domingo, 11 de setembro de 2022

Suicide Machines - The Suicide Machines (2000)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: EUA (Detroit - Wayne / Michigan)
FORMAÇÃO:
Jason Navarro (Vocal)
Dan Lukacinsky (Guitarra)
Royce Nunley (Baixo)
Ryan Vandeberghe (Bateria)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Hollywood, e foi gravado no estúdio A&M. É um bom álbum, apesar do apelo pop estar em evidência, com boas composições, boas melodias, bom embalo, embora pouco veloz, sempre com uma intenção bem alegre nos arranjos, os quais são bem trabalhados e pensados, existindo a utilização de eventuais efeitos. O fato é que este álbum foge completamente do estilo ska core dos dois álbuns anteriores, possuindo uma intenção bem diferente, sempre com um apelo pop em evidência. Apesar de ser um álbum bem pop punk, ele possui pitadas de hardcore e ska core, existindo as participações de Bennett Salvay, responsável pelo órgão e pelos arranjos de orquestra; Patrick Warren, tocando harmonium; Joe Bishara, responsável pelos loops e programações; além de Ice-T, participando com backing vocals. O curioso é que Jason não participou do processo criativo das composições, pois estava resolvendo problemas particulares, e, como este foi o primeiro álbum gravado com o baterista Ryan, os responsáveis pelas composições foram os responsáveis pelas cordas, Dan e Royce, os quais estavam em uma fase em que ouviam bastante Beatles, e queriam deixar as composições mais pop, ao estilo Beatles, o que é notório em eventuais faixas, apesar de possuir elementos mais modernos. Isto, talvez explique a mudança brusca na intenção das composições deste álbum em relação aos anteriores. Porém, o que prejudicou o processo criativo, foi que Dan e Royce estavam se desentendendo neste período, brigavam constantemente, deixando um clima "pesado" quando da interação do grupo. O álbum atingiu a posição 188 da lista da Billboard 200, possuindo um videoclipe de divulgação, além de uma faixa cover, enquanto que a arte da capa ficou por conta de Enny Joo. É um bom álbum, longe de ser dos melhores do grupo, mas as boas melodias acabam se destacando positivamente, contrastando com as intenções. Vale a pena conferir, aos amantes do pop punk, este é um ótimo álbum, o qual deve ser apreciado.
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FAIXA A FAIXA:
1) Sometimes I Don't Mind. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, e é, também, a faixa de divulgação, pois possui videoclipe. É um bom videoclipe, bem hilário, com foco em um cão, interpretado por uma pessoa com uma fantasia, e seu cotidiano, intercalando com cenas do grupo interpretando a composição dentro de uma casa. A composição possui um bom embalo, bom arranjo, sendo o destaque o desenho melódico da voz, em especial no refrão, o qual é bem sing-a-long. A intenção é bem pop, possuindo eventuais contracantos que merecem atenção.
2) Permanent Holiday. Esta é uma boa composição, a qual serve como exemplo para o gênero, de tão evidente suas intenções. Bem embalada e "alegre", ela possui um bom riff na introdução, além de um refrão bem sing-a-long, possuindo eventuais contracantos.
3) The Fade Away. Outra boa composição, com destaque para a progressão harmônica, a qual, na parte A, sempre "foge" de um campo harmônico tonal, repleto de acordes de passagem. Com uma intenção bem intimista, ela se mantém embalada e pouco veloz, possuindo contracantos no refrão. O final da faixa merece atenção, o qual possui um arranjo para strings.
4) Too Many Words. Esta composição possui fortes traços de Beatles, embora com elementos mais modernos, soando um pop punk com toques dos anos 60! Embalada, mas não veloz, o destaque, na minha opinião, está no arranjo de baixo da parte A, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
5) No Sale. Mais uma boa composição, com um bom trabalho de dinâmica entre as partes, além de possuir variações de cadência entre elas. Uma boa progressão harmônica na parte A, o destaque, na minha opinião, está na parte B e sua caixa de bateria dobrada, embora o desenho melódico da voz mereça atenção.
6) Green. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, bem embalada, mais veloz que as demais faixas, embora não seja veloz, ela soa como um pop punk clássico, sendo o destaque, na minha opinião, a parte A, possuindo um refrão bem sing-a-long e com uma intenção bem "alegre".
7) Extraordinary. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, com uma excelente intenção, mais intimista, embora não muito, com uma ótima progressão harmônica na parte A. Com um bom embalo, em compasso composto, além de um refrão bem sing-a-long, o desenho melódico da voz e os arranjos para orquestra também merecem atenção. Esta faixa possui a participação de Patrick tocando harmonium.
8) I Hate Everything. Esta é outra boa composição, com influências de rap, possui as participações de Ice-T, nos backing vocals, e Joe, nos loops e programações. Com bastante groove, o apelo pop não está descartado, possuindo um refrão bem sing-a-long, sendo o destaque o trabalho de dinâmica.
9) All Out. Mais uma boa composição, bem pop punk, sendo mais um ótimo exemplo para referenciar o gênero! Bem embalada, mas não muito veloz, ela possui um intenção bem "alegre", bem como um refrão bem sing-a-long. Destaque para a parte C e seu arranjo com a caixa da bateria dobrada, além de possuir eventuais bons riffs de guitarra.
10) Perfect Day. Mais uma faixa a qual possui a influência de Beatles bem evidente, em especial devido ao desenho melódico da voz, mas, também, devido à progressão harmônica, possuindo um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil, e um refrão bem sing-a-long.
11) Sincerity. Outra boa composição, bem embalada, apesar de não veloz, possuindo um bom arranjo instrumental, com destaque para as frases e acentos executados em sincronia. A parte A possui influências do ska core, enquanto o refrão apresenta frequentes contracantos, sendo bem sing-a-long.
12) Reasons. Considero esta a melhor faixa do álbum, a qual destoa das demais faixas, por ser um hardcore, veloz e embalado, com trocas rápidas de acorde e muita energia e expressão. Se não bastasse, a faixa possui um trecho mais cadenciado, repleto de groove.
13) Goodbye For Now. Outra boa composição em compasso composto, possuindo um bom embalo, embora não muito veloz, lembra, um pouco, com bandas como Dropkick Murphys, sendo o destaque o desenho melódico da voz, além de possuir um refrão bem sing-a-long.
14) I Never Promised You A Rose Garden. O álbum finaliza com outra faixa a qual considero das melhores, e é, também, a faixa cover, sendo uma composição de Joe South, gravada, originalmente, por Billy Joe Royal, em 1967. Esta foi a primeira faixa do álbum a ser gravada, a qual já havia sido lançada anteriormente na trilha sonora do filme SLC Punk, de 1999. Esta faixa já possui mais velocidade, também bem embalada, além de existir arranjo para strings, possuindo influências fortes do hardcore melódico, apesar de soar pop punk.
Ouça o álbum, mas cuidado com as máquinas suicidas!

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