quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Plasmatics - Maggots: The Record (1987)

GÊNERO: Thrash Metal
ORIGEM: EUA (Nova York / Nova York)
FORMAÇÃO:
Wendy O. Williams (Vocal)
Michael Ray (Guitarra)
Wes Beech (Guitarra)
Chris Romanelli (Baixo)
Ray Callahan (Bateria)
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Este é o quarto, e último, álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Profile, e foi gravado no estúdio Broccoli Rabe. Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo após o pequeno hiato de anos anteriores, os quais Wendy teve sua carreira solo, tanto que este álbum é considerado, por muitos, como mais um álbum da carreira solo da cantora, do que um álbum do Plasmatics, já que o crédito vêm para ambos, na capa, sendo que o nome da cantora está acima do nome do grupo, além de que a formação está bem diferente do, até então, último álbum do grupo, contando com integrantes da banda da carreira solo de Wendy. É um excelente álbum, extremamente conceitual, sendo considerado, por alguns, como a primeira opera thrash metal! Isto porque o álbum conta com a fórmula da opera rock, mas com sonoridade thrash. Aliás, bem difícil rotular um gênero para o álbum, já que, embora eu tenha classificado como thrash metal, ele soa mais para um speed metal, mas com o vocal puxando para um punk rock. Talvez um crossover, mas ao invés de thrash, um speed?! O álbum possui metade das faixas sendo músicas e a outra metade são falas, envolvendo um conceito, uma história, um relato a qual cientistas criam uma espécie animal para limpar o lixo dos rios e mares, porém ele se desenvolve e procura outros alimentos no ambiente terrestre. São vermes que crescem e começam a se alimentar de humanos, dizimando a humanidade. Estas falas contam a situação de uma família atacada pelos vermes. Sempre entre uma música e outra, há um trecho da história. O curioso é que a última faixa é um apanhado de trechos de todas as faixas anteriores, unidos, formando uma nova música! Extremamente criativo, o álbum possui a arte da capa por conta de Eric Karalis. As composições têm seus trechos velozes e embalados, mas, também, trechos mais cadenciados, existindo eventuais coros e contracantos, bem como frequentes riffs de guitarra, além de muita energia, a grande característica do grupo. As vozes das faixas que contam a história são de James Gerth (narrador), Jeanine P. Morick (Paula White e dra. Wanda Carnot), Jeff Griglak (Josh White), Scott Harlan (Joe White, dr. Richard Boltzmann e Lance), Tony Marzocco (Bruce Maltin), Suzanne Bedford (Valerie e Cindy White), Andy Bleiberg (primeiro apresentador do telejornal e convidado do programa de TV) e Rod Swenson, creditado como Stellar Axeman (segundo apresentador do telejornal). Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Overture. O álbum inicia com uma das faixas que contam um trecho da história. A introdução da história, com o narrador contando o que está acontecendo na cidade, alertando a população.
2) You're A Zombie. Uma ótima composição, iniciando com um coro em um andamento acelerado, além de frequentes riffs de guitarra, mantendo a ideia na parte A, enquanto que o refrão é cadenciado, mais lento, com constantes trocas de acorde, existindo eventuais pontes.
3) The White's Appartment - Full Meal Diner. Mais uma faixa contando a história, contextualizando e apresentando a família White, os personagens da história. A família está na mesa, jantando e assistindo TV, até que avistam o primeiro verme.
4) The Day Of The Humans Is Gone. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, possuindo uma introdução bem conceitual, também com coros, até que surge a parte A,mais cadenciada, mas com uma excelente concepção, bem como possuir compasso ímpar, enquanto que o refrão é bem embalado e veloz, possuindo um arranjo com dois bumbos.
5) The Central Research Laboratory - Valerie And Bruce On The Phone. Outra faixa contando a história, mostrando o ponto de vista dos cientistas, explicando o que aconteceu, seguido por um diálogo entre os namorados Valerie e Bruce.
6) Destroyers. Considero esta a melhor faixa do álbum, com um excelente riff, um ótimo embalo, certa velocidade, ótimo arranjo, bom desenho melódico da voz e muita energia. Destaque para os arranjos de guitarra. O refrão possui um arranjo de bateria com dois bumbos.
7) The White's Appartment - Bruce's Bedroom. Mais uma faixa contando a história, contando o contato de Valerie com os vermes que estão na cama.
8) Brain Dead. Outra faixa que considero das melhores do álbum, iniciando mais lenta e cadenciada, com a execução harmônica em staccato, para que, na parte A, o embalo e os riffs apareçam, possuindo dois bumbos no arranjo da bateria. O refrão mantém a mesma intenção da parte A, possuindo frequentes pausas de pequena duração na execução da harmonia.
9) The White's Appartment - Bruce's Bedroom. Mais uma faixa com narrativa, esta é uma continuação da faixa 7, a qual os jovens estão fazendo sexo na cama, quando Joe bate na porta enquanto está sendo comido por um verme, dizendo suas últimas palavras.
10) Propagators. Outra faixa que considero das melhores do álbum, mais uma vez iniciando mais lenta e cadenciada, com frequentes riffs, para que, na parte A a velocidade surja, mais uma vez, com dois bumbos, bem como bastante embalo e riffs de guitarra. O refrão possui um coro e é bem sing-a-long.
11) The White's Appartment - Fire Escape. A última faixa que conta a história dos vermes, aqui acontece a última tentativa de Cindy de fugir pela escada de incêndio, porém a cidade está tomada de vermes, não havendo escapatória.
12) Finale. O álbum finaliza com uma faixa que é um compilado de trechos de todas as faixas anteriores que, unidos, criam uma nova composição. Excelente concepção e ideia, extremamente criativo, finalizando o álbum com a ideia da ópera rock com chave de ouro!
Ouça o álbum e conheça vermes: o registro!

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