quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Vulcano - Who Are The True? (1988)

GÊNERO: Thrash Metal
ORIGEM: Brasil (Santos / São Paulo)
FORMAÇÃO:
Angel Uruka (Vocal)
Zhema Rodero (Guitarra)
Fernando Levine (Baixo)
Arthur Von Barbarian - Arthur Vasconcelos (Bateria)
.
Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Cogumelo, e foi gravado no estúdio J.G.. É um excelente álbum, com composições embaladas e, em sua maioria, velozes, com palhetadas rápidas e frequentes riffs de guitarra. As composições são interpretadas com muita energia e uma excelente expressão, sendo o vocal executado, sempre, com um drive natural, o qual possui um timbre bem característico, podendo-se dizer que esta é, inclusive, uma das características marcantes do grupo. É um ótimo álbum, o qual sou suspeito para falar, já que este foi o primeiro álbum do grupo que eu ouvi, na época de seu lançamento. É um álbum bastante criticado pelos fãs do grupo, já que este soa mais thrash, fugindo do black / death característico durante a carreira da banda, mas que, para mim, é um dos melhores trabalhos lançados pelo conjunto. Apesar de ser um álbum thrash, ele possui elementos do black metal, em especial devido ao timbre e interpretação da linha vocal, e do crossover, principalmente devido à eventuais contracantos bem característicos do gênero. Um ótimo álbum, de uma importante banda para o cenário, não só do metal, mas do underground brasileiro, como um todo. Muita energia e expressão, com palhetadas rápidas, riffs e um vocal "sepulcral", que valem a pena serem conferidos!
.
FAIXA A FAIXA:
1) The Next. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Bastante embalada e veloz, com uma intenção bem crossover, sendo a progressão harmônica do refrão semelhante à música Body Count's In The House, do grupo Body Count. Refrão que é bem sing-a-long, sendo este o destaque, na minha opinião.
2) Who Are The True?. A faixa que dá nome ao álbum é uma boa composição, com bons riffs, trocas rápidas de acorde, uma boa intenção, além de eventuais grooves, embora a faixa seja embalada, em sua maior parte. Bastante expressão, um bom arranjo, apesar de nada muito complexo, existindo trechos com palhetadas rápidas e mais velocidade.
3) Different Lands. Mais uma boa composição, com diferentes intenções, variando a velocidade, embora mantenha o embalo, existindo bons riffs de guitarra, boa expressão e boa interpretação, existindo, também, palhetadas rápidas na execução da progressão harmônica.
4) Fuck Them. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, a qual soa bem crossover, talvez a faixa menos metal de todo álbum, existindo um refrão repleto de contracantos e bem sing-a-long, além de palhetadas rápidas, bem como uma variação de cadência entre as partes, as quais se mantêm embaladas.
5) Witche's Sabbath. Considero esta a melhor faixa do álbum, aliás, considero esta a melhor música composta pelo grupo em toda sua carreira! Bastante veloz e embalada, com palhetadas rápidas, trocas rápidas de acorde e um refrão bem sing-a-long. Destaque para a intenção, expressão e interpretação.
6) Never More. Mais uma boa composição, bastante veloz e embalada, a qual mantém as características padrão do álbum: palhetadas rápidas, riffs, contracantos, refrão sing-a-long e muita expressão, existindo uma variação de cadência entre as partes.
7) Flies Around Shit. Outra boa composição, a qual inicia com a execução de uma boa frase de baixo. Logo após, a composição apresenta a velocidade e embalo, com palhetadas rápidas e eventuais acentos executados, pela progressão harmônica, no contratempo. Esta é outra faixa que possui características do crossover, embora não em todas as partes.
8) Do You Remember. Esta é uma composição repleta de contracantos, sendo a faixa que menos me agrada no álbum. Esta é a faixa mais lenta do álbum, a qual apresenta uma intenção bem minimalista, em especial devido à progressão harmônica, sendo as tônicas dos acordes, justamente, a linha melódica dos contracantos.
9) Hercobulus. O álbum finaliza com mais uma boa composição, a qual apresenta bons riffs de guitarra, bem como variações de cadência, palhetadas rápidas e eventuais riffs, possuindo um arranjo bem simples, assim como o desenho melódico da voz. A composição possui um bom embalo, embora a velocidade alterne, eventualmente, entre as partes.
Ouça o álbum e pergunte quem são os verdadeiros?!

Nenhum comentário :

Postar um comentário