sábado, 1 de julho de 2023

AC/DC - Hells Bells (1980)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: Austrália (Sydney / New South Wales)
FORMAÇÃO:
Brian Johnson (Vocal)
Angus Young (Guitarra)
Malcolm Young (Guitarra)
Cliff Williams - Clifford Williams (Baixo)
Phil Rudd - Phillip Witschke (Bateria)
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Este é o vigésimo quarto single lançado pelo grupo, após sete álbuns de estúdio, através do selo Atlantic, e foi gravado no estúdio Compass Point. É um excelente single, as faixas são as mesmas versões presentes no sétimo álbum de estúdio, Back In Black, sendo este o segundo single de divulgação do álbum, possuindo, todas as faixas, videoclipes de divulgação, os quais foram gravados no mesmo ambiente / cenário, possuindo a mesma ideia, ambos mostrando o grupo tocando as músicas em um palco, tudo bem simples, mas que resgata bem a expressão e intenção do grupo. As faixas dispensam comentários, sendo uma delas, um clássico do grupo. Todas as composições possuem um excelente trabalho de dinâmica, bem característico das intenções do grupo, sempre interpretadas com muita energia e expressão, possuindo excelentes riffs de guitarra, enquanto que a "cozinha" mantém o andamento de maneira simples, mas coesa, o que dá espaço para que as guitarras e voz tenham mais liberdade em seus arranjos. As faixas são bem embaladas, embora não muito velozes, possuindo ótimos arranjos, em especial, devido aos arranjos de guitarra. O single possui três capas diferentes, porém, todas as versões possuem as mesmas faixas. O single atingiu posições em diferentes listas, chegando à posição 50 na lista da Mainstream Rock da Billboard nos EUA, 25 na Alemanha, 16 na França, e 7 na Austrália, conseguindo disco de prata no Reino Unido, com mais de 200.000 cópias vendidas, platina no México, com mais de 60.000 cópias vendidas, e ouro na Itália e Alemanha, com mais de 25.000 e 250.000, respectivamente, cópias vendidas. Um excelente single, o segundo single de divulgação de um dos álbuns mais vendidos na história, um verdadeiro clássico, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Hells Bells. O single inicia com a faixa que dá nome ao mesmo, sendo um dos grandes clássicos do grupo, o qual foi indicado, pelo The Guardian, em 2020, como a sexta melhor música do grupo (dentre as quarenta melhores), bem como ter sido eleita a sétima melhor música do grupo (dentre as vinte melhores) pela Kerrang!, em 2021. É uma excelente composição, a qual possui um ótimo embalo, um excelente riff de guitarra, o destaque, na minha opinião, bem como um ótimo trabalho de dinâmica, além de um refrão bem sing-a-long, sempre interpretado com muita energia e expressão, possuindo videoclipe de divulgação.
2) What Do You Do For Money Honey. O single finaliza com a faixa que considero a melhor, a qual, coincidentemente, foi a primeira música que ouvi do grupo. Com um excelente embalo, ótimos riffs e um refrão bem sing-a-long, tudo interpretado com muita energia e expressão, possuindo um excelente trabalho de dinâmica e um bom desenho melódico da voz. Esta é mais uma faixa que possui videoclipe de divulgação.
Ouça o single para conhecer o som dos sinos do inferno!

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Absurdo - Absurdo (2010)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: Espanha (Barcelona / Cataluña)
FORMAÇÃO:
Ian (Vocal)
Dani Frutos - Frutos Salas (Guitarra)
Hèctor Garcia (Baixo)
Dani Petit (Bateria)
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Esta é a primeira demo, e primeiro trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente. É uma boa demo, com composições velozes e embaladas, em sua grande maioria, interpretadas com muita energia e expressão, possuindo arranjos simples, geralmente, com poucas partes, embora existam eventuais frases e riffs de guitarra. A maior parte das faixas possuem pouca duração, muito em função dos arranjos, geralmente, não possuírem introdução, pontes, partes C ou solos, bem característico do gênero. Os músicos não possuem muita técnica, existindo eventuais momentos, mesmo que não explícitos, em que não há sincronia ou há acentos que estão fora do momento, porém, tudo acaba suprimido pela expressão e energia adotada pelos integrantes, o destaque, na minha opinião. O desenho melódico da voz pouco se movimenta, existindo trocas rápidas de acorde. A demo foi lançada, também, de maneira digital, além de ter sido relançada, em LP, em 2013. Uma boa demo, que resgata bem o espírito do hardcore do início dos anos 80, mesmo que, aproximadamente, 30 anos mais tarde. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Mundo Decadente. A demo inicia com uma boa faixa, bastante veloz e embalada, com pouca duração, poucas partes, sempre interpretadas com muita energia e expressão.
2) Confianza. Esta é uma das faixas que considero das melhores da demo, mais uma vez, bastante veloz e embalada, possuindo pouca duração, com poucas partes, sendo cada uma delas executadas com cadências harmônicas de dois acordes, sempre interpretadas com muita energia e expressão.
3) Incorregible. Esta é uma boa composição, sendo uma das faixas menos velozes da demo, embora possua um bom embalo. Um bom arranjo, com uma boa progressão harmônica, embora simples, existindo um refrão sing-a-long, bem como eventuais frases e riffs de guitarra.
4) Invisibles. Esta é outra faixa que considero das melhores da demo, sendo, mais uma vez, veloz e embalada, com trocas rápidas de acorde, uma boa progressão harmônica na parte A, o destaque, na minha opinião, possuindo pouca duração e um refrão sing-a-long.
5) Lazos De Sangre. Outra boa composição, bastante veloz e embalada, com poucas partes, todas interpretadas com muita energia e expressão, existindo um bom riff de guitarra.
6) Rota. Esta é a faixa que considero a melhor da demo, bastante veloz e embalada, com uma excelente progressão harmônica na parte A, bem como um bom riff de guitarra no refrão, tudo interpretado, sempre, com muita energia e expressão.
7) Barcelona De Plastico. Esta é outra das faixas menos velozes da demo, embora possua um bom embalo, com destaque para os riffs de guitarra, embora o refrão, bem sing-a-long, e sua progressão harmônica, mereça atenção.
8) Monstruos De Hierro. Mais uma boa composição, a qual possui duas partes bem distintas, enquanto a parte A é mais intimista e pouco veloz, a qual inclui bons riffs de guitarra, a parte B é bastante embalada, interpretada com mais energia, fazendo com que o destaque, na minha opinião, esteja no trabalho de dinâmica entre as partes.
9) Muros. Esta é outra faixa que considero das melhores da demo, a qual é, mais uma vez, bastante veloz e embalada, possuindo pouca duração, poucas partes, eventuais riffs de guitarra, sempre interpretado com muita energia e expressão.
10) El Tabaco Apesta. Mais uma boa composição que mantém o padrão da demo: velocidade, embalo, poucas partes, pouca duração, sempre interpretado com muita energia e expressão. A faixa possui um refrão sing-a-long e eventuais pausas de pequena duração.
11) Miedo. Mais uma boa composição que mantém as características padrão da demo: velocidade, embalo, poucas partes, pouca duração, interpretada com muita energia e expressão. A faixa possui um refrão bem sing-a-long.
12) Nunca Es Tarde. Esta é outra faixa que não é das mais velozes, embora, assim como a faixa 8, possui duas partes bem distintas, sendo a parte A mais intimista e menos veloz, embora possua um bom embalo, a parte B é mais veloz e possui uma variação na intenção, o que valoriza o trabalho de dinâmica, possuindo, também, um refrão sing-a-long e boas frases da guitarra.
13) En Esta Ciudad. A demo finaliza com mais uma boa composição que mantém as características padrão: velocidade, embalo, muita energia e expressão nas interpretações, pouca duração e poucas partes.
Ouça a demo, que absurdo!

sábado, 24 de junho de 2023

Above The Law - Uncle Sam's Curse (1994)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Pomona - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Cold 187um - Gregory Hutchinson (Vocal)
KMG - Kevin Gulley (Vocal)
DJ K-oss - Anthony Stewart (Pick-up)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Ruthless, e foi gravado no estúdio The Edge. É um excelente álbum, o qual remete bem às composições de artistas da costa oeste dos EUA, existindo muito groove, pouco embalo, ênfase na mixagem dos graves, bem como frequentes linhas melódicas interpretadas por sintetizadores, possuindo bons arranjos, bem como eventuais scratches e bons samples. O álbum segue a tendência da época, em especial devido aos arranjos de sintetizador, bem característico das composições de artistas da costa oeste, com boas linhas de baixo, o grande destaque, na minha opinião, existindo uma faixa com videoclipe de divulgação. O álbum lembra muito com artistas como Dr. Dre ou Snoop Doggy Dogg, aliás, não é à toa que o selo o qual o álbum foi lançado pertence ao Eazy-E. Esta é o primeiro álbum em que DJ K-oss participa, possuindo, também as participações de Mike Smooth tocando guitarra, teclado e baixo, Jimmy Russell tocando baixo, e Kokane e Tone Loc no vocal, enquanto que a arte da capa ficou por conta de Kurt Nagahori. O álbum foi bem recebido pela crítica e pelos fãs, atingindo a posição de número 113 na lista da Billboard 200, nos EUA, 15 na lista Top R&B / Hip-Hop Albums, também da Billboard, nos EUA, bem como alcançou a posição 86 na lista anual, da Billboard, da Top R&B / Hip-Hop Albums. Um ótimo álbum, o qual remete e caracteriza bem o estilo na costa oeste dos EUA, na época, muito peso, groove e boas linhas de baixo é o que predomina no álbum, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Return Of The Real Shit. O álbum inicia com uma boa faixa, repleta de groove, muito peso, uma boa linha de baixo, além de boas, e constantes, frases executadas pelo sintetizador. A faixa não possui muito embalo, sendo pouco veloz, com destaque para a intenção, expressão e interpretação.
2) Set Free. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum, a qual possui um ótimo sample, repleto de groove, possuindo, também, uma boa linha de baixo, além de uma boa interpretação, repleta de expressão. Pouco embalo e pouca velocidade, mas com um bom arranjo.
3) Kalifornia. Esta é uma boa composição, recheada de groove, a qual possui um sample bem "dançante", além de priorizar o arranjo dos graves, existindo, também, uma constante linha de sintetizador. Não veloz e nem embalada, mas uma boa composição.
4) Concreat Jungle. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, mais uma vez, repleta de groove, muito peso, com ênfase nos graves, além de uma interpretação bastante expressiva. Não veloz e não embalada, a ênfase está no peso e no groove.
5) Rain Be For Rain Bo. Mais uma boa composição, a qual possui muito groove, peso e uma boa linha de baixo, existindo, também, uma constante frase de sintetizador. Sem velocidade e sem embalo, a faixa tem as características do gênero na época.
6) Everything Will Be Alright. Mais uma faixa que mantém as características padrão do álbum: peso, groove e uma boa linha de baixo, interpretada com muita expressão, sendo a exceção a ausência de um arranjo para sintetizador.
7) Black Superman. Mais uma boa composição, a qual mantém as características padrão do álbum: groove, peso, uma boa linha de baixo, um arranjo constante de sintetizador, muita expressão na interpretação, sendo, também, a faixa que possui videoclipe de divulgação. Um bom clipe, que lembra muito o filme Boyz N The Hood, o qual mostra o dia-a-dia dos subúrbios de Los Angeles: gangues e perseguições policiais.
8) The 'G' In Me. Mais uma boa composição, a qual mantém as características padrão do álbum: groove, peso, constante linha melódica do sintetizador, bem como uma boa linha de baixo, pouca velocidade e embalo, mas com interpretação bastante expressiva.
9) Uncle Sam's Curse. A faixa que dá nome ao álbum é, também, uma das faixas que considero das melhores, possuindo um excelente arranjo, bem como um bom sample, muito groove, bastante peso, priorizando os graves, sempre interpretado com muita expressão.
10) One Time Two Meny. Mais uma boa composição, a qual mantém as características padrão do álbum: muito groove, bastante peso, uma boa linha de baixo, sendo a exceção a ausência de um arranjo para sintetizador. Pouco embalo e pouca velocidade também fazem parte da característica da composição, bem como um refrão sing-a-long.
11) Who Ryde. Esta é outra boa composição, a qual possui um arranjo repleto de groove, muito peso, além de uma boa linha de baixo, mantendo pouca velocidade e pouco embalo, além de não possuir um arranjo para sintetizador. Mais uma vez, há bastante expressão na interpretação.
12) Gangsta Madness. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores, sendo a faixa que possui, na minha opinião, o arranjo mais bem trabalhado, com um bom arranjo para violão, bem como uma intenção harmônica mais evidente. Mais uma vez o groove e o peso são características da composição, a qual possui, também, um arranjo para sintetizador, bem como frequentes backing vocals. A interpretação, mais uma vez, possui muita expressão.
Ouça o álbum e fuja da maldição do tio Sam!

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Abnorm - Who's Gonna Save The World (2008)

GÊNERO: D-Beat
ORIGEM: Suécia (Boras / Västergötland)
FORMAÇÃO:
Jimmy (Vocal)
Marko (Guitarra, baixo)
Fredrik (Bateria)
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Este é o segundo split lançado pelo grupo, após três álbuns de estúdio, através do selo Reset Not Equal Zero, e foi gravado no estúdio Kulturforeningen Taget. Este é um split com mais duas bandas: Zudas Krust, da Indonésia, e seus conterrâneos suecos do Rajoitus, porém, aqui, comento apenas sobre as faixas do Abnorm. É um bom split, bastante veloz e embalado, interpretado com muita energia e remetendo às bandas suecas da década de 80, como Anti Cimex ou Rövsvett. Os arranjos são simples, mas bem interpretados, com tudo no lugar, possuindo trocas rápidas de acorde e um desenho melódico da voz que pouco se movimenta. Os músicos não são muito técnicos, porém compensam com muita energia, sendo o ponto negativo, na minha opinião, a qualidade da gravação, a qual poderia ter uma mixagem melhor. O split possui uma faixa cover. Este é o último registro do grupo, já que, após este split, o grupo não lançou mais nenhum material, apenas um relançamento, em fita K7, deste mesmo split, oito anos mais tarde, além de terem encerrado a carreira no ano seguinte ao lançamento deste split. O guitarrista / baixista, Marko, também compõe o grupo Rajoitus. Um bom split que, apesar de ter sido lançado no final dos anos 2000, faz um resgate das composições do gênero, em seu país, da década de 80. Muita energia e expressão é o que vai encontrar ao ouvir o split, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Världen Är Full Av Hat. O split inicia com uma das faixas que considero das melhores, bastante veloz e embalada, interpretada com muita energia, possuindo trocas rápidas de acorde, além de um refrão bem sing-a-long.
2) Allt E' Skit. Outra boa composição, bastante veloz e embalada, aliás, mais veloz que a faixa anterior, interpretada com muita energia, possuindo trocas rápidas de acorde, além de um refrão bem sing-a-long.
3) Skitpolitik. Mais uma boa composição que mantém as características padrão do split: velocidade, embalo, energia e muita expressão nas interpretações, trocas rápidas de acorde e um desenho melódico da voz que se movimenta pouco.
4) Politik Är En Lögn. Considero esta a melhor faixa do split, a qual mantém as mesmas características padrão das demais faixas: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, tudo interpretado com muita energia e expressão, sendo o destaque, na minha opinião, a progressão harmônica.
5) Domedagen. Mais uma boa composição que mantém as características padrão do split: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, desenho melódico da voz com pouca movimentação, sempre interpretado com muita energia e expressão.
6) Falsk Verklighet. Mais uma boa composição, a qual possui uma boa progressão harmônica, o destaque, na minha opinião, sendo esta, a faixa menos veloz do split até então, apesar de possuir um bom embalo, existindo, também, um refrão bem sing-a-long.
7) I Guds Namn. Esta é outra faixa que considero das melhores do split, a qual volta a manter as características padrão: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, desenho melódico da voz que movimenta-se pouco, sempre interpretado com muita energia e expressão. Destaque para o riff, de uma nota, da guitarra.
8) Är Detta Frihet?. Mais uma boa composição que mantém as características padrão do split: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, desenho melódico da voz que pouco se movimenta, interpretado com muita energia e expressão, existindo, também, um refrão bem sing-a-long.
9) Lat Dom Inte Lura Dig. Esta é outra composição que foge do padrão do split, já que esta não é veloz, embora possua um bom embalo, mantendo as trocas rápidas de acorde, existindo eventuais antecipações dos acordes no refrão.
10) Dom Knäcker Inte Mig. Esta é outra faixa que considero das melhores do split, a qual, mais uma vez, mantém as características padrão, sendo o destaque, na minha opinião, a progressão harmônica da parte A, bastante simples, mas que me agrada bastante.
11) Datorstat. O split finaliza com a faixa cover, a qual é uma composição do grupo Missbrukarna, gravada, originalmente, pelo próprio grupo, em 1980. Esta já soa mais punk rock, mantendo o embalo e as trocas rápidas de acorde, porém com pouca velocidade. Uma boa composição.
Ouça o split e descubra quem vai salvar o mundo!

sábado, 17 de junho de 2023

A Tribe Called Quest - 1nce Again (1996)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Q-Tip - Kamaal Fareed (Vocal)
Phife Dawg - Malik Taylor (Vocal)
Ali Muhammad (Pick-up)
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Este é o décimo quinto single lançado pelo grupo, após quatro álbuns de estúdio, através do selo Jive, e foi gravado nos estúdios Battery e Museummansion. É um bom single, repleto de groove, possuindo bons samples, os quais mantêm uma pitada de jazz em seu contexto, bem como uma boa linha de baixo e boa expressão vocal. As faixas não são velozes, sendo pouco embaladas, priorizando o groove e a linha de baixo, além, claro, da interpretação vocal. Este é o primeiro single que divulga o quarto álbum de estúdio lançado pelo grupo, existindo nove versões diferentes, sendo apenas uma delas em relação à arte da capa, todas as outras possuem lista de faixas diferentes. Aqui, coloco a versão que possui apenas variações da faixa título. O single possui a participação de Tammy Lucas, no vocal. O single possui uma faixa com videoclipe de divulgação, tendo sido bem aceito pela crítica e público, atingindo as posições de número 70 na Escócia, 38 na lista R&B / Hip Hop Airplay da Billboard nos EUA, 34 na lista dos Singles no Reino  Unido, 30 na lista da Dance Singles Sales da Billboard nos EUA, 5 na lista Hip Hop / R&B no Reino Unido, 4 na lista Dance no Reino Unido, e a posição de número 3 na lista da Dance Singles Sales da Billboard nos EUA. É um bom single, de um excelente grupo, o qual estavam perto de parar, temporariamente, suas atividades, porém nem mesmo eles sabiam! Muito groove, bons samples, com uma boa linha de baixo, interpretado com muita expressão é o que você vai encontrar, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) 1nce Again (Radio Version). O single inicia com a faixa que possui a versão chamada de "limpa", já que é a versão feita para rodar nas rádios, no mais, ela mantém as mesmas características da versão do álbum, as quais são muito groove, um bom sample, conduzido por uma ótima linha de baixo, intencionando uma boa progressão harmônica. Muita expressão na interpretação, existindo a participação de Tammy no vocal. Esta é, também, a versão que possui videoclipe de divulgação. Um bom clipe, o qual mostra o grupo cantando a música em diferentes lugares de uma lavanderia, ao fugirem da polícia.
2) 1nce Again (LP Version). Esta é igual à faixa anterior, a diferença está na letra, a qual não possui censura, portanto palavras "sujas" são proferidas. Também existe a participação de Tammy no vocal.
3) 1nce Again (Instrumental). Esta é igual à faixa 1, porém sem o vocal, apenas o sample e as mixagens.
4) 1nce Again (Acappella). O single finaliza com outra versão da mesma composição, sendo, esta, o contrário da faixa anterior, já que esta possui apenas a parte vocal, sem acompanhamento, ou seja, sem sample. A faixa também possui a participação de Tammy no vocal.
Ouça o single outra vez!

quarta-feira, 14 de junho de 2023

A Dying Race - A Dying Race (2002)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Canadá (Napanee / Ontario)
FORMAÇÃO:
Terry Benn (Vocal, guitarra)
Ogie - Jason McLaughlin (Baixo)
Landon Chatterton (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, de maneira independente. É um ótimo álbum, com composições velozes e embaladas, trocas rápidas de acordes, frequentes riffs de guitarra, bons arranjos, os quais possuem eventuais frases executadas em sincronia entre os instrumentos, além de possuir um bom desenho melódico da voz. O álbum lembra bastante as bandas do gênero dos anos 90, em especial a semelhança com o grupo Pennywise é mais evidente. O grupo teve uma carreira relativamente curta, existindo trocas de formações durante os, aproximadamente, 10 anos em que estiveram na ativa. Difícil encontrar muitas informações sobre o grupo, porém, aqui está o início de tudo, ainda como um trio, já que a banda chegou a ter, em certo momento, cinco integrantes na formação. Os músicos não são dos mais técnicos, embora não sejam ruins, com destaque para os arranjos e interpretações de Landon, porém, como canso de frisar, quando o grupo é canadense, podemos nos preparar para algo de qualidade, bem pensado e bem trabalhado. A arte da capa ficou por conta de Cameron D.. Muita energia e expressão nas interpretações deixam as composições mais fiéis em relação às suas intenções, podendo ser, talvez, considerado um álbum "atrasado" no tempo, já que soa como álbuns de, aproximadamente, 5 anos antes, mantendo, ainda, nos anos 2000, o espírito dos anos 90, para os amantes do gênero, um prato cheio, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Me Against The World. O álbum inicia com uma excelente composição, bastante veloz e embalada, com bons riffs de guitarra, trocas rápidas de acorde, um bom trabalho de dinâmica, além de bons arranjos e um bom desenho melódico da voz, existindo eventuais variações de cadência.
2) Another Way. Considero esta a melhor faixa do álbum, mais uma vez, bastante embalada e veloz, com um ótimo arranjo, interpretado de maneira bastante expressiva, o qual possui trocas rápidas de acorde, bem como eventuais frases executadas em sincronia entre os instrumentos, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, a introdução.
3) All Gone. Esta é outra ótima composição, a qual já não é veloz como as faixas anteriores, possuindo bons riffs de guitarra, além de um bom arranjo e um bom desenho melódico da voz, bem como um refrão bem sing-a-long. O trabalho de dinâmica merece atenção.
4) Enemy Unknown. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, voltando com a velocidade e embalo, além de palhetadas rápidas, eventuais trocas rápidas de acorde, um bom trabalho de dinâmica, bem como um ótimo arranjo, o qual possui eventuais pausas e acentos deslocados do tempo forte, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz.
5) Never Enough. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez, veloz e embalada, embora possua momentos mais cadenciados, com um bom arranjo, interpretado com muita expressão, existindo, também, frequentes frases, tanto da guitarra como em sincronia entre os instrumentos, com destaque para o refrão.
6) It's My Life. Esta é outra boa composição, a qual possui um bom arranjo, boas frases de guitarra, com velocidade e embalo, apesar de possuir momentos mais cadenciados, bem como acentos deslocados do tempo forte, além de trocas rápidas de acorde e um bom desenho melódico da voz.
7) The Last Time. Mais uma ótima composição que mantém o padrão do álbum: velocidade, embalo, trocas rápidas de acorde, palhetadas rápidas, bom arranjo, momentos mais cadenciados, além de um bom desenho melódico da voz, existindo eventuais pausas de pequena duração. O trabalho de dinâmica merece atenção.
8) Built Upon Lies. O álbum finaliza com outra boa composição, bastante embalada e veloz, apesar de existir eventuais trechos mais cadenciados, com um bom arranjo e um bom desenho melódico da voz e trocas rápidas de acorde. A faixa possui eventuais contracantos, enquanto que o trabalho de dinâmica merece atenção.
Ouça o álbum sobre uma raça moribunda!

sábado, 10 de junho de 2023

999 - Waiting (1978)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Inglaterra (Londres / Londres)
FORMAÇÃO:
Nick Cash - Keith Lucas (Vocal, guitarra)
Guy Days (Guitarra)
Jon Watson (Baixo)
Pablo Labritain - Paul Buck (Bateria)
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Este é o sexto single lançado pelo grupo, após dois álbuns de estúdio, através do selo Labritain. É um excelente single, o qual possui composições embaladas, embora não muito velozes, com bons arranjos, apesar de simples, bem interpretados, com destaque para a execução dos arranjos de guitarra, os quais apresentam bons riffs e frases, existindo, também, um bom desenho melódico da voz, sendo as composições bem intencionadas, interpretadas com muita expressão. O grupo pertence à explosão britânica do punk no final dos anos 70, sendo um grupo referência no gênero. O curioso deste single é que ele foi lançado de maneira quase que promocional, já que as primeiras 10000 cópias do segundo álbum do grupo vinham com um voucher, o qual a pessoa poderia enviar uma correspondência para a United Artists para solicitar uma cópia do single, ou seja, é como se o single fosse um complemento do álbum, creio eu, com faixas excluídas do álbum, mas gravadas nas mesmas sessões, tanto que na versão norte americana do segundo álbum do grupo, duas faixas da versão britânica foram substituídas pelas duas deste single. Um excelente single, o qual apresenta uma das melhores composições do grupo, na minha opinião, de uma banda que serve de referência para o início do punk rock britânico. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Waiting. O single inicia com a faixa título, sendo uma boa composição, a qual apresenta um bom riff de guitarra, bem como um bom embalo e um ótimo desenho melódico da voz, existindo frequentes contracantos, bem como um refrão bem sing-a-long. O destaque, na minha opinião, está na interpretação dos arranjos, sempre muito expressiva.
2) Action. O single finaliza com a faixa que considero a melhor, aliás, esta é uma das faixas que considero das melhores do grupo, bastante embalada, já mais veloz que a faixa anterior, com um bom arranjo, bem como uma excelente linha de baixo, com destaque para a intenção e o refrão, bem sing-a-long, o qual apresenta bons acentos.
Ouça o single esperando!

quarta-feira, 7 de junho de 2023

7 Seconds - Walk Together Rock Together (1986)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: EUA (Reno - Washoe / Nevada)
FORMAÇÃO:
Kevin Seconds - Kevin Marvelli (Vocal)
Dan Pozniak (Guitarra)
Steve Youth - Steve Marvelli (Guitarra, baixo)
Spizz - Jon Hughes (Baixo)
Troy Mowat (Bateria)
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Esta é a primeira coletânea lançada pelo grupo, após dois álbuns de estúdio, através do selo Better Youth Organization, e foi gravada no estúdio Inner Ear e no Fender's Ballroom. Esta é uma excelente coletânea, com composições embaladas, velozes, na maior parte do tempo, interpretadas com muita expressão e energia, com arranjos simples, sem muitas partes, mas bem executados, os quais estão bem "redondinhos". O grupo é um clássico do gênero, o qual dispensa opiniões, que esteve muito próximo das intenções de bandas da capital do país norte americano, mesmo que geograficamente distantes. Esta é uma coletânea, pois possui duas faixas de estúdio inéditas, além de todo EP, de mesmo nome, lançado um ano antes, bem como faixas ao vivo, já com diferente formação, e apresentando faixas do segundo álbum da carreira do grupo, lançado após o EP. Nas faixas de estúdio, Steve Youth é o responsável pelas gravações do baixo, enquanto Dan é responsável pela guitarra, enquanto que nas faixas ao vivo ele está interpretando os arranjos de guitarra, enquanto Spizz fica responsável pela parte do baixo. A coletânea possui uma faixa cover, enquanto que a arte da capa ficou por conta de Pushead (Brian Schroeder). Uma excelente coletânea, considerada, por muitos, como um álbum de estúdio, a qual merece ser conferida!
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FAIXA A FAIXA:
1) Regress No Way. A coletânea inicia com uma das faixas que considero das melhores, bastante embalada e veloz, com trocas rápidas de acorde, interpretada com muita energia e expressão, arranjo simples, o qual possui apenas duas partes.
2) We're Gonna Fight. Este é um clássico do grupo, uma composição mais lenta, apesar de embalada, com destaque para o desenho melódico da voz, embora elementos como dinâmica mereçam atenção, apesar de sutil.
3) In Your Face. Aqui iniciam as faixas do EP, sendo esta bastante embalada e veloz, com arranjo simples, embora bem pensado e muito bem interpretado, o qual possui muita expressão, bem como eventuais frases em sincronia entre os instrumentos, bem como eventuais contracantos.
4) Spread. Mais uma faixa veloz e embalada, com arranjo simples, sem muitas partes, interpretada com muita expressão e energia, existindo eventuais pausas que chamam a atenção, bem como um refrão bem sing-a-long.
5) 99 Red Balloons. Esta é a faixa cover da coletânea, sendo uma composição de Uwe Fahrenkrog-Petersen e Carlo Karges, gravada, originalmente, pelo grupo Nena, em 1983. É uma versão fiel à original, embora o arranjo seja mais veloz e embalado, porém a melodia, as intenções das partes e a forma, são fiéis à versão original.
6) Remains To Be Seen. Esta é outra faixa que considero das melhores da coletânea, mantendo a característica padrão da maioria das composições: velocidade, embalo e arranjos simples e bem interpretados, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão e sua linha melódica, executada com contracanto.
7) Walk Together, Rock Together. A faixa que dá nome à coletânea é, também, a que considero a melhor, em especial devido à seu refrão, bem sing-a-long. Mais uma composição veloz e embalada, embora exista um trecho mais cadenciado, no final, interpretada com muita energia e expressão.
8) How Do You Think You'd Feel?. Mais uma faixa que mantém as características padrão das demais: velocidade, embalo, arranjo simples, sem muitas partes, existindo um frequente contracanto no refrão, tudo interpretado com muita energia e expressão.
9) Strength. Esta é uma ótima composição, já mais lenta, com uma intenção mais "sombria" devido à sua progressão harmônica, a qual é bem minimalista, existindo um pequeno groove no arranjo rítmico da bateria. Esta é a última faixa de estúdio, sendo, também, a última faixa do EP.
10) Still Believe (Live). Considero esta uma das melhores faixas da coletânea, a qual é bastante embalada e veloz, apesar de possuir um trecho mais cadenciado, existindo um excelente desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião.
11) Out Of Touch (Live). Esta é uma composição mais lenta que o padrão da coletânea, embora possua um bom embalo, bem como trocas rápidas de acorde e um bom desenho melódico da voz.
12) Drug Control (Live). Esta é outra composição que mantém o padrão da maioria das faixas: velocidade e embalo, com arranjo simples e trocas rápidas de acorde, interpretada com muita energia e expressão.
13) Bottomless Pit (Live). Mais uma faixa que segue o padrão da maior parte das faixas da coletânea, com muito embalo e velocidade, interpretada com muita energia e expressão, além de um bom desenho melódico da voz.
14) This Is TheAngry Part 2 (Live). Esta é uma excelente composição, a qual possui trocas rápidas de acorde, um bom embalo, apesar de não muito veloz, possuindo um refrão bem sing-a-long, o qual mantém uma ótima melodia executada com contracanto.
15) New Wind / We're Gonna Fight (Live). A coletânea finaliza com outra faixa que considero das melhores, sendo, na verdade, duas composições em uma faixa. A primeira delas é bastante veloz e embalada, possuindo, também, um excelente refrão, bem sing-a-long, enquanto que a outra composição é a mesma da faixa 2.
Ouça a coletânea para caminhar juntos, balançar juntos!

sábado, 3 de junho de 2023

69 Enfermos - A Place To Call Home (2017)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Colômbia (Bucaramanga / Santander)
FORMAÇÃO:
Dalin Focazzio (Vocal, guitarra)
Jairo Meza (Baixo)
Cesar Bernal (Bateria)
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Este é o quarto álbum de estúdio  lançado pelo grupo, através do selo Morning Wood, e foi gravado no estúdio Kaman. É um ótimo álbum, bastante veloz e embalado, com raros momentos em que a velocidade está ausente, boas melodias e uma marcação do andamento bem precisa são as características principais do álbum, o qual apresenta, também, bons riffs de guitarra. Os arranjos são simples, embora bem pensados e executados, estando tudo "redondinho" e no lugar, sendo os arranjos de guitarra mais trabalhados. O trabalho da "cozinha" do grupo é bem simples, o baixo mantendo as tônicas dos acordes, sem frases, enquanto que a bateria também executa poucas frases, preocupando-se em manter o andamento e o mesmo padrão rítmico. Esta intenção da bateria, embora simples, merece atenção e mérito, pois é extremamente precisa, o que supre a falta de criatividade no arranjo. É um ótimo álbum, o qual soa, na minha opinião, como uma mescla de MXPX, No Use For A Name e Millencolin, o típico hardcore da metade pro final dos anos 90, o que lembra bastante diversos grupos daquela época. A arte da capa ficou por conta de Maurizio Reyes. O curioso é que o grupo, apesar de colombiano, atualmente está em Porto Alegre, no Brasil, sendo, creio eu, o lançamento deste álbum, bem no período em que o grupo mudou de cidade / país, esta impressão eu tenho devido ao nome do álbum, bem como a foto da capa, a qual é uma foto da Av. Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre, além do fato de que os responsáveis pela arte, mixagem, gravação... enfim, todo trabalho do álbum foi feito por colombianos, sendo que o álbum levou mais de um ano para ser lançado após sua gravação. Sinto que foi o último registro do grupo no seu país de origem. Um ótimo álbum, sem muita novidade, com ótimas melodias e riffs de guitarra, que resgata bem o hardcore dos anos 90, o que para aqueles que viveram a época (como eu), transmite uma sensação de nostalgia, mesmo que tenha sido gravado 20 anos depois! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Lie. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, bastante veloz e embalada, com um ótimo desenho melódico da voz, bem como um bom trabalho de dinâmica, existindo, também, bons riffs de guitarra, bem como eventuais contracantos.
2) Attitude. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, também bastante veloz e embalada, com um bom desenho melódico da voz, assim como bons riffs de guitarra, existindo, também, eventuais contracantos.
3) Rejected. Mais uma faixa que mantém as características padrão do álbum: velocidade, embalo, bons riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz. O destaque, na minha opinião, está na introdução e seu arranjo, um dos momentos mais trabalhados do álbum. O refrão é bem sing-a-long.
4) A Place To Call Home. A faixa que dá nome o álbum é outra ótima composição que mantém as características padrão do álbum: velocidade, embalo, bons riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz, possuindo, também, eventuais contracantos.
5) Be Smart, Don't Play The Fool. Mais uma faixa que mantém as características padrão do álbum, como velocidade, embalo, bons riffs de guitarra, assim como um bom desenho melódico da voz. Esta é uma composição que lembra bastante com MXPX, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão e seu desenho melódico.
6) Not The Answer. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual, mais uma vez, mantém as características padrão do álbum: velocidade, embalo, riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz, sendo justamente este último o grande destaque, na minha opinião, embora os eventuais contracantos mereçam atenção.
7) One More Day. Esta é a faixa que menos me agrada em todo álbum, sendo a faixa mais lenta, embora embalada, e com intenção mais comercial. Não é uma composição ruim, mas longe de ser das minhas preferidas, embora possua um bom desenho melódico da voz, assim como bons riffs de guitarra, possuindo, também, um bom trabalho de dinâmica.
8) On My Own. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual volta a manter as características padrão do álbum: velocidade, embalo, bom desenho melódico da voz, assim como bons riffs de guitarra, sendo uma das faixas mais expressivas em sua interpretação.
9) For You To Know. Esta é uma faixa de pequena duração, mas que apresenta o que precisa, sem se estender: direto e reto, além de manter as características padrão do álbum: velocidade, embalo, riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz.
10) We. Esta é a segunda, e última, faixa que não é veloz, embora possua um bom embalo, sendo, também, a segunda faixa que menos me agrada no álbum. Com exceção da velocidade, a composição mantém as mesmas características padrão do álbum: bom desenho melódico da voz, riffs de guitarra e embalo, possuindo também, um refrão bem sing-a-long, além de um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil. A faixa lembra bastante com Millencolin.
11) In The Nineties. O álbum finaliza com outra ótima composição, a qual mantém as características padrão do álbum: velocidade, embalo, riffs de guitarra e um bom desenho melódico da voz. Um arranjo bem simples, mas bem interpretado e bem intencionado, o qual possui um bom, e sutil, trabalho de dinâmica.
Ouça o álbum em um lugar para chamar de lar!

quarta-feira, 31 de maio de 2023

53A - Veneno (1999)

GÊNERO: Hardcore Old School
ORIGEM: Portugal (Odivelas / Lisboa)
FORMAÇÃO:
Che (Vocal)
Paiva (Guitarra)
Bruno (Baixo)
Alex Teixeira (Bateria)
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Este é o primeiro EP, e segundo trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente. É um bom EP, com composições embaladas e, em sua maioria, velozes, repleto de palhetadas rápidas, bem como trocas rápidas de acorde ou riffs de guitarra, mixado e equalizado com muito peso, sendo, justamente, esta a intenção, instrumental interpretado sob um vocal grave e repleto de drive natural, existindo eventuais momentos mais cadenciados. Percebe-se influência de bandas brasileiras, como Ratos De Porão ou Desordeiros, mas, também, com alguns grupos europeus e, também, nova iorquinos, embora a influência do Brasil esteja em evidência, na minha opinião. O EP, muitas vezes, pode ser considerado um EP de crossover, devido aos riffs e palhetadas, existindo, também, momentos semelhantes ao hardcore nova iorquino, soando como bandas como Sick Of It All ou Cro Mags, porém, a velocidade está presente na maior parte do tempo. Os músicos não possuem muita técnica, porém, tudo está no lugar, bem redondinho, sendo o ponto negativo, na minha opinião, a equalização do EP, em especial da caixa da bateria, a qual poderia ter sido usado um compressor para reduzir os harmônicos que sobram, enquanto isso, o destaque, na minha opinião, está nos arranjos de bateria. Este é o último trabalho lançado pelo grupo na década de 90, sendo, também, o último trabalho de músicas inéditas até 2013, já que, no meio destes 14 anos, apenas uma coletânea fora lançada. Já havia feito uma resenha deste EP, em 2013, aqui no Andamento Rápido, confira aqui. Um bom EP, veloz e embalado, com intenções semelhantes à composições do início da década de 90, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Tou Farto. O EP inicia com uma das faixas que considero das melhores, a qual é bastante veloz e embalada, embora existam eventuais momentos mais cadenciados na parte B. Um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil, com destaque para o arranjo, apesar de simples.
2) Idiologias 97. Esta é uma boa composição, bastante veloz e embalada, embora possua eventuais momentos mais cadenciados, com uma boa intenção, a qual mantém um arranjo mais simples e previsível, com destaque para o refrão, embora a bateria faça uma frase bastante interessante, a qual merece atenção.
3) Em Ti Não Voto. Esta é outra boa composição, sendo a faixa mais punk do EP, em especial devido ao refrão, um clássico do grupo, a qual possui uma introdução mais cadenciada, para, em seguida, vir o embalo e a velocidade, presente apenas na parte A, enquanto que as partes B e C (refrão) são mais cadenciadas, embora embaladas. O refrão é bem sing-a-long.
4) Descarga Policial. Considero esta a melhor faixa do EP, bastante veloz e embalada, existindo eventuais variações de intenções rítmicas entre as partes, sendo a faixa que, na minha opinião, possui o arranjo mais bem trabalhado, com destaque para a progressão harmônica, a qual possui trocas rápidas de acorde e o arranjo, como um todo.
5) Tou Contigo Meu Irmão. Esta é outra boa composição, a qual possui uma introdução mais cadenciada e com certo groove, mantendo a linha de baixo em evidência, para, logo após, surgir a velocidade e embalo característicos do EP. Esta faixa já possui mais influências do hardcore nova iorquino.
6) White Bloody White. O EP finaliza com outra boa composição, a mais crossover, na minha opinião, soando como uma mistura de United Forces, do S.O.D., com Roots, do Sepultura, embora possua seu momento mais veloz e original, sendo a faixa menos embalada, e com mais groove, do EP, sendo, também, a única faixa com letra em inglês, e não em português.
Ouça o EP sugando veneno!

sábado, 27 de maio de 2023

5 Star Degenerate - Super Big Gulp (2000)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (San Diego - San Diego / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Steve Streeks (Vocal)
Zach Baranek (Guitarra)
Mark Womer (Guitarra)
Marty (Baixo)
Tim Golden (Bateria)
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Este é o primeiro EP, e último trabalho, lançado pelo grupo, de maneira independente. É um excelente EP, bastante veloz e embalado, com ótimos arranjos, sempre bem interpretados, com muita energia e expressão. São composições que possuem as características do hardcore dos anos 90, porém, com pitadas de punk rock, lembrando bandas como Pennywise ou NOFX. Tudo está no lugar, bem "redondinho", existindo boa técnica por parte dos integrantes, em especial os arranjos de bateria de Tim, os quais se destacam nos arranjos. Este é o segundo e último trabalho lançado pelo grupo, existindo, além deste registro, apenas uma demo. O grupo teve uma carreira curta, de 3 a 4 anos, sendo o fato curioso, que estiveram para assinar um contrato com o selo Fearless, após o lançamento deste EP, o qual não aconteceu, o que, creio eu, fez com que a banda terminasse, já que logo após a não concretização do contrato, os membros começaram a deixar o grupo, seja por motivos pessoais, seja por desentendimentos internos. O fato é que a formação não se manteve estável, mantendo apenas Steve e Zach como únicos membros permanentes, fazendo com que o grupo não desse continuidade aos trabalhos. Um ótimo EP, de um grupo com carreira curta, mas que mantinha personalidade em suas intenções e interpretações, um prato cheio aos adoradores do gênero, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Up The System. O EP inicia com a faixa que considero a melhor, a qual é bastante embalada e veloz, com trocas rápidas de acorde, divisões rítmicas curtas no arranjo vocal, possuindo bons eventuais contracantos, bem como um refrão mais cadenciado e bem sing-a-long. Uma composição que lembra bastante Pennywise.
2) Road Rage. Esta é uma ótima composição, também bem embalada, possuindo dois momentos: um veloz e outro menos, possuindo um ótimo arranjo, bem como bons contracantos, além de um bom trabalho de dinâmica e um bom desenho melódico da voz.
3) Static Head. Esta é a faixa que menos me agrada no EP, embora seja uma boa composição, também bem embalada, porém menos veloz, esta soa mais punk rock, embora exista eventuais trechos mais velozes, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz. Eventuais contracantos também merecem atenção.
4) Cattle. O EP finaliza com outra excelente composição, a qual possui um ótimo arranjo, com boas frases de bateria, bem como bons riffs de guitarra, sendo, mais uma vez, bem embalada, possuindo dois momentos distintos, um mais veloz e outro menos, além de existir trechos mais cadenciados, com mais groove, em eventuais pontes. O destaque, na minha opinião, está no final, quando surge a velocidade, embora o arranjo mereça atenção.
Ouça o EP ao tomar um gole super grande!

quarta-feira, 24 de maio de 2023

3rd Bass - The Cactus Album (1989)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
MC Serch - Michael Berrin (Vocal)
Pete Nice - Peter Nash (Vocal)
DJ Richie Rich - Rich Lawson (Pick-up)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Def Jam, e foi gravado nos estúdios Chung King, Greene Street e Island Media. É um excelente álbum, repleto de grooves, muito swing, bons arranjos, assim como os samples, além de um ótimo trabalho nos scratches. As faixas são, em sua maioria, embaladas, embora não muito velozes, as quais possuem uma ótima qualidade de gravação. Os samples possuem, em grande parte, ótimas linhas de baixo, existindo eventuais influências de jazz em alguns arranjos. Um excelente álbum, de um excelente grupo, o qual existiu na melhor época do gênero, na minha opinião. O grupo entrou no "embalo" do Beastie Boys como rappers brancos, inclusive os dois grupos mantinham contato e tinham boa relação, aliás, MC Serch pretendia fazer parte do Beastie Boys, porém, nunca foi dada a a oportunidade para ele, o que acabou criando pequenas rugas entre os dois grupos. Um terço das faixas do álbum são apenas vinhetas, existindo seis faixas com videoclipe de divulgação. O álbum atingiu as posições de número 55 na lista da Billboard 200, bem como a posição de número 5 na lista Top Hip Hop / R&B Albums, também da Billboard, ambas nos EUA, além de ter sido nomeado, em 1998, como um dos 100 melhores álbuns de rap, bem como, em 2008, ter sido considerado, pela Rhapsody, como um dos 10 melhores álbuns de rappers brancos. O álbum foi seguido por um vídeo, chamado The Cactus Vidie/Yo, além disso, o título do álbum pode variar de acordo com seu formato, podendo encontrar versões com os títulos The Cactus Cee/D e The Cactus Cas/Ette. O curioso é que Richie Rich está creditado como o DJ do álbum, porém, este apenas participava das apresentações ao vivo do grupo, tendo a parte das pick-ups sendo gravado pelo DJ White Knight, o qual não é creditado no álbum. A arte da capa ficou por conta de Howard Zucker. Um excelente álbum, de uma excelente época, o qual possui excelentes samples, bem como excelentes interpretações das composições. Um álbum que deve ser conferido pelos adoradores do gênero!
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FAIXA A FAIXA:
1) Stymie's Theme. O álbum inicia com uma das vinhetas, instrumental, a qual dura poucos segundos.
2) Sons Of 3rd Bass. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual possui um excelente groove, uma ótima linha do baixo, bem como um excelente sample, além de um ótimo trabalho nos scratches, além de ser muito bem interpretada.
3) Russel Rush. Mais uma vinheta, a qual possui apenas falas.
4) The Gas Face. Outra ótima composição, a qual possui um ótimo sample, bem minimalista, o qual põe o piano em evidência, embora possua eventuais momentos com boas linhas de baixo e mais groove. Mais uma vez a composição está muito bem interpretada e arranjada, sendo esta, a primeira faixa do álbum que possui videoclipe de divulgação. Um bom vídeo, o qual apresenta o grupo e alguns convidados, em ambientes urbanos, fazendo a "gas face".
5) Monte Hall. Esta é uma faixa que considero das melhores do álbum, a qual apresenta um excelente groove, bem como uma excelente linha de baixo, assim como o sample e o arranjo, existindo frases de saxofone que remetem ao jazz. Mais uma vez a composição está muito bem interpretada.
6) Oval Office. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui um ótimo groove, bem como um bom sample, o qual possui uma intenção bem pesada, além de ser bem minimalista e possuir um excelente arranjo, sendo uma faixa bastante embalada.
7) Hoods. Mais uma faixa que é apenas uma vinheta, a qual possui o trecho do áudio de algum filme.
8) Soul In The Hole. Outra excelente composição, a qual possui arranjo e intenção semelhante às composições da metade da década de 80, possuindo um excelente groove, o qual apresenta uma intenção de bastante peso, existindo um excelente arranjo, com destaque para o refrão e seu sample com o vibrafone, o qual demonstra influências de jazz, mais uma vez.
9) Triple Stage Darkness. Esta é outra faixo que considero das melhores do álbum, sendo, também, outra faixa a possuir videoclipe de divulgação. Um bom vídeo, com imagens em preto e branco, dando a ideia de algo fúnebre, porém, a faixa não está completa, sendo apresentada apenas uma amostra. É uma excelente composição, a qual possui um excelente groove, bem como uma excelente linha de baixo, além de um ótimo arranjo, ótima interpretação, além de um excelente trabalho nos scratches.
10) M.C. Disagree. Esta é outra faixa que é apenas uma vinheta, apresentando o áudio de uma gravação de secretária eletrônica.
11) Wordz Of Wisdom. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo, também, a terceira faixa do álbum a possuir videoclipe de divulgação, o qual apresenta o grupo cantando e dançando, com alguns convidados, em ambientes urbanos. Uma excelente composição, a qual possui um bom embalo, além de excelentes groove e sample, existindo uma ótima linha de baixo, apesar de bem minimalista, além de possuir um excelente arranjo e um refrão sing-a-long.
12) Product Of The Environment. Esta é outra boa composição, sendo a quarta faixa do álbum a possuir videoclipe de divulgação. Um bom clipe, o qual apresenta o grupo cantando e dançando, com alguns convidados, em ambientes urbanos. Mais uma excelente faixa, mais lenta do que a maioria das faixas, mas que possui muito peso e groove, com destaque para o arranjo do refrão, que apresenta um excelente sample, o qual mantém um naipe de metais em evidência, além de possuir um ótimo trabalho nos scratches.
13) Desert Boots. Mais uma faixa que é apenas uma vinheta, a qual inclui uma fala com um arranjo bem country / western de fundo.
14) The Cactus. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual apresenta uma excelente linha de baixo, bem como um excelente padrão rítmico, bem quebrado em seus acentos, o que tira o embalo, embora o baixo mantenha esta intenção.
15) Jim Backus. Mais uma faixa que é apenas uma vinheta, a qual apresenta um pequeno trecho tirado de algum filme.
16) Flippin' Off The Wall Like Lucy Ball. Uma excelente faixa, bem intimista e minimalista, a qual apresenta uma ótima linha de baixo, possuindo pouco peso, já que o único instrumento de percussão presente é um shake. A faixa possui uma intenção bem jazz, porém, bem irônica, sendo a interpretação  e expressão vocal o ponto fraco, na minha opinião.
17) Brooklyn-Queens. Esta é a quinta faixa do álbum a possuir videoclipe de divulgação, o qual mantém a ideia padrão dos demais clipes em apresentar o grupo cantando e dançando, com alguns convidados, em ambientes urbanos, porém, aqui, o vídeo mostra a percepção de um turista de outro país ao passear, de ônibus, nas ruas do bairro. A faixa possui um excelente groove, com um ótimo arranjo, um bom embalo, assim como a linha de baixo, possuindo uma boa interpretação e expressão vocal, existindo, também, um refrão bem sing-a-long, além de um bom trabalho nos scratches.
18) Steppin' To The A.M.. Esta é a última faixa do álbum a possuir videoclipe de divulgação, sendo, também, uma das faixas que considero das melhores. Um bom clipe, o qual mantém o padrão dos demais vídeos: os integrantes do grupo cantando e dançando, com alguns convidados, em ambientes urbanos, embora, aqui, aparecem cenas gravadas em estúdio, ironizando artistas como Vanilla Ice. Uma excelente composição, a qual possui um excelente groove, uma excelente linha de baixo, além de um bom embalo, com destaque para o arranjo do refrão.
19) Episode #3. Esta é mais uma faixa que é apenas uma vinheta, sendo, mais uma vez, apenas o áudio de um trecho retirado de um filme.
20) Who's On Third. Esta é uma faixa sem letra, já que as vozes são apenas samples, a qual possui um excelente arranjo, embora possua pouca duração, bem como um bom trabalho nos scratches. Esta é a faixa que finaliza o álbum na versão em LP.
21) Wordz Of Wisdom (Remix). O álbum finaliza com uma boa faixa, a qual, nada mais é, do que a faixa 11 com arranjo diferente. Na minha opinião, me agrada mais, sem sombra de dúvidas, a outra versão, embora esta não seja ruim, mantendo um bom groove, em especial devido ao arranjo.
Ouça o álbum curta o álbum do cacto!

sábado, 20 de maio de 2023

2Pac - 1 In 21 (A Tupac Shakur Story) (1997)

GÊNERO: Rap
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
2Pac - Tupac Shakur (Vocal)
Ray Luv - Raymond Tyson (Vocal)
Chopmaster J - James Dright (Pick-up)
DJ Dize (Pick-up)
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Esta é a segunda coletânea lançada pelo artista, após cinco álbuns de estúdio, através do selo AIM. É uma excelente coletânea, com composições repletas de groove, além de muito swing, ótimos samples, bem como muita expressão nas interpretações, as quais se mantêm sinceras com as intenções. As faixas não são velozes, porém possuem excelentes arranjos, além de eventuais bons scratches, sendo, algumas delas, apesar do groove, bem embaladas. A coletânea resgata gravações do período entre 1989 e 1992, incluindo as primeiras gravações do artista, quando ainda pertencia ao grupo Strictly Dope. Nenhuma das faixas estão presentes em algum álbum do artista, sendo, como, uma coletânea de "lados B". É uma coletânea que não pertence à discografia oficial do artista, tendo sido lançada na Austrália, a qual possui duas capas diferentes. O título se refere a uma estatística: 1 a cada 21 homens negros morrerão, nos EUA, em decorrência de atos violentos. São gravações de uma época em que eu considero o auge do rap, período ao qual, na minha opinião, estão os melhores registros do gênero, e, aqui, não podia ser diferente, são registros e composições que possuem as características de diversos artistas do gênero na época, soando como uma mescla do rap da costa leste e o rap da costa oeste, já que a carreira artística do cantor iniciou depois que ele se mudou para a Califórnia, embora suas raízes da adolescência e juventude nova iorquinas se mantêm presentes. Uma excelente coletânea, a qual apresenta composições que, até então, eram inéditas, apresentando as origens da carreira do artista. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Static (Extended Club Mix). A coletânea inicia com uma das faixas mais atuais, a qual possui um ótimo groove, bastante swing, além de um ótimo sample, a qual apresenta toda sua intenção no arranjo de piano, com destaque para a interpretação e expressão da voz.
2) Panther Power. Esta é uma das faixas que foram gravadas na época do Strictly Dope, sendo uma das faixas que considero das melhores da coletânea. Muito groove, um bom sample, bastante percussivo, sendo interpretada com muita expressão vocal, além de possuir bons, eventuais, scratches, bem como um refrão bem sing-a-long.
3) Never Be Beat. Outra faixa da época Strictly Dope, sendo, também, uma das faixas que considero das melhores da coletânea. Mais uma vez, um excelente groove, muito swing, um ótimo sample, bem como ótimos scratches, o destaque, na minha opinião, embora a expressão na interpretação vocal mereça atenção.
4) Case Of The Misplaced Mic. Esta é outra faixa da época Strictly Dope, sendo a faixa que considero a melhor da coletânea, a qual possui um excelente groove, um excelente sample, bem como muito swing, além de uma boa expressão vocal na interpretação. Destaque para o arranjo e a linha de baixo do sample.
5) My Burnin' Heart. Esta é outra, e a última, faixa da época Strictly Dope, a qual, mais uma vez, possui um ótimo groove, um ótimo sample, mantendo uma intenção mais intimista que as faixas anteriores, a qual mantém uma tensão devido ao arranjo. A faixa possui um refrão sing-a-long.
6) Static (Radio Edit). Esta faixa é igual à faixa 1, porém com menor duração, existindo uma edição que cortou algumas partes para que o tempo de duração fosse adequado à radiodifusão.
7) Static (Playa Mix). Esta é outra versão da faixa 1 (ou 6), a qual mantém a mesma linha vocal, porém com outro sample, o qual, como o nome já sugere, possui uma intenção mais "tranquila", sem muita tensão como o arranjo das versões anteriores.
8) Static (Silent Mic Mix). Esta faixa é igual à faixa 6, porém apenas com o arranjo instrumental, sem a parte vocal.
Ouça a coletânea e seja 1 em 21!

quarta-feira, 17 de maio de 2023

2 Minutos - Valentin Alsina (1994)

GÊNERO: Punk Rock
ORIGEM: Argentina (Valentín Alsina / Buenos Aires)
FORMAÇÃO:
Mosca - Walter Velázquez (Vocal)
Indio - Alejandro Mirones (Guitarra)
Papa - Alejandro Aidnajian (Baixo)
Pedro - Marcelo Pedrozo (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Interdisc. É um ótimo álbum, bastante embalado, eventualmente veloz, com arranjos bem simples, assim como as composições, porém, interpretadas com muita energia, perceptível devido à expressão do grupo, o qual se mantém fiel à intenção das composições. O álbum é um marco para o punk rock argentino, sendo uma grande referência, mesmo que os músicos não possuam muita técnica, inclusive existindo eventuais momentos falhos na interpretação, como desafinações ou acentos assíncronos entre os instrumentos, porém a intenção e expressão acabam em evidência, fazendo o ouvinte ignorar tais questões. De qualquer forma, o álbum, apesar de eu ter classificado como punk rock, possui influências do oi!, não só pela música, mas, em especial, pela temática abordada. O álbum soa como uma mistura de Eskorbuto, Garotos Podres e, claro, como toda banda de punk rock argentina, Ramones. O álbum possui uma faixa instrumental e uma faixa cover, enquanto que a arte da capa ficou por conta de Chino Gonzales. Um bom álbum, bem intencionado, o qual é uma grande referência do gênero em seu país, e que merece ser conferido, uma parte da história do underground argentino!
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FAIXA A FAIXA:
1) Valentín Alsina. O álbum inicia com a faixa que dá nome ao mesmo, a qual é, também, uma das faixas que considero das melhores. Bastante embalada e veloz, a qual possui um refrão bem sing-a-long e um arranjo simples, o destaque está na expressão e energia.
2) Canción De Amor. Esta é uma boa composição, a qual possui um bom embalo, embora pouco veloz, um arranjo bem simples, porém o desenho melódico da voz possui um bom movimento, embora interpretado com eventuais desafinações. O refrão é bem sing-a-long, sendo este o destaque, na minha opinião.
3) Que Mala Suerte!. Outra boa composição, a qual, mais uma vez, possui um arranjo bem simples, um bom embalo, com destaque para o desenho melódico da voz, existindo, também, eventuais frases de guitarra as quais merecem atenção, embora simples, também.
4) Novedades. Esta é outra boa composição, também bem embalada, a qual me lembra, bastante, com Garotos Podres, existindo eventuais contracantos. O destaque, mais uma vez, está no desenho melódico da voz.
5) Odio Laburar. Mais uma boa composição, a qual possui um bom embalo, um arranjo bastante simples, sendo o destaque, na minha opinião, as pontes e suas frases que lembram bastante com Ramones. O vocal apresenta frequentes trechos desafinados, reduzindo a qualidade a da composição.
6) Amor Suicida. Mais uma boa composição, a qual inicia com uma boa frase de guitarra, em um bom arranjo. Logo após, surge a parte A, e o padrão do álbum se expõe mais uma vez: um bom embalo, com arranjo simples, pouca velocidade e um bom desenho melódico da voz,o destaque na minha opinião, embora as pontes também mereçam atenção.
7) 14 Botellas. Esta é a faixa instrumental do álbum, sendo, também, a faixa de menor duração, a qual possui um bom embalo e uma boa progressão harmônica na parte A, lembrando, mais uma vez, com Ramones.
8) Vos No Confiaste. Mais uma boa composição, bem embalada, a qual possui um bom riff de guitarra na introdução, bem como uma boa frase de guitarra, os destaques, na minha opinião. Com arranjo bem simples e um bom desenho melódico da voz, a faixa mantém as características padrão do álbum.
9) Barricada. Considero esta a melhor faixa do álbum, bastante embalada e veloz, ela possui uma introdução bastante intencional, a qual prepara para o que virá. Uma composição bem simples, assim como seu arranjo, mas que é interpretada com muita expressão e energia, os destaques, na minha opinião.
10) Otra Mujer. Esta é outra boa composição que mantém as características padrão do álbum: um bom embalo, arranjo simples e um bom desenho melódico da voz, sendo este último o destaque, na minha opinião. A altura das notas da voz está acima do padrão do álbum. A faixa possui um refrão bem sing-a-long, finalizando com um trecho mais veloz, o qual possui um arranjo de bateria com a caixa dobrada.
11) Como Caramelo De Limón. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo, também, a faixa cover, a qual é uma composição de Riki Maravilla e Carlos León, sendo gravada, originalmente, por Riki Maravilla, em 1988. Bastante embalada e mais veloz que o padrão do álbum, a composição possui uma introdução que tenta remeter à versão original, porém, logo após, surge a intenção punk rock. Destaque para o desenho melódico da voz, embora as frases de guitarra mereçam atenção. A composição possui um refrão bem sing-a-long.
12) Demasiado Tarde. Outra boa composição, a qual possui uma intenção bem oi!, com destaque para o desenho melódico da voz, bem como possui frequentes contracantos, existindo bons riffs de guitarra, além de bons momentos, entre as partes, em que a dinâmica é trabalhada.
13) Pelea Callejera. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bastante embalada, e com uma velocidade acima do padrão do álbum, a composição possui um arranjo bem simples, com frequentes contracantos, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz.
14) Arrebato. Esta é outra boa faixa, sendo a primeira música composta pelo grupo, a qual possui um refrão bem sing-a-long, com constantes contracantos, além de possuir uma eventual frase de guitarra. No mais, a faixa mantém as características padrão do álbum: um bom embalo, arranjo simples e um bom desenho melódico da voz.
15) Ya No Sos Igual. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo, também, uma das primeiras composições do grupo. A faixa incia com uma boa introdução, bem pensada e interpretada, a qual possui um bom trabalho de dinâmica, sendo o destaque, sem sombra de dúvidas, na minha opinião, o desenho melódico da voz, existindo, também, eventuais boas frases de guitarra, bem como eventuais contracantos e um refrão bem sing-a-long.
Ouça o álbum a caminho de Valentín Alsina!

sábado, 13 de maio de 2023

16 Horsepower - Secret South (2000)

GÊNERO: Rock Psicodélico
ORIGEM: EUA (Denver - Denver / Colorado)
FORMAÇÃO:
David Edwards (Vocal, guitarra, violão, banjo, chemnitzer concertina)
Steve Taylor (Guitarra, violão, órgão)
Pascal Humbert (Baixo, baixo acústico, violão)
Jean-Yves Tola (Bateria, percussão, piano)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Glitterhouse, e foi gravado no estúdio Hamilton Glory Lodge. É um ótimo álbum, bem conceitual, intimista e intencional, o qual possui ótimos arranjos, bem pensados e interpretados, os quais possuem diferentes intenções entre as faixas. Embora eu tenha classificado o álbum como rock psicodélico, o mesmo possui fortes elementos do folk, podendo, muito bem, ser considerado um álbum folk. Porém elementos do blues e de outros gêneros do rock também são percebidos no álbum, porém, sempre com uma ideia de paisagem sonora em suas intenções e arranjos, tornando a ideia bem espectral, em sua maior parte. Algumas faixas são embaladas, outras não, sendo a maioria delas com pouco peso, embora existam raros momentos em que este aparece de maneira discreta. É um álbum que marca uma diferença nas intenções das composições em relação aos dois álbuns anteriores, enquanto os dois primeiros mantêm elementos do rock em evidência, este já varia bastante com o folk, mas, principalmente, em suas intenções intimistas. Este é o primeiro álbum do grupo a contar com Steve em sua formação. O álbum possui uma faixa cover, bem como uma faixa com videoclipe de divulgação, além de ter atingido as posições de número 45 na Holanda, e 31 na Noruega. O álbum conta com as participações de Asher Edwards, Rebecca Vera e Elin Palmer tocando instrumentos de corda, criando o arranjo do chamado strings, enquanto que a arte da capa ficou por conta de David Zimmer. Um ótimo álbum, bem intimista, perfeito para ouvir na penumbra de sua intimidade, apreciando, de maneira quase hipnótica, os diversos elementos influenciados pela paisagem sonora! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Clogger. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, sendo, também, a faixa que possui videoclipe de divulgação. Um bom clipe, que mostra o grupo tocando no palco de um teatro, o qual conta com a participação de Asher Edwards, filha de David. Com certeza esta é a faixa mais rock do álbum, bem embalada, com um bom arranjo, bem interpretada, além de bem intencional. O destaque, na minha opinião, está na expressão quanto das interpretações, bem "solto" e "leve".
2) Wayfaring Stranger. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum, a qual possui uma intenção bem blues, que lembra o blues rural dos anos 30, inclusive devido à mixagem e equalização. Porém esta intenção do blues rural não perdura o tempo todo, apenas no início, após, a composição se repete, porém, com novos arranjos, os quais acrescentam, aos poucos, elementos mais modernos, no que diz respeito ao timbre e instrumentação.
3) Cinder Alley. Outra boa composição, bem intimista e intencional, a qual possui arranjo de strings. Embora lenta, a faixa possui um bom embalo, com um excelente arranjo, sendo o destaque, na minha opinião, a expressão e intenção, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
4) Burning Bush. Mais uma composição bem intimista e intencional, esta com o piano em evidência. A composição não apresenta muito embalo, embora mantenha esta ideia, sendo mais uma faixa lenta, a qual o destaque, na minha opinião, está no arranjo e intenção, embora o desenho melódico da voz e expressão mereçam atenção.
5) Poor Mouth. Esta é outra boa composição, mais uma vez, bem intimista e intencional, a qual possui um excelente arranjo. A expressão na interpretação, mais uma vez merece atenção, embora o destaque, na minha opinião, esteja na progressão harmônica e arranjo, o qual possui boas frases de guitarra.
6) Silver Saddle. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual é, mais uma vez, bem intencional e intimista, mas que possui uma excelente frase, também minimalista, executada pelos instrumentos de teclas. O acompanhamento rítmico se dá por tambores graves, o que aliado ao trabalho de dinâmica, ajudam a caracterizar, ainda mais, a intenção intimista da composição.
7) Praying Arm Lane. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui fortes influências do folk, aliás, considero esta mais uma faixa folk do que rock! Com um excelente arranjo, aliado à um bom trabalho de dinâmica, sempre bem interpretado, com bastante expressão, a composição possui um bom embalo.
8) Splinters. Mais uma boa composição, mais uma vez, bem intimista e intencional, a qual apresenta um bom trabalho de dinâmica, sempre bem interpretados com boa expressão, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico e expressão da voz.
9) Just Like Birds. Mais uma boa composição com intenção bem intimista, a qual possui um ótimo arranjo, bem como um bom trabalho de dinâmica, possuindo um bom embalo, apesar de sutil, bem como um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, na minha opinião, a expressão na interpretação.
10) Nobody 'Cept You. Esta é a faixa cover do álbum, sendo, também, a faixa que, de longe, menos me agrada. Esta é uma composição, composta e gravada, originalmente, por Bob Dylan, em 1974, a qual não havia sido lançada até 1991. Esta é outra faixa bem folk, a qual possui um bom arranjo, bem como um bom trabalho de dinâmica, a qual inicia bem intimista, mas que altera a sua intenção no decorrer da música, além de possuir um bom embalo.
11) Straw Foot. O álbum finaliza com uma ótima composição, a qual resume bem todas as intenções do álbum, apresentando todos os elementos presentes nas outras faixas. A intenção intimista está em evidência, como não poderia deixar de estar. O minimalismo também está presente, assim como o bom trabalho de dinâmica. O elemento que não reaparece aqui, seria a intenção mais pesada e mais rock da primeira faixa.
Ouça o álbum e descubra o sul secreto!