sábado, 3 de dezembro de 2022

Triumph - Surveillance (1987)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: Canadá (Mississauga / Ontario)
FORMAÇÃO:
Rik Emmett (Vocal, guitarra, sintetizador)
Gil Moore (Vocal, bateria, percussão)
Michael Levine (Baixo, teclado, sintetizador)
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Este é o nono álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo MCA, e foi gravado no estúdio Metalworks. É um bom álbum, porém, longe de ser dos meus favoritos da carreira do grupo, o qual, embora eu tenha classificado como hard rock, possui influências do rock progressivo e do heavy metal, sempre pendendo para uma intenção mais suave. Algumas faixas são embaladas, outras não, existindo duas faixas instrumentais, as quais soam como uma introdução para o que vem a seguir. As composições sempre bem arranjadas e bem interpretadas, sendo a criatividade, aliada à técnica dos integrantes, um dos destaques do álbum. Excelentes melodias, boas interpretações, boa qualidade de gravação, assim como a produção, fazem o álbum se tornar bom. Já havia feito uma resenha sobre este álbum, em 2014, confira aqui! Este é o último álbum lançado com Rik na formação, já que ele veio a sair do grupo após a turnê de divulgação do álbum, no ano seguinte, sua saída se deu devido à incompatibilidade de ideias, já que Rik estava intencionando suas ideias para o rock progressivo, enquanto os demais integrantes preferiam voltar às origens hard rock, do início da década. É possível perceber esta divergência de intenções composicionais, já neste álbum, pois existem faixas bem hard rock e outras mais progressivas. Independente de ser hard ou progressivo, o álbum tem a cara das composições do gênero na metade dos anos 80, um exemplo típico do rock da época, bem de encontro com a tendência do momento. O álbum possui as participações de Steve Morse, tocando guitarra e violão; Dave Tkaczuk, tocando sintetizador e teclado; e Greg Loates, tocando percussão. O álbum atingiu a posição de número 82 na lista da Billboard 200, bem como a posição de número 35 na lista do Canadá, além de receber disco de ouro, no Canadá, por ultrapassar a marca de 50.000 discos vendidos. A arte da capa ficou por conta de Dean Motter, possuindo uma faixa com videoclipe de divulgação. Um bom álbum, com excelentes produção e interpretação, além de muita criatividade nos arranjos. Composições não muito empolgantes, mas que vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Prologue: Into The Forever. O álbum inicia com uma das faixas instrumentais, a qual possui uma intenção bem de introdução, puxando para o progressivo, não existindo acompanhamento percussivo, sendo o destaque a melodia da guitarra.
2) Never Say Never. Esta é a faixa que possui videoclipe de divulgação, este com a cara dos anos 80, mesclando cenas do grupo tocando em uma espécie de pavilhão, com cenas de uma atriz / modelo, fugindo em meio ao pavilhão, sendo seus movimentos vigiados por vídeo, sempre com uma intenção bem de ficção. A composição é um hard rock, com um bom embalo, embora pouco veloz, mas com bons riffs e um bom desenho melódico da voz.
3) Headed For Nowhere. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, sendo uma das faixas que conta com a participação de Steve tocando guitarra. Uma ótima composição, bem embalada, com baixo pedal, ótimos contracantos, assim como ótimos riffs de guitarra, além de um ótimo refrão, bem sing-a-long, a composição soa bem hard rock, com pitadas de heavy metal.
4) All The King's Horses. Esta é a outra faixa que conta com a participação de Steve, desta vez, tocando violão. É uma bela composição, a qual possui um excelente desenho melódico da voz, bem como um excelente arranjo, os destaques da composição, na minha opinião. Com uma intenção que puxa mais para o progressivo, esta é outra faixa com ausência de acompanhamento rítmico.
5) Carry On The Flame. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, bem embalada, mais uma vez, com o baixo pedal, possuindo um bom desenho melódico da voz, sendo o destaque o refrão e seu riff de guitarra, embora as frases do teclado mereçam atenção.
6) Let The Light (Shine On Me). Esta é a faixa que se tornou o single de divulgação no Canadá. Uma boa composição, porém, mais lenta, embora possua um bom embalo, intencionando para elementos do progressivo, apesar de não deixar de lado a intenção hard rock, sendo o destaque o desenho melódico da voz. Quase uma balada, esta é uma bela composição, a qual merece atenção pelo seu arranjo.
7) Long Time Gone. Esta é a faixa que se tornou o single de divulgação nos EUA, e é, também, uma das faixas que considero das melhores do álbum. Com um ótimo arranjo, além de um bom trabalho de dinâmica, esta possui um bom embalo, sendo o destaque os riffs de guitarra e o refrão, com bons contracantos.
8) Rock You Down. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual possui excelentes riffs, bem como uma ótima progressão harmônica, apesar de simples, bem como um ótimo desenho melódico da voz. Com uma pegada bem hard rock, talvez a faixa mais hard rock do álbum, ela possui um bom refrão, bem sing-a-long.
9) Prelude: The Waking Dream. Esta é a outra faixa instrumental, a qual, também, possui intenção de introdução, sendo o destaque, o arranjo e a frase melódica da guitarra. Mais uma vez, há a ausência de acompanhamento rítmico, intencionando para o progressivo, também.
10) On And On. Uma boa composição, com destaque para a progressão harmônica, apesar de simples, embora o desenho melódico da voz e o arranjo mereçam atenção. Com uma intenção mais pop, apesar dos riffs de guitarra bem hard rock, ela possui um refrão bem sing-a-long, com a harmonia executada com constantes pausas, existindo um ótimo trabalho de dinâmica.
11) All Over Again. Uma composição a qual possui uma intenção bem suave, podendo ser considerada a balada do álbum. Com um bom desenho melódico da voz, o destaque na minha opinião, ela possui, no refrão, uma variação de cadência, a qual intenciona mais para o hard rock, diferente da parte A. Talvez a faixa que menos me agrade no álbum.
12) Running In The Night. O álbum finaliza com uma boa composição, em especial devido à sua intenção, na parte A, possuindo um bom embalo, bem como um bom arranjo, além de um bom desenho melódico da voz, bem como um refrão bem sing-a-long, existindo uma variação de cadência entre as partes.
Ouça o álbum sob vigilância!

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