segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Hablan Por La Espalda - Split [Entrefuego] (2001)

GÊNERO: Garage Punk
ORIGEM: Uruguai (Montevidéu / Montevidéu)
FORMAÇÃO:
Fermin Solana (Vocal)
Martín Solana (Guitarra)
Valentín Guerreros (Guitarra)
Victor Borrás (Baixo)
Pablo Montes (Bateria)
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Este é o segundo split lançado pelo grupo, quarto K7, de maneira independente. Este é um split com o grupo chileno Entrefuego, porém aqui, comento apenas as faixas do grupo uruguaio. É um split que foi feito, exclusivamente, para a turnê das duas bandas no Brasil, e, pelo que pude descobrir, parece que a maioria das fitas foram perdidas em Belo Horizonte. Tive a oportunidade de assistir à apresentação do grupo em Porto Alegre, no Novo Millenium. Já conhecia o som do grupo devido ao split anterior a esse, com o grupo uruguaio Depresíon Adolescente. Foi um show que foi um divisor de águas no que diz respeito ao público do underground porto alegrense, muitos criaram coragem para expor seus ideais sem medo de nenhuma conseqüência, o que fez "renovar" o público, não só as pessoas, mas também a estética social. Foi uma excelente apresentação, com performances sensacionais, em especial do vocalista Fermin. Sobre o som, é difícil rotular. Embora tenha rotulado como garage punk, é notória a presença de influências de punk rock, skate punk e emo core, os vocais são bem expressivos e "gritados", existindo arranjos instrumentais simples, mas interessantes, estando tudo no lugar. É um som bem peculiar, sendo difícil encontrar semelhança com apenas uma banda. Soa como uma mistura de bandas da capital estado unidense, como Fugazi, mas também, com o skate punk californiano do início dos anos 90, como Cry, ou, quem sabe, com o punk rock cru do GG Allin! Enfim, uma mistura que torna o som do grupo único! Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Espío. Considero esta a melhor faixa do split! O destaque está na harmonia e no arranjo, em especial das guitarras. É um punk rock com pontes de skate punk e vocal bem gritado. A composição não é veloz, mas possui um ótimo arranjo que, apesar de simples, foi muito bem pensado, existindo um bom trabalho de dinâmica, apesar de sutil.
2) El Arte. Esta faixa soa mais emo core que a anterior, com guitarras arpejadas e sem drive em eventuais trechos, deixam esta ideia mais clara. Quando da presença da voz, a composição fica mais pesada, mas não muito. A voz, mais uma vez, bem expressiva e "rasgada".
Ouça o split e fique entre fogo!

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