quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Staggers - Teenage Trash Insanity (2006)

GÊNERO: Garage Punk
ORIGEM: Áustria (Graz / Styria)
FORMAÇÃO:
Wild Evel (Vocal)
Lightning Iris - Iris Moustakidis (Órgão)
Shakin Matthews (Guitarra)
Los Fixos - Patrick Stürböth (Guitarra)
Sir Kri - Matthias Krejan (Baixo)
Candee Beat (Bateria)
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Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Wohnzimmer. É um ótimo álbum, embora lançado nos anos 2000, ele resgata, e bem, o som underground dos anos 60, em especial pelo órgão farfisa, bem em evidência, que, embora eu tenha caracterizado como garage punk, possui influências de rockabilly, surf music e indie. Apesar disso, também, as composições resgatam a essência da década sessentista! As composições são embaladas, não muito velozes, embora tenham momentos com a caixa dobrada no arranjo de bateria, aos quais dão a impressão de mais velocidade. Além das intensões bem evidentes às características dos anos 60, também devido ao visual do grupo, outra característica do álbum é a expressão e energia frequentemente presentes, um dos destaques, na minha opinião. Muitas vezes lembra uma mistura de Rolling Stones, Troggs e Kinks, mais alguma banda underground da época que se apropriava do timbre do órgão! O álbum conta com três faixas instrumentais, duas faixas cover e duas faixas que possuem videoclipes de divulgação. Um ótimo álbum, em especial aos amantes do garage punk / underground dos anos 60, com o timbre do farfisa reforçando à viagem temporal / sensorial até àquela década! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) The Jaguar. O álbum inicia com uma das faixas que menos me agradam, embora não seja ruim. Com uma intenção bem alegre e totalmente rockabilly, possuindo um arranjo de órgão em evidência, ela tem um bom embalo, sendo o destaque, o arranjo de guitarra e seu solo, sendo esta uma das faixas instrumentais.
2) Be My Queen. Esta é uma faixa com a intenção bem indie, com o arranjo de guitarra, na introdução, que lembra alguma banda de indie britânica dos anos 2000, embora tenha muitos momentos que lembram Troggs, sendo o destaque o arranjo de bateria com a caixa dobrada no final da faixa.
3) Little Boy Blue. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, em especial devido ao refrão, bem sing-a-long, mas em especial devido ao arranjo de bateria com a caixa dobrada. Esta composição lembra a música (I'm Not Your) Steppin' Stone, gravada por diversos artistas, e é, também uma das faixas cover, sendo uma composição de Terry Slocum, a qual foi gravada, originalmente, pelo grupo Tonto & Renigades, em 1966.
4) Eagles Surf. Esta é outra faixa instrumental, como o nome já sugere, possui uma intenção bem surf music, com muito reverber no timbre das guitarras, além de boa frase melódica executada pela guitarra, mas, eventualmente, em uníssono com o órgão. Uma boa composição.
5) Little Girl. Uma faixa bem embalada, embora a execução harmônica seja feita em staccato, possuindo ótimos riffs de guitarra e um refrão bem sing-a-long. Uma boa composição, mas com nada de especial.
6) Out Of My Mind. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, aliás, considero esta uma das duas melhores faixas. Sendo o destaque, sem sombra de dúvidas, o refrão, bem sing-a-long, com frases executadas em sincronia entre os instrumentos. Os riffs de guitarra também merecem atenção.
7) Do The Ripper. Mais uma faixa com influências do surf music, embora, desta vez, com voz. As frases, aqui, estão no órgão e não na guitarra, possuindo um bom embalo e progressão harmônica bem ao estilo rock / blues (I-IV-V).
8) Come On. Outra ótima composição, bem embalada, com uma ótima progressão harmônica, a qual lembra bastante com Kinks, possuindo um ótimo arranjo na introdução, sendo o destaque, na minha opinião, o refrão e seu arranjo de bateria com a caixa dobrada.
9) Black Hearse Cadillac. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, e é, também, uma das faixas que possuem videoclipe de divulgação. Com uma intenção mais intimista, em tonalidade no modo menor, mas, ainda assim, possuindo um bom embalo.
10) Let's Stomp. Outra boa composição, sendo a última das composições instrumentais, possuindo um bom embalo e uma intenção mais intimista, além de bastante reverber no timbre das guitarras, sendo o destaque, na minha opinião, as frases de guitarra.
11) Without You. Outra boa composição, com uma introdução bem tribal, a qual perde esta intençõa, assim que a parte A surge. Bem embalada e com eventuais frases, além de uma progressão harmônica bem minimalista, sendo o destaque, na minha opinião, a parte C.
12) Wild Teens. Esta é a faixa que considero a melhor do álbum, e é, também, a outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Possui um bom embalo, uma ótima progressão harmônica, bem simples, mas com uma seqüência que me agrada bastante, sendo o destaque o refrão, bem sing-a-long.
13) I'm The Wolfman. A faixa que finaliza o álbum é, também, a outra faixa cover, uma composição de Baker Knight e gravada, originalmente, pelo grupo Round Robin, em 1965. É uma boa composição, bem embalada, que embora não soe como um blues, tem todas as características de uma composição do gênero, lembrando, algumas vezes, Howlin' Wolf. A progressão harmônica é outra característica que faz o gênero ser lembrado.
Ouça o álbum e entenda a insanidade de lixo adolescente!

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