quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Grave Stompers - Rising From The Darkside (1997)

GÊNERO: Psychobilly
ORIGEM: Alemanha (Fürstenfeldbruck / Bayern)
FORMAÇÃO:
Frank 'n' Flörter (Vocal)
Gernot Welsh (Guitarra)
Holzi (Baixo acústico)
Martin Sledgehammer (Bateria)
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Este é o primeiro álbum lançado pelo grupo, ainda como um quarteto, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Cäpt 'n' Hammer. É um bom álbum, embora não espetacular, o melhor de tudo é que a proposta, o visual, a capa, o som, as intenções, as letras, as escalas... enfim, tudo que envolve a ideia de composição e arranjo está coeso e em harmonia, deixando o ouvinte como se estivesse saindo de uma tumba! Tudo tem a ideia do horror, do início ao fim do álbum, com raras exceções, em que percebe-se mais a influência do rockabilly, além de pitadas de ska. O vocal é extremamente sepulcral, intencionando a um morto vivo, em raras ocasiões, ele canta de maneira tão enrolada que a sensação de um zumbi no vocal é maior! Um dos destaques é a utilização do contrabaixo acústico, sendo executado com slap, Holzi não é dos melhores instrumentistas que já ouvi nesta técnica, mas não deixa nada a desejar, tocando com convicção as suas linhas e frases. A guitarra merece destaque, principalmente, devido às escalas que utiliza, quase sempre com a inclusão de alguma dissonância, deixando o clima de horror mais vivo na composição. As músicas não são das mais velozes, mas sempre muito bem embaladas. Entre todas as faixas, existe uma instrumental.
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FAIXA A FAIXA:
1) Intro. O álbum inicia com o som do vento e um sino, além de sons não identificados, podendo dar chance à imaginação, algo como um zumbi ou um lobisomem!
2) Fiery Abyss. A faixa inicia com a mesma intenção da introdução, como se fosse uma continuação, porém, desta vez, com instrumentos. A introdução se mantém por um tempo, criando este clima sepulcral. Logo em seguida o baixo aparece solo para ditar o que virá. O destaque está nas dissonâncias e na dinâmica.
3) Mme Bondage. Esta faixa já tem uma introdução mais intimista, lembrando, um pouco, Cramps. O destaque está no arranjo da guitarra, que possui frases bem interessantes, muito influenciadas pelo rockabilly. Logo após a música embala.
4) Call From The Grave. Esta faixa é mais intimista, com um clima mais de "cowboy", menos peso, mas um bom shuffle! Uma boa composição, sendo o destaque o clima e as intenções, bem como a dinâmica.
5) Souls Of The Dead. Considero esta uma das melhores faixas do álbum. Com certeza a faixa mais veloz até então. Com certeza esta composição foi influenciada por Ace Of Spades, do Motörhead, assim ela seria se fosse psychobilly e tivesse outra letra!
6) Halloween In Haddonfield. Outra faixa que considero das melhores do álbum, principalmente devido às frases da guitarra. Ela não é tão veloz quanto à faixa anterior, mas é bem embalada.
7) Just One Date. Com certeza a faixa mais rockabilly do álbum, talvez a que menos tem intenção de horror, talvez por coincidência, mas a considero uma das piores do álbum! Não é ruim, mas não agrada muito.
8) Morbid Past. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, também bem embalada e com notas e frases dissonantes, em especial na guitarra que, aliás, é o destaque da composição. O vocal está bem sepulcral nesta faixa.
9) Zombified. Uma boa faixa, com a harmonia típica do rockabilly e frases bem comuns, porém com uma intenção bem de horror, o grupo atinge a intenção. A dinâmica merece destaque, apesar de não muito evidente.
10) Hearse Cruise. Considero esta a melhor faixa do álbum. Com a harmonia padrão do rock, porém com um riff de guitarra, que apesar de simples é, matador, além de um bom embalo. O destaque está justamente na guitarra, mais uma vez.
11) Ed Gein. Esta faixa é um ska! Inicia apenas com o contrabaixo, mas, logo em seguida, os outros instrumentos entram e o ritmo é de ska, embora as frases, tanto da voz quanto da guitarra, não. Também considero esta uma das que menos me agrada, apesar de não ser ruim.
12) More Blood. Esta faixa já é mais veloz, com uma intenção bem de horror. O destaque está no arranjo que possui eventuais pausas e frases da guitarra que são bem bacanas.
13) No Chance. Gosto bastante do embalo e das frases de guitarra nesta faixa, porém não o suficiente para considerá-la das melhores. Não tem nada de especial que chame a atenção além destes dois aspectos, com destaque para o refrão, bem sing-a-long.
14) Hellraiser's Night. Música com um bom embalo, mas sem nada de especial, mantendo o trabalho de dinâmica como destaque, assim como o vocal sepulcral, bem grave. A bateria merece destaque devido à eventuais frases em que faz solo.
15) Moonstruck. O álbum finaliza com a faixa instrumental, e, como já cansei de escrever aqui, sou um grande fã de composições instrumentais e, esta aqui não é diferente, por isso a considero uma das melhores do álbum, já com um clima mais surf. Destaque para o tremolo usado na guitarra.
Escute o álbum e continue subindo do lado escuro!

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