quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Victor - Victor (1996)

GÊNERO: Rock Progressivo
ORIGEM: Canadá (Toronto / Ontario)
FORMAÇÃO:
Edwin Ghazal (Vocal)
Alex Lifeson - Aleksandar Zivojinovic (Guitarra, teclado, baixo)
Bill Bell (Guitarra)
Blake Manning (Bateria)
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Este é o primeiro, e único, álbum lançado pelo projeto, através do selo Anthem, e foi gravado no estúdio Lerxst Sound. Este é um ótimo álbum, um projeto lançado pelo guitarrista do Rush, Alex Lifeson, o qual reuniu um time de "peso" para gravar, todos músicos com alto nível técnico, além de excelentes intérpretes, transmitindo muita expressão, a qual valoriza a intenção das composições. Muitas composições soam como o próprio Rush, porém, percebe-se, de modo geral, mais peso nos arranjos das composições, embora não seja uma regra a todas as faixas. Embora tenha rotulado como rock progressivo, possui bastante influência do hard rock e do new age, soando como o rock progressivo do final dos anos 80 / começo dos anos 90. As composições não possuem um único padrão, existindo faixas bastante embaladas, outras mais cadenciadas, sempre com excelentes arranjos, existindo eventuais variações de compasso, bem como um excelente trabalho de dinâmica. Muitas das composições cairiam como uma luva para o Rush, aliás, tenho a sensação de que muitas delas haviam sido compostas para o grupo, porém, devido ao hiato "forçado", devido às tragédias ocorridas com a família do baterista, o compositor resolveu aproveitá-las neste projeto, caso contrário, poderiam cair no esquecimento e não se ter registro. Apenas uma sensação. Para completar o álbum, algumas composições em parceria com seu filho, as quais destoam das demais faixas, já que possuem muita programação, estão presentes, também. O álbum possui uma faixa com videoclipe de divulgação, além de quatro faixas instrumentais. O álbum atingiu a posição de número 99, nos EUA, na lista da Billboard 200. Existem algumas participações em algumas faixas do álbum, como Lisa Dal Bello, no vocal; Colleen Allen, no trompete; Peter Cardinali e Les Claypool, no baixo; Adrian Zivojinovic, na programação; e Charlene e Esther, no diálogo em spoken word. A arte da capa ficou por conta de Andrew MacNaughtan. É um ótimo álbum, aos fãs do grupo Rush, um prato cheio, que soa, em algumas faixas, como uma continuidade da discografia do grupo. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Don't Care. O álbum inicia com uma ótima faixa, bastante pesada, com um certo groove, muitos riffs de guitarra, aos quais são, na minha opinião, o destaque da composição, além de um ótimo trabalho de dinâmica e um excelente arranjo, além de frequentes variações de compasso. Esta soa como um hard rock com influências de grunge.
2) Promise. Esta é a faixa que possui videoclipe de divulgação, e é, também, uma das faixas que considero das melhores do álbum. O clipe mostra o grupo tocando com diferentes ângulos e enquadramentos, mesclado com imagens de atores, aos quais não executam uma ação em específico. Esta sim soa como o próprio Rush, soando bem rock progressivo, a qual possui um ótimo arranjo de guitarra, com os acordes executados de maneira arpejada. O destaque está, justamente na parte A e sua progressão harmônica e desenho melódico da voz, possuindo um ótimo trabalho de dinâmica, além de um bom embalo e frequentes variações de compasso.
3) Start Today. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum. Com um excelente trabalho de dinâmica, aliado a um ótimo arranjo e boas frases e riffs de guitarra, a faixa conta com a participação de Dalbello nos vocais, a qual possui um timbre de voz extremamente parecido com o de Geddy Lee, fazendo esta parecer, ainda mais, como uma composição pensada para o Rush. O destaque, aliás, na minha opinião, está, justamente, na interpretação vocal de Dalbello, embora o arranjo e o trabalho de dinâmica mereçam atenção.
4) Mr. X. Esta é uma das faixas instrumentais do álbum, a qual possui as participações de Peter no baixo, e Adrian na programação. Embora exista o trabalho da programação, este não está em evidência, sendo, ainda, uma faixa que soa bastante como rock progressivo, sendo mais uma composição que soa como pensada para o Rush. Com uma intenção harmônica bem simples, possuindo um bom arranjo, o destaque está no arranjo e interpretação da guitarra.
5) At The End. Esta é outra das faixas instrumentais, a qual possui a participação, mais uma vez, de Adrian na programação. Esta sim, destoa por completo das demais faixas do álbum, a qual, apesar de possuir elementos do rock, percebe-se muitos elementos do new age como referência, sendo, talvez, a faixa que menos me agrada no álbum. Bem intimista, com pouca expressão e intenção bem espectral, o destaque está nas frases de guitarra, embora a intenção mereça atenção.
6) Sending Out A Warning. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual possui um excelente riff de guitarra, além de um bom groove e um excelente arranjo. Esta é outra faixa que poderia estar presente em algum álbum do Rush. Destaque, na minha opinião, para o trabalho de dinâmica e o arranjo.
7) Shut Up Shuttin' Up. Esta é uma ótima composição, a qual possui um bom swing, existindo bastante influência de rhythm 'n' blues. É uma faixa que não possui vocal, o qual foi substituído por um diálogo entre duas mulheres, o que apresenta as participações de Esther e Charlene, esta última, esposa de Alex. Também é outra faixa que conta com a participação de Peter no baixo. A faixa possui um bom embalo, além de um excelente trabalho de dinâmica, existindo trechos com intenções bem semelhantes às do Rush. Destaque para o arranjo e trabalho de dinâmica.
8) Strip And Go Naked. Esta é outra faixa instrumental, a qual possui uma ótima intenção, mais intimista, além de um ótimo trabalho de dinâmica e arranjo, sendo o destaque, na minha opinião, o arranjo de guitarra, embora a dinâmica e a intenção mereçam atenção, os quais possuem uma qualidade maior devido à interpretação dos músicos.
9) The Big Dance. Esta é a faixa que conta com as participações de Les Claypool no baixo, e Adrian na programação. É uma boa faixa, bem intencional e com bastante peso, possuindo um excelente riff de guitarra, o qual é o destaque, na minha opinião, além de um bom groove. A composição possui características semelhantes às da faixa 1.
10) Victor. A faixa que dá nome ao álbum, e ao projeto, é a que possui as participações de Colleen no trompete, Peter no baixo, além de que a letra, a qual não é cantada, apenas recitada, foi inspirada em um poema de W.H. Auden. É uma composição bastante intencional, bem intimista e espectral, possuindo, mais uma vez, elementos que trazem referência ao new age, sendo uma das faixas que menos me agrada no álbum.
11) I Am The Spirit. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores, a qual possui bastante peso, um excelente arranjo, ótimos riffs, além de um bom embalo, sendo o destaque o refrão e sua intenção e progressão harmônica, embora o desenho melódico e interpretação vocal mereçam atenção.
Ouça o álbum ao lado do Victor!

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