quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Virgen - Primera Vez (2006)

GÊNERO: Emo Core
ORIGEM: Espanha (Alicante / Comunidade Valenciana)
FORMAÇÃO:
Jorge (Vocal)
Mario (Guitarra)
López (Guitarra)
Manuel (Baixo)
Ezequiel (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Inferno, e foi gravado nos estúdios Mix-Plus e Uno. É um bom álbum, mas nada além disso. As composições não empolgam por completo, porém, os arranjos e interpretações são excelentes, assim como a qualidade da gravação. As faixas alternam bastante suas intenções, muitas vezes, dentro da mesma composição, "vagando" por dois extremos, em diversos aspectos: ora embalado, ora cadenciado; ora com timbre de voz com drive natural, ora com timbre limpo e "liso"; ora com intenções mais enérgicas, ora com intenções mais intimistas... enfim, muitos "altos e baixos" que deixam o ouvinte sempre com uma sensação de que "se não tivesse aquela parte, seria mais bacana..."! Aliás, uma característica dos grupos do gênero, na época. De qualquer forma, os arranjos são o grande destaque do álbum, em especial os arranjos rítmicos, sempre muito bem pensados e muito bem interpretados. Os músicos possuem uma boa qualidade técnica, o que ajuda a manter a qualidade do álbum elevada. Arranjos muito criativos, procurando uma variação de intenção bem corriqueira, existindo excelentes frases de bateria, bem como frequentes, e ótimos, riffs de guitarra, assim como eventuais bons desenhos melódicos da voz e frequentes variações de cadência. Embora seja um álbum de emo core, ela possui, de modo geral, mais peso em comparação a outros álbuns do gênero, apresentando elementos do screamo, mas, também, pitadas de metalcore. Um bom álbum, ao qual, na minha opinião, funciona mais como um álbum de "inspiração" por elementos novos nos arranjos, do que um álbum para "curtir", propriamente falando! Vale a pena conferir, em especial àqueles que gostam de analisar as composições, além de apenas curti-las!
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FAIXA A FAIXA:
1) Cada Vez. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores, talvez a única faixa que mantém o embalo, praticamente, do início ao fim, embora a interpretação da progressão harmônica possua frequentes pausas. Destaque para os arranjos de bateria e os riffs de guitarra, embora o trabalho de dinâmica e o desenho melódico da voz mereçam atenção. A voz alterna o timbre entre limpo e drive.
2) Cine. Mais uma boa composição, com um arranjo sensacional, o destaque, na minha opinião, com frases bem criativas, além de frequentes, excelentes, riffs de guitarra, assim como um bom desenho melódico da voz, alternando a intenção entre as partes.
3) Grita. Mais uma boa composição, a qual o destaque está, mais uma vez, no arranjo, desta vez, em especial, da guitarra, repleto de riffs e frases. A faixa possui variação de intenção entre as partes, possuindo um ótimo trabalho de dinâmica, assim como o desenho melódico da voz.
4) El Mundo De Nuestra Parte. Esta faixa é daquelas que possui dois extremos: uma parte sensacional, e outra muito ruim! A parte A é excelente, com uma ótima intenção, expressão e interpretação, além de bons riffs de guitarra, porém, no refrão, mudam todos estes elementos, deixando uma intenção mais pop.
5) El Arte De Desaparecer. Uma boa composição, mais intimista, mas com um arranjo, em especial das guitarras, muito bom, embora o desenho melódico da voz mereça atenção. Destaque para o refrão e sua intenção, não muito embalada, possuindo um certo groove, e progressão harmônica.
6) Harry Houdini. Mais uma faixa com altos e baixos, existindo momentos sensacionais e outros não muito bons. A parte A, apesar de não embalada, possui uma boa intenção, com destaque para os eventuais contracantos. A parte B possui frequentes frases, as quais são o destaque, enquanto o refrão já altera a intenção, deixando a composição, com um arranjo simples, bem emo.
7) Iris. Considero esta a melhor faixa do álbum, em, especial devido à parte A e seu embalo, intenção e progressão harmônica, aliado à um bom arranjo e interpretação da voz, bem como boas frases dos instrumentos. Enquanto o refrão altera por completo a intenção, mas a qual não permanece por muito tempo. A composição ainda possui uma parte D bastante pesada e cadenciada.
8) Parar El Tiempo. Esta é outra boa composição, a qual possui um bom arranjo, com uma intenção mais intimista, além de um excelente trabalho de dinâmica, o destaque, na minha opinião, embora o arranjo de guitarra e o desenho melódico da voz mereçam atenção. O refrão possui mais expressão, merecendo atenção, além de ser, um pouco, sing-a-long.
9) Revolución. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Com bastante energia, um bom embalo, apesar da execução da progressão harmônica com frequentes pausas, na parte A, a faixa possui, também, mais uma vez, um ótimo arranjo, além de um bom refrão, bem sing-a-long.
10) La Teoria De Los Cristales Empañados. O álbum finaliza com uma ótima composição, talvez a faixa mais metal, a qual não possui muito embalo, devido à sua intenção rítmica, mas possui bastante peso, além de frequentes variações de cadência e um ótimo arranjo de guitarra, sendo o destaque o arranjo rítmico. O ponto fraco, na minha opinião, está no arranjo e interpretação vocal, no refrão, ao qual, no meu entendimento, deveria manter a expressão da parte A.
Ouça o álbum pela primeira vez!

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