segunda-feira, 4 de abril de 2022

Rollins Band - Come In And Burn (1997)

GÊNERO: Funk Metal
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Henry Rollins - Henry Garfield (Vocal)
Chris Haskett (Guitarra)
Melvin Gibbs (Baixo)
Sim Cain - Simeon McDonald (Bateria)
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Este é o quinto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo DreamWorks, e foi gravado nos estúdios Bearsville e Sorcerer. É um excelente álbum, extremamente bem trabalhado e bem arranjado, com intenções e climas bem intensos, criando uma "atmosfera" bem "hipnotizante", extremamente expressivo, recheado de frases e riffs, além de muito groove. Embora eu tenha classificado como funk metal, ele possui fortes influências de hard rock e stoner, além de se perceber influência do jazz, também. As composições não são muito velozes, porém são ricas nos arranjos, possuindo um ótimo trabalho de dinâmica, muita expressão e groove, existindo bastante presença de efeitos nos instrumentos de corda, além de estar repleto de frases (de todos os instrumentos) e riffs. Os músicos são bastante técnicos, o que eleva a qualidade do álbum, difícil apontar um dos três instrumentistas como destaque, embora eu, como amante dos graves, prefira dar uma valorizada no baixo! Aliás, uma banda com um bom baixista faz toda diferença, já havia comentado a respeito em outra postagem. Já havia feito uma resenha sobre este álbum, aqui no Andamento Rápido, em 2014, confira aqui! O curioso do álbum é que este é o último a ser gravado com a formação clássica, após a turnê de divulgação, o grupo se manteve parado. Enquanto os instrumentistas estavam aguardando o retorno aos ensaios, Henry já estava ensaiando com outros integrantes, que viriam a fazer parte da formação do grupo até o fim da carreira. Chris contou, em uma entrevista, que ficou sabendo que estava fora do grupo através da imprensa, já que nunca entraram em contato com o guitarrista para comunicá-lo sobre a decisão. Após saber que estava fora do grupo, o guitarrista se mudou para a Austrália. Outra curiosidade é que o álbum foi gravado sob um clima bastante tenso, já que a gravadora que lançou os álbuns anteriores, Imago, estava em uma batalha judicial com Henry devido ao fato do grupo gravar este álbum com a DreamWorks, os relatos contam que foi uma fase bem complicada. Apesar de tudo, e mesmo não obtendo o mesmo sucesso do lançamento anterior, o álbum esteve entre os 100 melhores em diversos países: posição 89 nos EUA, na lista da Billboard 200, 76 na Holanda, 52 na Suécia, 49 na Suíça, 38 na Austrália, e 31 na Finlândia, possuindo duas faixas em que foram produzidos videoclipes de divulgação. Um excelente álbum, com maturidade de sobra, excelentes arranjos, sendo todos eles muito bem executados por exímios músicos, realmente vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Shame. O álbum inicia com uma excelente composição, repleta de groove, com uma introdução cheia de efeitos, muitos riffs de guitarra, além de uma excelente linha de baixo. O trabalho de dinâmica também merece atenção, sendo um dos destaques da composição, assim como o arranjo. Não muito veloz, mas com um bom embalo.
2) Starve. Esta é uma das faixas que possui videoclipe de divulgação, um bom vídeo, aliás, com a maior parte das cenas mostrando o grupo em um estúdio de gravação, enquanto as demais cenas mostram o grupo em apresentações ao vivo. Menos embalada que a faixa anterior, mas também com muito groove, o destaque está no trabalho de dinâmica, embora os riffs de guitarra e frases da bateria também mereçam atenção.
3) All I Want. Mais uma faixa com muito groove e um excelente trabalho de dinâmica, sendo o baixo responsável por toda "solidez" da composição, embora os riffs e intenção mereçam atenção. Mais uma vez um excelente arranjo, muito bem executado.
4) The End Of Something. Esta é a outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Uma composição mais intimista, com o vídeo passando esta mesma impressão, ele que mostra apenas o vocalista, em nenhum momento os instrumentistas aparecem nas imagens, com um boneco de ventríloquo, na maior parte do tempo. Um videoclipe mais bem produzido que o anterior, com a inclusão de muitos efeitos visuais. A faixa possui um certo embalo, pouca velocidade e um excelente trabalho de dinâmica, com as partes bem destacadas.
5) On My Way To The Cage. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, talvez a faixa mais veloz e a com arranjo menos trabalhado, mas com um ótimo embalo, possuindo bastante expressão, eventuais riffs de guitarra e o baixo com a inclusão de distorção.
6) Thursday Afternoon. Mais uma faixa com muito groove, um excelente trabalho de dinâmica e com as partes bem definidas, além de muita expressão. Não muito veloz, mas possuindo um bom embalo, além de se perceber efeitos nos instrumentos de corda.
7) During A City. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma intenção bem jazz, em especial pela condução no ride, além de possuir uma excelente frase do baixo na parte A e uma intenção bem definida entre as partes, sendo a parte A bem intimista, enquanto o refrão possui mais peso, com ótimos riffs, porém menos embalo.
8) Neon. Outra faixa bem intimista, mais uma vez com muito groove, ótimos riffs e uma excelente intenção. Com certo embalo, mas pouco veloz, o destaque está no arranjo de guitarra, embora a linha de baixo também mereça atenção.
9) Spilling Over The Side. Outra faixa que considero das melhores do álbum, com um excelente riff e ótimas frases do baixo, é mais uma composição com muito groove e um ótimo arranjo, possuindo, mais uma vez, um bom trabalho de dinâmica, embora sutil perto do que foi apresentado em faixas anteriores.
10) Inhale Exhale. Mais uma faixa que exala groove, além de um ótimo trabalho de dinâmica, além de excelentes intenções. Excelente linha do baixo, além de bons riffs de guitarra e um ótimo arranjo de guitarra, o destaque está no arranjo de bateria. Não muito veloz, mas com um bom embalo.
11) Saying Goodbye Again. Considero esta a melhor faixa do álbum, com uma excelente progressão harmônica, embora simples, ótimos riffs de guitarra, com destaque para o arranjo. Mais uma vez o groove está evidente, possuindo uma boa variação de intenção entre as partes.
12) Rejection. Outra faixa com um excelente riff de guitarra, além de um baixo com bastante efeito. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, embora seja uma boa composição, com destaque para o arranjo de guitarra e seus riffs. Mais uma vez bastante groove e um bom embalo, apesar de não muito veloz.
13) Disappearing Act. O álbum finaliza com outra excelente composição, entupida de groove, com um excelente arranjo, bons riffs de guitarra e um bom trabalho de dinâmica, embora não muito evidente, mas que mantêm as partes bem definidas. Destaque para os riffs de guitarra.
Ouça o álbum e chegue para entrar e queimar!

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