quinta-feira, 14 de abril de 2022

Rush - A Farewell To Kings (1977)

GÊNERO: Rock Progressivo
ORIGEM: Canadá (Toronto / Ontario)
FORMAÇÃO:
Geddy Lee - Gary Weinrib (Vocal, baixo, violão 12 cordas, minimoog, sintetizador)
Alex Lifeson - Aleksandar Zivojinovic (Guitarra, violão, violão 12 cordas, sintetizador)
Neil Peart (Bateria, percussão)
.
Este é o quinto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Anthem, e foi gravado no estúdio Rockfield. É um excelente álbum, aliás, na minha opinião, é um dos melhores álbuns já lançados na história, simplesmente espetacular. Considero este o melhor trabalho lançado pelo grupo, é o primeiro a marcar a fase progressiva do grupo, já vindo "com tudo"! Neste álbum muitos novos elementos foram incluídos aos arranjos, em especial a grande variedade de instrumentos, fazendo as composições soarem (quase) como uma orquestra, porém uma orquestra de 3 integrantes! Foi, também, o primeiro álbum do grupo a ser gravado fora de Toronto, e o estúdio, no País de Gales, foi fundamental para as composições, inclusive, fazendo com que o grupo gravasse alguns trechos na "rua", no pátio aberto do estúdio, além de inspirar os integrantes nos arranjos e composições. Sons da natureza que aparecem no arranjo de algumas composições, foram gravados no terreno do próprio estúdio. O álbum levou três semanas para ser gravado e mais duas semanas para mixá-lo, tendo o processo de gravação iniciado apenas 1 mês após o término da turnê do álbum anterior, possuindo videoclipes de divulgação de 3 faixas. É um álbum que dispensa comentários, excelentes composições, com arranjos mais espetaculares ainda, com intenções e trabalhos de dinâmica bem evidentes que ajudam a elevar a qualidade do álbum. Os músicos são extremamente técnicos, tendo arranjos bem complexos, com o ponto forte de que, muitas vezes, as frases são executadas em sincronia entre os instrumentos, muitas delas, com variações de compasso e acentos deslocados, algo corriqueiro no álbum. Foi o álbum que fez o grupo ganhar notoriedade na Inglaterra, em especial pela música Closer To The Heart, grande sucesso no país. O álbum recebeu disco de platina no Canadá e EUA, além de atingir as posições de número 33 na Billboard 200 (EUA) e 22 no Reino Unido. Está entre os 3 álbuns do grupo a receber certificado de ouro por ter vendido mais de 500.000 cópias no mesmo ano de seu lançamento. A capa ficou à cargo de Hugh Syme. Foi com este álbum que conheci o grupo, realmente sensacional desde a primeira "ouvida"! Vale a pena conferir, aliás, deve ser conferido! Um clássico! Um álbum indispensável para a playlist ou coleção de qualquer um, sem sombra de dúvidas!
.
FAIXA A FAIXA:
1) A Farewell To Kings. O álbum inicia com a faixa que dá nome à ele, sendo uma das faixas que possui videoclipe de divulgação, sendo, também, uma das faixas prediletas dos integrantes do grupo. O vídeo mostra cenas do grupo tocando como se estivessem em uma apresentação ao vivo, mesclado com poucas cenas fora deste cenário, incluindo imagens de ganso ou de Alex tocando em meio à natureza, além de um castelo. É uma composição muito bem trabalhada, com uma introdução executada com um violão clássico, em um excelente arranjo, assim como todo o restante da composição, com sons de pássaros, gravados no ambiente externo do estúdio, como fundo. Sempre muito bem arranjada, existindo frequentes frases e variações de compasso e intenção, além de um excelente trabalho de dinâmica, sendo o arranjo o destaque.
2) Xanadu. Considero esta a melhor faixa do álbum, e foi, também, a primeira música que ouvi do grupo, no final dos anos 80, sendo outra das faixas que possuem videoclipe de divulgação. O vídeo não difere muito do anterior, porém sendo este apenas com cenas do grupo tocando. Considero esta uma das melhores composições do grupo, e uma das melhores composições de todos os tempos, com uma intenção espetacular, assim como o trabalho de dinâmica e arranjo. A composição não é muito complexa, porém seu arranjo eleva a complexidade da música, existindo diferentes intenções e sensações, desde trechos mais calmos até trechos mais pesados, sempre com excelentes frases, muitas delas, executadas de maneira simultânea pelos instrumentos. A introdução é extremamente hipnótica e sensitiva, nos guiando a um local único, que inclui sons da natureza gravados na parte externa do estúdio, assim como na faixa anterior, enriquecido pelos excelentes arranjos, principalmente de percussão, que ajudam a criar um clima. O curioso é que esta composição foi executada ao vivo em alguns shows antes mesmo de ser gravada. Indispensável! Uma das músicas que todos devem ouvir antes de morrer!
3) Closer To The Heart. Esta é a última faixa do álbum a ter videoclipe de divulgação. O vídeo que possui mais efeitos, embora simples, devido à época, mas mantendo a mesma intenção dos vídeos anteriores: cenas do grupo tocando. Com certeza a faixa com apelo mais pop de todo álbum, porém, ainda assim, uma excelente composição, com muita expressão e, mais uma vez, um ótimo trabalho de dinâmica, além de possuir uma excelente introdução executada pelo violão. Esta foi a segunda música que ouvi do grupo!
4) Cinderella Man. Outra excelente composição, com destaque para o arranjo, mais uma vez, existindo frequentes variações de intenção, bem como um excelente trabalho de dinâmica, com destaque para as frases executadas, muitas vezes, em sincronia entre os instrumentos.
5) Madrigal. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora não seja ruim e, pode-se dizer, é a balada do álbum! Uma bela composição, com uma intenção mais intimista, mas mantendo a qualidade no arranjo, o grande destaque, na minha opinião, além de possuir um bom trabalho de dinâmica e diferentes intenções.
6) Cygnus X-1. O álbum finaliza com outra excelente composição, uma das que considero das melhores do álbum, extremamente intencional, com um trabalho de dinâmica excelente, assim como o arranjo. Talvez a música mais bem trabalhada de todo álbum. Com inúmeras partes diferentes, possuindo, inclusive, nome para cada uma das "divisões" da música. Extremamente intencional de uma maneira "cósmica", ela nos remete à sua verdadeira intenção desde seu início: a de nos remeter a uma viagem espacial em um buraco negro, chamado Cygnus X-1! Variações de compasso, cadência e intenção são comuns durante a faixa, que possui mais de 10 minutos de duração, além de existir frequentes frases, muitas delas, executadas em sincronia entre os instrumentos. O curioso é que esta faixa termina de maneira suspensa, pois existe uma continuação: a primeira faixa do álbum seguinte, Hemispheres! Aliás, esta continuação é o lado A inteiro do álbum que, somando as duas faixas (uma de cada álbum) totaliza mais de 28 minutos de composição!
Ouça o álbum e dê um adeus aos reis!

Nenhum comentário :

Postar um comentário