terça-feira, 14 de setembro de 2021

Oi Polloi - Fuaim Catha (1999)

GÊNERO: D-Beat
ORIGEM: Escócia (Edinburgh / Edinburgh)
FORMAÇÃO:
Degsy - Deek Allen (Vocal)
Red (Guitarra)
R. Sole (Baixo)
Murray Briggs (Bateria)
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Este é o terceiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Skuld. É um ótimo álbum, uma paulada na orelha, porém com influências de street punk e oi!, com a grande parte das faixas bem velozes e embaladas, com a harmonia com trocas rápidas de acorde, muitos riffs e um vocal bem expressivo e rasgado, o timbre da guitarra sempre com efeitos de distorção com alto ganho, existindo eventuais trechos mais lentos. Lembra bastante Ratos de Porão com pitadas de Exploited, porém com um toque street punk um pouco mais evidente. Os arranjos são bem pensados, apesar de não muito complexos, sempre com tudo "no lugar". O curioso é que os integrantes do grupo valorizam a língua nativa de seu país, o escocês gaélico, possuindo algumas faixas, bem como o título do álbum, escritas nesta língua, se não bastasse, os integrantes se comunicam, comumente, entre si, através do escocês gaélico! Outro dado curioso é que o encarte do LP vem com um livreto de páginas a qual consta os ideais e ideias do grupo. Vale a pena conferir, uma paulada na orelha, muita energia, velocidade, embalo e expressão!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Earth Is Our Mother. O álbum inicia com uma faixa que é bem uma introdução, sem harmonia, apenas ritmo, ela possui uma levada rítmica bem tribal, se apropriando apenas de tambores, enquanto um texto é declamado. Quem declama é um cara chamado Alfie.
2) Terra-1st. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, bastante veloz e embalada, ela possui trocas rápidas de acorde, bem como palhetadas rápidas e um vocal bem expressivo, possuindo um trecho mais cadenciado pouco antes do final.
3) Take Back The Land. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Bastante veloz e embalada, ela possui uma harmonia baseada em dois acordes, com trocas rápidas, além de um vocal bem expressivo, mais uma vez. O refrão possui certo groove, variando a intenção rítmica, o que acontece outra vez, mais para o final da faixa, porém, sem o groove, mas, sim, com ska.
4) Religious Con. Esta é uma boa composição, mas, ainda assim, é a faixa que menos me agrada no álbum. Já mais lenta e menos embalada, esta possui, mais uma vez, a participação de Alfie declamando um texto. Esta possui um bom groove na linha do baixo na parte A, sendo este o grande destaque.
5) Don't Burn The Witch. Outra boa faixa, não muito veloz, mas com um excelente riff, que é o destaque da composição. O refrão possui uma harmonia igual à de Never Say Die, do Black Sabbath! Apesar de não veloz, ela possui um bom embalo.
6) The Right To Choose. Aqui a velocidade volta a aparecer, após uma longa introdução, bem minimalista, mas com um arranjo bem pensado. O destaque está na parte A e suas palhetadas velozes de guitarra, embora o refrão possua o mesmo embalo e velocidade. 
7) Fuck Everybody Who Voted Tory. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, ela possui, na introdução, uma harmonia bem "alegre", enquanto, mais uma vez, Alfie declama um texto. Logo após, na parte A, surge a velocidade, as palhetadas rápidas e o vocal expressivo, as principais características do álbum, existindo um trecho mais cadenciado.
8) Sios Leis A' Ghniomhachas. Esta é uma faixa instrumental, bem curta, que destoa do restante do álbum, sendo esta uma composição com a melodia com caraterísticas típicas do folclore escocês, existindo, inclusive, a utilização de um banjo. Com pouca duração, ela soa quase como um bluegrass, porém com a cara britânica!
9) G.L.F.. Outra faixa bem veloz, embalada e com vocal expressivo, esta sem muitos detalhes, a não ser por uma ponte entre as partes, sendo parte A e parte B. Destaque para os acentos existentes, tanto no refrão como na parte A.
10) Willie McRae. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Bem street punk, esta foge do estilo punk das demais faixas. Quase um oi!, esta é mais lenta, mas bem embalada, possuindo um refrão bem sing-a-long. Destaque para a (simples) progressão harmônica.
11) Deathcafe. Outra faixa bem veloz e embalada, voltando às características do álbum. Uma boa progressão harmônica, o destaque está no refrão e sua linha de baixo, mantendo sempre o embalo da composição. Uma boa composição, mas com nada de especial.
12) Your Beer Is Shit And Your Money Stinks. Outra excelente composição, esta mantém as características típicas do álbum, sendo o destaque o refrão, bem embalado e bem sing-a-long, além de possuir uma ótima progressão harmônica.
13) Sell-Out. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez bem street punk, possuindo uma excelente frase da guitarra, um ótimo arranjo, com destaque para as variações de cadência, mas, principalmente, a parte A. Não muito veloz, mas bem embalada.
14) No More Roads. Talvez a faixa mais "leve" do álbum! Parece que eles quiseram flertar com o pop punk, em alta na época, mas não combinou muito! Não chega a soar como pop punk, mas percebe-se a influência. Esta mais para um punk rock, bem embalado, mas não muito veloz.
15) Hunt The Rich. Com uma introdução que lembra bastante o início dos anos 90, logo a velocidade e embalo, junto com o vocal expressivo, surgem. Com trocas rápidas de acorde, a composição possui variações de cadência, eventualmente, possuindo certo groove. Uma boa composição, com destaque para o arranjo.
16) Mindrot. Outra paulada na orelha, mantendo as características típicas do álbum: velocidade, embalo, vocal expressivo e trocas rápidas de acorde. Destaque para as pontes, com arranjo que variam a intenção, além de possuir um bom refrão. Destaque para o arranjo de guitarra.
17) Anti-Police Aggro. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor! Uma excelente progressão harmônica, com uma ótima frase de guitarra e certo groove na introdução, o destaque está na parte A e sua progressão harmônica e embalo. Também bem street punk, a linha de baixo merece atenção. Para fechar o álbum com chave de ouro!
Ouça o álbum e conheça o som da batalha!

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