quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Phil Guy - Chicago's Hottest Guitars! (1998)

GÊNERO: Blues
ORIGEM: EUA (Lettsworth - Pointe Coupee / Louisiana)
FORMAÇÃO:
Phil Guy (Vocal, guitarra)
Billy Branch (Gaita de boca)
Willie Kent (Baixo)
Jody Young (Bateria)
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Este é o quarto split lançado pelo artista, após 8 álbuns de estúdio, através do selo Wolf. É um bom split, com faixas mais cadenciadas e outras mais embaladas, mas todas com uma marcação forte do shuffle. Como não pode faltar em um blues, há bastante brecha para improvisos, existindo um bom trabalho de dinâmica e muita expressão. Para quem não sabe, Phil é o irmão mais novo de Buddy Guy, os dois participaram de muitos trabalhos com o irmão, porém, neste aqui, isto não acontece. Como disse, este é um split, lançado junto com o músico, também de blues, e natural dos EUA, Lurrie Bell, porém, aqui, comento apenas as faixas do Phil Guy. Aquela fórmula clássica do blues: 12 compassos, progressão harmônica I -IV - V, na grande maioria das situações do split, improvisos, riffs e frases, este split contém tudo que o blues oferece, sempre com a intenção do blues elétrico, ou seja, com leves pitadas de rock 'n' roll devido ao timbre da guitarra. O som se assemelha bastante ao som do irmão, Buddy, mas é possível encontrar semelhança, nos fraseados, com alguns guitarristas do rock ou hard rock, como o Angus Young, do AC/DC. A arte da capa ficou por conta de Kurt Hriczucsah. Um bom split, para os amantes do blues, este não deve passar batido, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Wine Headed Woman. O split inicia com um blues mais embalado, com uma levada em shuffle, progressão harmônica típica do blues, com os 12 compassos quaternários simples, sendo I-IV-I-V-IV-I-V, ela lembra bastante o clássico Sweet Home Chicago. Destaque para os fraseados e improvisos da guitarra e da gaita de boca.
2) What Have I Done. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, mais cadenciada e intimista, compasso composto, com o shuffle bem evidente, também possuindo a progressão harmônica típica do blues, o destaque, mais uma vez, está nos fraseados e improvisos.
3) Sky Is Crying. Outra composição no estilo da faixa anterior, porém, creio eu, ainda mais intimista, com o shuffle não muito evidente como na faixa anterior, embora também seja um blues em compasso composto e com a progressão harmônica típica do gênero.
4) Part' Time Love. Considero esta a melhor faixa do álbum, a composição que considero mais expressiva e com a pegada da guitarra mais "suja" e "violenta", sendo daquelas em que o chega a arrepiar ao ouvir as frases da guitarra. O destaque negativo está nos eventuais gritos em falsete, sendo que o destaque positivo está na expressão.
5) Love Light. O split finaliza com uma faixa que é mais uma jam do que uma composição! Esta é a faixa mais veloz e embalada do álbum, uma composição bem simples, com apenas uma cadência harmônica de dois acordes e uma frase (simples), da guitarra, como tema, no mais, é aquele lance: "toca aí", ou seja, muito improviso, com os músicos tendo bastante liberdade para improvisar. Com um ar bem descontraído, esta é a legítima música do tipo "vamos brincar de tocar", daquelas que saem de brincadeiras no estúdio!
Ouça o split e conheça as guitarras mais quentes de Chicago!

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