quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Ted Nugent - The Richmond Coliseum (1979)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: EUA (Detroit - Wayne / Michigan)
FORMAÇÃO:
Ted Nugent - Theodore Nugent (Guitarra)
Charles Huhn (Vocal, guitarra)
Dave Kiswiney (Baixo)
Cliff Davies (Bateria)
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Este é um álbum pirata, ao vivo, lançado, após 4 álbuns de estúdio, de maneira independente. É um ótimo álbum, que resgata bem a carreira do grupo até então, época a qual, na minha opinião, é o auge. Muita expressão, composições repletas de riffs, excelentes, diga-se de passagem, o destaque do álbum, na minha opinião, além de um bom embalo, existindo eventuais faixas mais velozes, podendo perceber influências do blues. Com um repertório que contempla faixas de todos os 5 álbuns lançados até então, os 4 de estúdio e mais um ao vivo, o qual possui músicas inéditas, sendo, uma delas, contemplada aqui. Além dos riffs e expressões que chamam a atenção, a intenção também fica bem evidente nas interpretações, com tudo bem "redondinho" e no lugar. Os músicos possuem boa técnica, em especial Ted, o qual dispensa comentários! O ponto negativo está na qualidade da gravação, mas justifica-se pelo fato deste lançamento ser um bootleg, existindo, inclusive, uma faixa cortada (provavelmente por ter acabado a fita enquanto gravavam a apresentação), bem como um início com a qualidade de áudio abafada, provavelmente, também, devido à gravação da apresentação na fita. De qualquer forma é um excelente álbum, de uma época que merece ser lembrada e usada como referência para o gênero e para a história dos guitarristas, tanto é que, neste período, o próprio Ted foi eleito, por críticos, como o melhor guitarrista da época. Vale a pena conferir, em especial aos amantes da guitarra!
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FAIXA A FAIXA:
1) Stormtroopin'. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Possuindo um excelente riff, o destaque, na minha opinião, bem como muita expressão, além de uma ótima interpretação, existindo um bom embalo, reforçado por um arranjo de baixo em pedal. Os arranjos das pontes também merecem atenção.
2) Just What The Doctor Ordered. Outra ótima composição, a qual, mais uma vez, possui um bom riff, além de um bom embalo e, mais uma vez, reforçado por um baixo pedal. A progressão harmônica é bem ao estilo blues, sendo o destaque o arranjo de guitarra, embora o desenho melódico da voz também mereça atenção.
3) Free For All. Mais um ótima composição, bem embalada, embora seja menos veloz que as faixas anteriores, mas, possuindo um bom groove, embora sutil, além de bons riffs de guitarra, um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo de guitarra.
4) Dog Eat Dog. Mais uma excelente composição, com ótimos riffs, uma intenção bem explícita, um bom embalo, reforçado pelo arranjo de baixo pedal, existindo um cromatismo bem interessante na ponte, bem como um refrão bem sing-a-long.
5) Cat Scratch Fever. Um dos grandes clássicos, se não o maior, da carreira do grupo, o qual mantém as características padrão do álbum: excelentes riffs, com uma boa progressão harmônica, além de um bom embalo, reforçado pelo arranjo de baixo pedal, existindo um refrão bem sing-a-long.
6) Need You Bad. Outra ótima composição, bastante embalada, mais uma vez, com excelentes riffs de guitarra, arranjo de baixo pedal, bem como uma progressão harmônica bem ao padrão do blues, com destaque para os riffs e o acorde de passagem, cromático, no final do refrão.
7) I Got The Feelin'. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com certeza a faixa mais veloz, possuindo um ótimo embalo, um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque os riffs e arranjo de guitarra.
8) One Woman. Esta é uma faixa mais cadenciada, a qual é um blues que inicia em compasso composto, enquanto que nas demais partes mantém-se o shuffle como padrão rítmico, possuindo uma intenção mais intimista, bem como um riff que lembra bastante Muddy Waters, sendo o destaque o arranjo e improvisações da guitarra.
9) Wang Dang Sweet Poontang. Mais uma excelente faixa, bastante embalada, a qual possui ótimos riffs de guitarra, bem como um refrão bem sing-a-long, mantendo uma ideia, na intenção harmônica, bem minimalista, conduzida pelo arranjo de baixo.
10) Stranglehold / Smokescreen. Mais uma ótima faixa, outro grande clássico do grupo, o qual possui um excelente riff de guitarra, um bom embalo, embora seja mais lenta e intimista que a maioria das faixas, além de um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o arranjo e improvisações da guitarra.
11) Motor City Madhouse. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, a qual mantém as características padrão: embalo (com certa velocidade), excelentes riffs e um bom desenho melódico da voz. A progressão harmônica mantém o padrão do blues, embora os graus não caracterizem esta ideia, por não se ater no I-IV-V, apenas.
12) Gonzo. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores do álbum e que mantém as mesmas características padrão: embalo, ótimos riffs, um bom desenho melódico da voz, além de uma ótima expressão, com destaque para o arranjo de guitarra, embora o arranjo da ponte mereça atenção. O refrão é bem sing-a-long.
Ouça o álbum e se sinta no coliseu de Richmond!

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