que mostra apenas o vocalista, em nenhum momento os instrumentistas aparecem nas imagens, com um boneco de ventríloquo, na maior parte do tempo. Um videoclipe mais bem produzido que o anterior, com a inclusão de muitos efeitos visuais. A faixa possui um certo embalo, pouca velocidade e um excelente trabalho de dinâmica, com as partes bem destacadas.
5) On My Way To The Cage. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, talvez a faixa mais veloz e a com arranjo menos trabalhado, mas com um ótimo embalo, possuindo bastante expressão, eventuais riffs de guitarra e o baixo com a inclusão de distorção.
6) Thursday Afternoon. Mais uma faixa com muito groove, um excelente trabalho de dinâmica e com as partes bem definidas, além de muita expressão. Não muito veloz, mas possuindo um bom embalo, além de se perceber efeitos nos instrumentos de corda.
7) During A City. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma intenção bem jazz, em especial pela condução no ride, além de possuir uma excelente frase do baixo na parte A e uma intenção bem definida entre as partes, sendo a parte A bem intimista, enquanto o refrão possui mais peso, com ótimos riffs, porém menos embalo.
8) Neon. Outra faixa bem intimista, mais uma vez com muito groove, ótimos riffs e uma excelente intenção. Com certo embalo, mas pouco veloz, o destaque está no arranjo de guitarra, embora a linha de baixo também mereça atenção.
9) Spilling Over The Side. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um excelente riff e ótimas frases do baixo, é mais uma composição com muito groove e um ótimo arranjo, possuindo, mais uma vez, um bom trabalho de dinâmica, embora sutil perto do que foi apresentado em faixas anteriores.
10) Inhale Exhale. Mais uma faixa que exala groove, além de um ótimo trabalho de dinâmica, além de excelentes intenções. Excelente linha do baixo, além de bons riffs de guitarra e um ótimo arranjo de guitarra, o destaque está no arranjo de bateria. Não muito veloz, mas com um bom embalo.
11) Saying Goodbye Again. Considero esta a melhor faixa do álbum, com uma excelente progressão harmônica, embora simples, ótimos riffs de guitarra, com destaque para o arranjo. Mais uma vez o groove está evidente, possuindo uma boa variação de intenção entre as partes.
12) Rejection. Outra faixa com um excelente riff de guitarra, além de um baixo com bastante efeito. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora seja uma boa composição, com destaque para o arranjo de guitarra e seus riffs. Mais uma vez bastante groove e um bom embalo, apesar de não muito veloz.
13) Disappearing Act. O álbum finaliza com outra excelente composição, entupida de groove, com um excelente arranjo, bons riffs de guitarra e um bom trabalho de dinâmica, embora não muito evidente, mas que mantêm as partes bem definidas. Destaque para os riffs de guitarra.
Ouça o álbum e chegue para entrar e queimar!