sábado, 9 de maio de 2020

Horrorpops - Hell Yeah! (2004)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: Dinamarca (Copenhagen / Hovedstaden)
FORMAÇÃO:
Patricia Day (Vocal, baixo acústico)
Kim Nekroman - Kim Gaarde (Guitarra)
Caz The Clash - Casper Holbek (Guitarra)
Karsten Johansen (Guitarra)
Niedermeier - Henrik Stendahl (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, através do selo Hellcat, e foi gravado no estúdio Ventura. Apesar de ser o primeiro álbum, o grupo levou 8 anos para lançar seu primeiro trabalho, o grupo está na ativa desde 1996, sendo que as primeiras 7 faixas do álbum foram gravadas em 1999, ainda com o guitarrista Caz The Clash, as demais faixas foram gravadas pouco antes da época do lançamento deste álbum, desta vez com Karsten no lugar de Caz, que havia saído da banda anos antes. Ainda neste período, o grupo contava com duas dançarinas, chamadas Kamilla Vanilla (Kamilla Tillander) e Mille Sylvest. É um álbum de psychobilly, mas as influências de punk rock são bem perceptíveis, não sendo nada surpreendente caso alguém prefira dizer que é um álbum de punk rock. Além do punk rock, a influência de rockabilly também está bem presente, além de flertar com o surf music e possuir pitadas de ska. O baixista do Nekromantix é o guitarrista da banda, Kim Nekromancer, que deixou os graves para sua mulher, Patricia Day. É um bom álbum, bastante shuffle, boas frases de guitarra, o slap do baixo acústico bem perceptível, e a excelente voz de Patricia, que, além de afinada, possui uma excelente expressão e timbre. Lembra um pouco com Living End, sendo possível perceber a influência de Misfits, também. Bons arranjos, nada de fenomenal, tecnicamente falando, porém possui um bom trabalho de dinâmica, e tudo está no lugar, de maneira bem pensada.
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FAIXA A FAIXA:
1) Julia. O álbum inicia com uma ótima composição, não muito veloz, mas com um bom embalo e bem pulsante, além de possuir um ótimo trabalho de dinâmica, sendo o destaque o desenho e expressão da voz. O refrão é outro ponto alto, bem sing-a-long.
2) Drama Queen. Esta faixa já é mais acelerada, lembrando mais um punk rock. Também possui um bom trabalho de dinâmica. O destaque está no arranjo de guitarra, com bons riffs. O refrão chama a atenção, também.
3) Ghouls. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. Bem psychobilly, ela possui videoclip de divulgação. Uma excelente composição, com destaque para o refrão, bem sing-a-long, além do vocal "rasgado" de Patricia.
4) Girl In A Cage. Esta é a faixa que menos me agrada em todo álbum. Não é ruim, mas longe de ser das melhores. Esta possui influências de ska (parte A), e punk rock no refrão. Boa melodia, principalmente no refrão, que é o destaque da composição.
5) Miss Take. Outra faixa que possui videoclip de divilgação. É uma boa faixa, com um excelente trabalho de dinâmica, sendo o ápice o refrão e sua melodia sing-a-long. Outro shuffle bem embalado. O destaque é o trabalho de dinâmica.
6) Where They Wander. Excelente composição, um punk rock bem ao estilo Misfits! Bastante embalada, com um bom trabalho de dinâmica, o refrão possui um ótimo desenho melódico da voz, também bem sing-a-long. O destaque está no vocal de Patricia.
7) Kool Flattop. Esta é uma composição bem rockabilly, provavelmente a faixa mais rockabilly do álbum, com a harmonia clássica do rock (I-IV-V), riffs típicos do rockabilly, bem como o solo. O arranjo vocal também caracteriza bastante o gênero. O destaque está nos arranjos de guitarra.
8) Psychobitches Outta Hell. Excelente composição, com um clima bem intimista, em clima de suspense. Mantém a ideia harmônica do rock, porém com um constante riff e frase da guitarra e baixo, existindo um clima no refrão, muito devido à repetição do título da música. O destaque está na expressão.
9) Dotted With Hearts. Outra faixa que não me agrada muito, apesar de não ser ruim. A intenção é excelente, me agrada bastante o fato da caixa dobrada, mas a harmonia estraga a composição, bem como o desenho melódico que vem a partir dela, além de possuir um refrão bem bubble gum.
10) Baby Lou Tattoo. Outra faixa bem punk rock, mas com o shuffle do psychobilly. É uma boa faixa, também com pitadas bubble gum, mas com nada de especial. Mais uma vez o trabalho de dinâmica merece destaque, apesar de não muito exagerado.
11) What's Under My Bed. Aqui começa a melhor seqüência do álbum, na minha opinião. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Excelente harmonia, apesar de simples, com um ótimo trabalho vocal, principalmente devido aos contracantos na parte A. O trabalho de dinâmica também merece destaque.
12) Emotional Abuse. Considero esta a melhor faixa do álbum. Um clima bem intimista, com o shuffle bem acentuado, e, mais uma vez, um excelente trabalho de dinâmica, sendo o destaque o refrão e o desenho melódico da voz.
13) Horrorbeach. O álbum finaliza com outra faixa que considero das melhores. Esta é uma faixa instrumental que demonstra toda influência surf music que o grupo possui. Já mencionei como sou fã de composições instrumentais, e aqui está outro exemplo. Lembra, e muito, com as bandas de surf music instrumentais da década de 60, com o reverber da guitarra aparecendo bastante. Não seria nenhum pecado confundir com uma composição do Shadows ou Ventures!
Escute o álbum e grite: isso aí!

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