quinta-feira, 28 de julho de 2022

Sparechange - Has Sincerity Gone Out Of Style? (1999)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM:EUA (Canton - Stark / Ohio)
FORMAÇÃO:
Ryan Watts (Vocal, guitarra)
Don Sedlock (Baixo)
Brian Knotts (Bateria)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, de maneira independente, e foi gravado no estúdio Immortal. É um bom álbum, com bastante velocidade, embora existam faixas e momentos mais cadenciados, o vocal sempre com um drive constante, trocas de acorde e palhetadas rápidas, além de frequentes riffs e eventuais frases. As intenções das composições soam "alegres", o que remete à influência do pop punk. Como o próprio Ryan mencionou: "muito pesado para o pop punk, mas muito leve para o hardcore"! O fato é que, na maior parte do tempo, os arranjos são bem velozes, o que ajuda a caracterizar o hardcore melódico, associado aos arranjos de guitarra, esta ideia se concretiza ainda mais. Na verdade as tonalidades e desenhos melódicos soem mais como o pop punk, mas os arranjos e execuções instrumentais soam bem hardcore melódico dos anos 90. Percebe-se algumas referências bem evidentes, e são diversas, nas composições do álbum, como uma mistura de Good Riddance, Blink-182 e Crimpshrine, com pitadas de Face To Face, Strung Out, LagwagonGreen DayHome Grown e Broadways. O ponto negativo, na minha opinião, está na mixagem, a qual, na minha opinião, a guitarra está "escondida", enquanto que a bateria está se sobressaindo aos demais instrumentos, aliás, o timbre da bateria poderia estar mais "limpo", também. Um bom álbum, nada de espetacular, mas nada de ruim, ao qual possui uma faixa instrumental, com a "cara" dos álbuns do final dos anos 90.  Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Trying To Talk. O álbum inicia com uma ótima composição, bastante veloz e embalada, com uma intenção bem "alegre", um bom trabalho de dinâmica no arranjo, além de bons riffs de guitarra, o destaque, na minha opinião, existindo um bom refrão, bem sing-a-long.
2) Pay Attention. Esta é outra boa composição, também bastante veloz e embalada, possuindo boas frases, executadas em sincronia entre os instrumentos, além de possuir trechos mais cadenciados, com bons riffs e frases de bateria, possuindo um bom trabalho de dinâmica.
3) Message To The Sillouette. Outra ótima composição, a qual possui uma introdução mais intimista, porém, logo na parte A, a velocidade e embalo (padrão do álbum) surgem, junto com bons riffs, além de existir um trecho mais cadenciado.
4) Time Wasted. Uma boa composição, mas nada além disso! Esta menos veloz que as faixas anteriores, mas, ainda assim, embalada, possuindo um bom desenho melódico da voz, além de boas intenções, mais uma vez, com uma intenção bem "alegre".
5) Exit 111. Esta é a faixa instrumental do álbum, e é, também, a faixa que menos me agrada. Com destaque para os riffs e frases de guitarra, esta é uma composição pouco veloz, com intenções mais intimistas, mas que não chegam a empolgar.
6) And The Seasons May Change.... Outra boa composição, com bons riffs de guitarra, o destaque, na minha opinião, possuindo uma introdução mais intimista e cadenciada, para, na parte A, já surgir a velocidade e embalo característicos do álbum.
7) Goodbye To Me. Aqui começa o melhor momento do álbum, na minha opinião. Esta é uma das faixas que considero das melhores. Bastante veloz e embalada, possuindo um ótimo desenho melódico da voz, além de bons riffs de guitarra.
8) The Storm. Outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez, veloz e embalada, com bons riffs de guitarra, além de palhetadas rápidas, bem como uma ótima intenção e um bom desenho melódico da voz, soando bem ao estilo do Good Riddance.
9) Headed Out Into The Night. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Um arranjo que lembra bastante Face To Face, em especial devido às frases do baixo, mas, também, devido ao arranjo de guitarra e progressão  harmônica, embora o refrão, com seus contracantos, mereça atenção. No mais, mantém as características padrão do álbum: velocidade e embalo!
10) My Room. Outra faixa das que menos me agradam no álbum. Mais lenta que as demais, mas mantendo um bom embalo, ela possui um bom desenho melódico da voz, porém pouco expressivo, na parte A. Destaque para o refrão, bem sing-a-long e com vocal mais expressivo.
11) Hit The Wall. Mais uma boa composição, com excelentes riffs de guitarra, o destaque na minha opinião, embora o arranjo de bateria mereça atenção. Com um refrão bem embalado e veloz, a parte A já possui menos velocidade, mas uma excelente intenção.
12) One Dream. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, possuindo uma introdução mais intimista, porém, logo em seguida, surge a velocidade e embalo característicos do álbum, além de ótimos riffs e um excelente desenho melódico da voz, o destaque, na minha opinião, embora o refrão mereça atenção, também.
13) New Beginnings. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum. Mais uma vez com excelentes riffs de guitarra, o destaque na minha opinião, esta se assemelha ao Strung Out. Mantendo as características padrão do álbum, mas possuindo eventuais variações de cadência, o desenho melódico merece atenção.
14) Valleys. Uma boa composição, com bons riffs de guitarra, além de bastante velocidade e embalo, com destaque para o trabalho de dinâmica, embora o desenho melódico da voz mereça atenção, assim como o refrão, bem sing-a-long, e suas eventuais pausas.
15) You. Esta é outra faixa das que menos me agradam no álbum. Mais uma vez, mais lenta e intimista,  além de pouco expressiva, o destaque está no arranjo de guitarra com suas eventuais frases e riffs, possuindo uma variação de cadência no refrão, deixando a composição, além de lenta, sem embalo.
16) I Don't Believe In Insanity. Mais uma boa composição, com bons riffs de guitarra, mais uma vez o destaque, na minha opinião, com um bom arranjo e boas intenções, possuindo um sutil, mas bom, trabalho de dinâmica. No mais ela mantém as características do álbum, embora possua uma variação de cadência no refrão.
17) Waters In The Rough. O álbum finaliza com a faixa que considero a melhor. Mantém as características padrão do álbum, embora não seja das faixas mais velozes, possuindo ótimos riffs de guitarra, sendo o destaque a parte B, bem sing-a-long e com uma excelente intenção, enquanto o refrão já soa mais "alegre".
Ouça o álbum e questione: a sinceridade saiu de moda?!

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