sábado, 1 de janeiro de 2022

Racer X - Second Heat (1987)

GÊNERO: Heavy Metal
ORIGEM: EUA (Los Angeles - Los Angeles / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Jeff Martin (Vocal)
Paul Gilbert (Guitarra)
Bruce Bouillet (Guitarra)
John Alderete (Baixo)
Scott Travis (Bateria)
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Há exatamente 13 anos atrás eu dava início à primeira postagem do blog! 13 anos depois, a postagem é o segundo álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Shrapnel, e foi gravado no estúdio Prairie Sun. É um bom álbum, excelente em termos técnicos, em especial no que diz respeito ao virtuosismo da guitarra. Paul dispensa comentários, uma grande referência para o instrumento. Bruce, o outro guitarrista, "bebe da mesma fonte", pois foi aluno de Paul, o qual o convidou para participar do grupo. Esta parceria fez com que arranjos de guitarra fossem muito bem trabalhados e pensados, com frases executadas em intervalos, criando intenções harmônias, algumas vezes, em melodia em bloco, sempre, com muita velocidade. Sinceramente não é um álbum que me agrada ouvir para relaxar, mas, sim, quando quero prestar atenção a uma técnica elevadíssima, como estudo e referência, é um excelente álbum, com linhas melódicas da guitarra que foram chamadas de neoclássicas, em qual Paul Gilbert sempre foi uma das grandes referências, assim como Randy Rhoads ou Yngwie Malmsteen. Sobre o álbum, de modo geral, é um álbum com todas as composições muito bem pensadas e trabalhadas, do mesmo modo os arranjos, algumas poucas faixas velozes, mas, em sua maioria, mais cadenciadas, sendo, em sua grande maioria, embaladas. Eventuais divisões rítmicas interessantes, soando bem hard rock, sempre com ênfase para os riffs de guitarra. Frases de guitarra recheadas de arpejos e muita velocidade, um bom álbum em que a grande referência, sem sombra de dúvidas, está na questão técnica dos integrantes, em especial na de Paul Gilbert. A arte da capa ficou por conta de Guy Aitchison. O álbum possui duas faixas cover e uma faixa instrumental, além de ter a participação de Mike Mani tocando teclado em duas faixas. Aos amantes e estudiosos da guitarra, um álbum indispensável, aos amantes do heavy metal, um prato cheio para degustar!
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FAIXA A FAIXA:
1) Sacrifice. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Veloz, com os dois bumbos em evidência, excelentes frases de guitarra, extremamente velozes, com uma intenção bem característica do gênero, vocais agudos, uma boa progressão harmônica e um bom desenho melódico da voz.
2) Gone Too Far. Esta faixa já é mais cadenciada, mas, mesmo assim, a velocidade nas frases de guitarra e os dois bumbos da bateria estão presentes. Já soando mais hard rock, mas sem perder a pegada heavy metal, esta composição possui bastante variação de cadência.
3) Scarified. Esta é uma das faixas que considero das melhores do álbum, sendo esta a faixa instrumental. Um grande clássico do grupo, com uma exímia demonstração técnica e composicional, deixando, apesar das constantes e velozes frases de guitarra, a intenção harmônica bem clara. Destaque para o solo de baixo existente. A semelhança com uma fuga de Bach não é mera coincidência!
4) Sunlit Nights. Outra faixa mais cadenciada, iniciando com dedilhados na guitarra, sem distorção, em um clima bem intimista, porém, logo em seguida, surge a distorção e a pegada heavy / hard fica bem explícita. Não muito veloz, mas com uma boa intenção, variações de cadência, ótimo trabalho de dinâmica e embalo. Esta é a primeira faixa a qual aparece a participação de Mike.
5) Hammer Away. Esta faixa já possui mais embalo e um pouco mais de velocidade, mostrando os dois bumbos em evidência, mais uma vez. Um bom embalo e uma boa intenção rítmica, a intenção melódica e harmônica são o que não me agradam muito, apesar do bom trabalho de dinâmica e, claro, frases de guitarra, embora o refrão mereça atenção.
6) Heart Of A Lion. Esta é uma das faixas cover, se é que apodemos chamar assim, já que esta é a primeira gravação que a composição recebeu. Ela é, na verdade, uma composição de Glenn Tipton, K.K. Downing e Rob Halford, composta na época do lançamento do álbum Turbo, porém o Judas Priest a dispensou e doou a música para o Racer X, que, então a registrou, pela primeira vez, neste álbum. O Judas Priest viria a gravá-la anos mais tarde. É uma composição com a cara do Judas Priest, em especial pela intenção e melodia vocal, embora a harmonia também sirva de referência. Esta é a segunda faixa que conta com a participação de Mike.
7) Motor Man. Outra faixa que considero das melhores do álbum, provavelmente a mais veloz, com palhetadas rápidas, não só nas frases melódicas da guitarra, mas como na sustentação rítmica. O refrão possui  uma boa intenção, embora o destaque esteja, mesmo no arranjo e execução das guitarras.
8) Moonage Daydream. Esta é a segunda faixa cover do álbum. Uma composição de David Bowie, ela foi gravada, originalmente, em 1971, pelo grupo Arnold Corns. Mantiveram a intenção da composição, porém com um arranjo extremamente renovado, com a cara do heavy metal dos anos 80, com muita ênfase para o arranjo da guitarra. Não muito veloz, mas com um bom embalo, a melodia soa (e não podia ser diferente) com inúmeras composições de Bowie.
9) Living The Hard Way. Esta é a faixa mais comercial do álbum, sem dúvida. Já menos veloz, com um arranjo mais simples e "aceitável" para o ouvido da maioria, além de possuir um refrão bem sing-a-long e "meloso", clássico das composições do gênero que estouravam nas rádios no final dos anos 80! A música de trabalho, não é ruim, mas é a que menos me agrada no álbum.
10) Lady Killer. O álbum finaliza com uma faixa que possui um excelente riff de guitarra, um ótimo embalo, apesar de não muito veloz, com a cara do gênero, além de possuir boas frases e uma variação rítmica bem interessante na parte A, quando surge o vocal. O refrão já é mais embalado e melodioso. Uma boa composição, um bom fim de álbum!
Ouça o álbum e vá para a segunda bateria!

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