terça-feira, 3 de novembro de 2020

Level 42 - Staring At The Sun (1988)

GÊNERO: Jazz
ORIGEM: Inglaterra (Cowes - Isle Of Wight / South East)
FORMAÇÃO:
Mark King (Vocal, baixo)
Mike Lindup (Vocal, teclado)
Alan Murphy (Guitarra)
Gary Husband (Bateria)
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Este é o oitavo álbum lançado pelo grupo, através do selo Polydor, e foi gravado no estúdio Miraval. É o primeiro e único álbum com a participação de Alan, já que ele veio a falecer um ano depois do lançamento do álbum devido à complicações oriundas do HIV. Também é o primeiro álbum sem a participação dos irmãos Phil e Boon Gould. A arte da capa ficou por conta de Mark Hughes. Este é um álbum que escuto porque sou um grande fã do Mark King, me inspira bastante, um excelente músico, inovador e extremamente técnico, aliás, técnico como todos os integrantes do grupo. Embora eu tenha classificado como jazz, ele tem influências de pop, fusion e funk, além de pitadas de rock progressivo dos anos 80. É o som dos anos 80! Se alguém perguntar como era o som dos anos 80, basta mostrar este álbum! Sintetizadores, efeitos, groove... este álbum poderia ser a trilha de filmes clássicos da época, como Ghostbusters ou K-9! Uma mistura de Stanley Clarke, Rush, Marcus Miller e outra banda pop qualquer dos anos 80, o grande destaque está, justamente, na técnica dos integrantes, o álbum para elevar as idéias práticas do instrumento a um outro patamar, com muitas inspirações. É um álbum que se aprende a gostar, já que a primeira impressão não agrada muito. Ele possui 4 participações: Wally Badarou tocando teclado, Dominic Miller tocando guitarra, Krys Mach tocando saxofone e Steve Sidwell tocando trompete, além de possuir uma faixa instrumental. O álbum chegou ao segundo lugar na lista britânica da Chart, além de encontrar a 128ª posição da Billboard britânica. O álbum possui 3 faixas de trabalho, existindo videoclipes para cada uma delas.
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FAIXA A FAIXA:
1) Heaven In My Hands. O álbum inicia com uma das faixas de trabalho. É uma boa composição, iniciando com a cara dos anos 80 (e finalizando assim também)! Bastante groove, muito teclado e sintetizador em evidência, esta possui videoclipe de divulgação. O destaque está no arranjo de contrabaixo, embora algumas frases de guitarra mereçam atenção. Esta faixa chegou à 12ª posição na lista de singles da Chart.
2) I Don't Know Why. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, principalmente devido à frase e o timbre da guitarra, bem rock 'n' roll, embora o arranjo seja cheio de elementos oitentistas. O groove merece destaque, bem como a frase da guitarra.
3) Take A Look. Outra faixa de trabalho, possuindo videoclipe de divulgação. Uma boa faixa, com um bom groove, mas com um refrão bem "meloso", embora possua alguns trechos com um bom desenho melódico da voz.
4) Over There. Considero esta a melhor faixa do álbum, sem sombra de dúvidas! Um ótimo groove em compasso composto, o destaque está no arranjo do contrabaixo. Muitos efeitos, em especial na guitarra, mas também no baixo, o refrão, bem marcante, é outro destaque.
5) Silence. Outra boa faixa, embora já com um clima mais "suave" e intimista, o grande destaque está no refrão e seu desenho melódico da voz e progressão harmônica. O teclado em evidência e um arranjo rítmico não muito embalado dão um toque bem oitentista à composição.
6) Tracie. Esta é a terceira faixa de trabalho do álbum, também possuindo videoclipe de divulgação. Sei que falei que este é o álbum com a cara do final dos anos 80, mas esta música, com certeza, é o melhor exemplo! Esta poderia ser, facilmente, trilha do filme Ghostbusters! Uma composição em que Mark fez para sua filha, o destaque está no refrão, bem sing-a-long, além do groove. O arranjo do contrabaixo merece atenção, mais uma vez.
7) Staring At The Sun. A faixa que dá nome ao álbum é a faixa mais intimista de todo ele. Com um clima bem "astral", principalmente devido ao arranjo do teclado, o arranjo de bateria, sem a utilização da caixa, também ajuda a criar esta sensação. Uma boa composição, com destaque para o arranjo.
8) Two Hearts Collide. Esta já possui uma levada mais rock, porém, ainda, com o inseparável toque oitentista no arranjo. Talvez a faixa mais simples do álbum, com arranjos bem comuns, destoando das demais faixas. Não é uma má composição, mas a considero a pior faixa do álbum, sendo o refrão o destaque.
9) Man. Considero esta faixa uma das melhores do álbum. A composição que lembra bastante Rush dos anos 80, com bastante teclado. Um excelente arranjo, boa progressão harmônica, o destaque está na parte C e seu arranjo, lembra muito, mas muito, Rush, em especial devido à linha de baixo.
10) Gresham Blues. O álbum finaliza com outra faixa em compasso composto, esta já mais lenta e suave, fazendo lembrar um blues, porém um blues oitentista e sem sua harmonia padrão, pendendo para o jazz, muitas vezes. A única faixa instrumental do álbum, é a faixa ideal para finalizar o disco.
Ouça o álbum encarando o Sol!

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