quarta-feira, 30 de maio de 2018

Buju Banton - Unchained Spirit (2000)

GÊNERO: Reggae
ORIGEM: Jamaica (Kingston / Surrey)
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Este é o sexto álbum lançado pelo artista, através do selo Anti. Este selo é, na verdade, um selo "alternativo" da Epitaph, em um momento em que resolveram apostar no ska e reggae. Na verdade não sei porque tenho este álbum no meu arquivo, já que o considero ruim. Acho que é porque pertence à Epitaph então criei expectativas positivas, mas a verdade é que o álbum possui apenas duas músicas boas, três mais ou menos e o resto é ruim, e muitas vezes, ruim mesmo, demais! O álbum tem um forte apelo comercial, então muitas músicas tem um toque de pop. A verdade é que é possível perceber diversas variações de black music mesclado com o reggae, desde gospel, funk, soul, ska, rocksteady, blues, jazz..., enfim, diferentes gêneros mesmo. Infelizmente não consegui encontrar a relação dos músicos envolvidos na gravação. Ouça o álbum sem grandes expectativas, pode ser que se surpreenda em alguns momentos!
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FAIXA A FAIXA:
1) Intro. A primeira faixa, como o nome já diz, é apenas uma introdução, mas muito bacana. Um arranjo à capela com boas harmonias e melodia com influência do gospel. Muito bem composta a faixa.
2) 23rd Psalm. Lembra muito um gospel romântico, já que é uma música bem suave e lenta. O destaque está nos arranjos vocais e no desenho melódico, já que o acompanhamento é bem simples e repetitivo. Talvez um love gospel!
3) Voice Of Jah. Esta é uma das faixas mais ou menos do álbum. O grande destaque é a influência do blues evidente na progressão harmônica, embora também seja bem perceptível a influência do soul. O arranjo da percussão dá um toque interessante à composição.
4) Sudan. Uma música bem pop, um soul pop! A frase rítmica que se mantém por toda a música é bem interessante, assim como, mais uma vez, os arranjos vocais, mas mais uma vez o apelo pop toma força e faz com que a música não seja das melhores.
5) We'll Be Alright. O legítimo reggae pop dos anos 90! Parece muito com bandas brasileiras como Cidade Negra, mas com o toque roots da Jamaica! Este é o primeiro reggae do álbum, e, mesmo assim, ruim!
6) Pull It Up. Outra faixa que considero das mais ou menos. É um reggae com características de música caribenha, o tambor de aço reforça esta impressão. Um ostinato na frase rítmica bem interessante, deixa a música com embalo.
7) Life Is A Journey. Esta faixa é um hip hop com pequenas influências de reggae, a mais evidente está no vocal que expressa de maneira bem característica. Tem diversos elementos no arranjo que enriquecem a composição, mas mesmo assim não o suficiente para torná-la uma boa faixa.
8) Better Must Come. O álbum vale a pena só por causa desta faixa, sem sombra de dúvidas a melhor do álbum! É um ska de raiz, lembra muito Skatalites, com arranjos de sopro, o bumbo bem marcado e o mais interessante: monocórdico, ou seja, apenas um acorde o tempo todo! Não deixe de ouvir, excelente faixa!
9) Mighty Dread. As duas melhores faixas do álbum em seqüência! Esta não é tão bacana quanto à faixa anterior, mas ainda assim é muito boa! Um reggae com influência de jazz na introdução, sendo o destaque os instrumentos de sopro. O refrão mantém uma frase que fica na mente, bem sing-a-long.
10) Poor Old Man. Um reggae pop horrível! Talvez a pior faixa do álbum! Além de pop, tem um clima bem romântico, quase uma balada, ou uma balada dançante! O wah-wah na guitarra acaba se tornando o grande destaque.
11) Law And Order. Outro reggae com característica de hip hop, mas aquele hip hop anos 80 típico de trilha de filme da Sessão da Tarde! Não chega a ser uma música horrível, mas também não é boa.
12) Guns And Bombs. Um reggae com miami bass, quase um rap, mas mais pesado, e muitos elementos no arranjo, sendo a percussão e o piano os destaques.
13) Woman Dem Phat. Se a faixa anterior tinha influência de miami bass, esta é um miami bass! Não tem nada de reggae e também não se parece com rap, além de possuir menos elementos em seu arranjo. Muito grave e um batidão! Esta são as características da faixa!
14) No More Misty Days. Lembra do We Are The World da década de 80?! Pois aqui está uma composição que parece ter sido inspirada por ela, porém com uma roupagem mais moderna! Uma levada bem rap, mas com arranjo típico do rock pop dos anos 80!
15) Pull It Up (Live). Considero esta versão não tão interessante quanto à de estúdio, principalmente devido à ausência do tambor de aço, que é simulado pelo teclado, mas o timbre não fica bacana. No mais mantém a mesma idéia da versão original.
16) Reunion. O álbum fecha com outra forte candidata à pior faixa do álbum! Realmente horrível, um reggae eletrônico com melodia romântica, sei lá, simplesmente insuportável, provavelmente a pior faixa do álbum!
Ouça o álbum e sinta-se com o espírito desacorrentado!

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