domingo, 1 de janeiro de 2023

Unwritten Law - Swan (2011)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: EUA (Poway - San Diego / Califórnia)
FORMAÇÃO:
Scott Russo (Vocal, guitarra, teclado)
Steve Morris (Guitarra, teclado)
Pat Kim - Patrick Kim (Baixo)
Dylan Howard (Bateria)
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Este é o sexto álbum de estúdio lançado pelo grupo, através do selo Suburban Noize, e foi gravdo nos estúdios Signature, Big Fish, Lambesis e Dway. É um bom álbum, ao qual mantém a base no pop punk, porém soa como se o grupo estivesse à procura de uma "fórmula" composicional, como se quisessem entrar na "onda" do momento, e estão a descobrir para qual sentido seguir. Isso porque, embora o álbum seja bem explícito como pop punk, ele possui influências do emocore, gênero que estava em declínio na época, e indie, gênero que estava em ascensão na época, principalmente, devido à influência das bandas britânicas, mas, também, percebe-se momentos em que o grupo parece "olhar para trás" e resgatar a fórmula composicional de algumas faixas gravadas há uma década, ou um pouco mais, atrás, percebendo-se, também, elementos do rap core. É um álbum que soa como "a busca de uma banda pela volta de seu ápice", mas que se demonstra confusa. Independente dos rótulos e sensações, as composições são embaladas, em sua maioria, muito bem interpretadas e arranjadas, além de serem composições bem intencionadas e criativas. Não muito velozes, mas com faixas que possuem bons desenhos melódicos, boa criatividade, bom trabalho de produção, sendo o destaque, na minha opinião, os arranjos e interpretações da bateria. O vocal de Scott parece "cansado", sendo este o ponto negativo, na minha opinião, pois sinto a falta de energia, em especial nas composições mais pesadas, como se não conseguisse acompanhar a expressão dos instrumentos. O álbum possui 3 faixas com videoclipes de divulgação. Este é o primeiro álbum de estúdio lançado pelo grupo, em 6 anos, enquanto que o álbum seguinte foi lançado apenas 11 anos depois, o que exemplifica esta incerteza do grupo, corroborada, inclusive, devido ao fato de que este é o último álbum com Steve e Pat na formação, os quais deixaram o grupo após a turnê de lançamento devido à desentendimentos com Scott, além de ser o primeiro, e único, álbum lançado com Dylan na formação. Depois deste álbum, a formação do grupo mudou inúmeras vezes. Apesar de tudo, o álbum atingiu a posição de número 195, nos EUA, na lista da Billboard 200, e a posição 41, na Austrália. O álbum conta com as participações de Kyle Tormey, tocando piano, e Del Tha Funky Homosapien, no vocal. É um bom álbum, longe de ser dos meus preferidos da carreira do grupo, mas, ainda assim, um bom álbum. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Starships And Apocalypse. O álbum inicia com uma das faixas que possui videoclipe de divulgação, um bom clipe, bem produzido, com alternância entre cenas do grupo tocando e cenas com uma atriz, sendo o primeiro single apresentado. Aqui, o grupo mantém as características dos últimos álbuns, como se estivessem mostrando que se mantém fiel ao que já conquistou. Com um bom embalo, embora pouco veloz, o destaque está no arranjo, embora o trabalho de dinâmica mereça atenção.
2) Nevermind. Esta é a faixa que menos me agrada no álbum, com um apelo pop muito forte e evidente, percebe-se influências de Coldplay, possuindo um bom arranjo, mas uma intenção que não me agrada nem um pouco. Elementos do teclado ajudam a dar essa intenção mais pop. Apesar disso, a música possui um bom embalo, sendo o destaque os, sutis, momentos com trabalho de dinâmica.
3) Dark Dayz. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, a qual possui um bom embalo, embora não veloz, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo, embora o trabalho de dinâmica mereça atenção, assim como o desenho melódico da voz.
4) Last Chance. Outra boa composição, com um bom embalo, um ótimo trabalho de dinâmica, sendo o destaque, mais uma vez, o arranjo, embora o desenho melódico da voz mereça atenção. O refrão já soa bem emo, perdendo o embalo da parte A e mudando a intenção.
5) Sing. Esta é outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Esta é, na verdade, uma faixa acústica, a qual o seu clipe apresenta uma alternância de imagens com cenas do grupo tocando e pessoas aleatórias em frente à câmera, sempre com efeito de velocidade. O destaque, na minha opinião, está no desenho melódico da voz, embora o arranjo mereça atenção. Apesar de ser uma faixa acústica, ela possui um bom embalo e uma boa intenção.
6) Superbad. Aqui inicia, na minha opinião, a melhor sequência do álbum, sendo esta, a faixa que considero a melhor. Iniciando com um excelente riff de guitarra, possuindo um bom embalo, apesar de o arranjo harmônico, na parte A, possua frequentes pausas. A progressão harmônica, o arranjo e o trabalho de dinâmica, assim como o refrão sing-a-long, são elementos que merecem atenção, sendo o destaque o desenho melódico da voz.
7) Let You Go. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, e é, também, a faixa que conta com a participação de Kyle tocando piano. O destaque, na minha opinião, está na parte A e sua progressão harmônica, embora o refrão mereça atenção, também, assim como o trabalho de dinâmica. Não veloz, mas com boas frases de guitarra e um bom embalo, o ponto negativo, na minha opinião, está na ponte entre a parte A e o refrão, o qual indie demais.
8) Chicken (Ready To Go). Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, sendo a faixa que conta com a participação de Del Tha Funky Homosapien no vocal. Esta é uma excelente composição, bem rap core, repleta de groove e peso, sendo, justamente, este o destaque, embora possua um bom refrão. Os contracantos, bem ao estilo Jane's Addiction, na parte A, também merecem atenção, assim como o arranjo.
9) On My Own. Outra boa composição, mas que volta a apresentar o apelo pop, possuindo um bom trabalho de dinâmica, além de um bom arranjo e embalo, sendo o destaque, na minha opinião, o desenho melódico da voz, na parte A.
10) Love Love Love. Esta, assim como a faixa 2, é outra faixa das que menos me agradam no álbum. Soando como uma balada, pouco embalo e peso, a qual possui um arranjo de cordas executado pelo violão, além de um arranjo de strings que ajuda no apelo pop, assim como o trabalho de produção. A intenção e progressão harmônica pouco me agradam, possuindo, também, um refrão bem sing-a-long.
11) Swan Song. O álbum finaliza com a outra faixa que possui videoclipe de divulgação. Um bom clipe, menos produzido que os anteriores, mostrando diferentes cenas do grupo tocando. É uma boa composição, a qual possui um bom arranjo, o destaque, na minha opinião, e embalo, sendo a parte A bem indie, enquanto o refrão soa bem emo. O desenho melódico da voz merece atenção.
Ouça o álbum junto com um cisne!

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