domingo, 15 de maio de 2022

Self Conviction - A War To Show That Peace Means Justice For Everyone (1998)

GÊNERO: Hardcore
ORIGEM: Brasil (São Paulo / São Paulo)
FORMAÇÃO:
Jorel Wagner (Vocal)
Kalota - Alexandre Fanuchi (Vocal)
André De Martini (Guitarra)
Tarcísio Leite (Guitarra)
Juninho - Paulo Sangiorgio Júnior (Baixo)
Jefferson Queiróz (Bateria)
.
Este é o segundo, e último, álbum lançado pelo grupo, através dos selos Liberation e 215, e foi gravado no estúdio Anonimato. É um ótimo álbum, com muita energia, composições bem trabalhadas e bons arranjos. As faixas não são muito velozes nem embaladas, embora existam eventuais momentos em que a velocidade e embalo aparecem, tendo o groove sempre bem presente nos arranjos. Embora eu tenha classificado como hardcore, o álbum possui influências de rap core e power violence, sendo um grupo que ajudou a consolidar o movimento straight edge no Brasil, nos anos 90. Percebe-se semelhança com grupos de hardcore nova iorquinos, como Madball ou Biohazard, embora não seja algo explícito. O grande destaque está na energia, realmente existe muita, o álbum exala energia desde o primeiro segundo até o último, existindo uma faixa cover e uma faixa bônus, além de possuir as participações de Frederico Freitas e Marcos Suarez nos vocais. A arte da capa ficou por conta de Frederico Freitas. Muito peso, energia e bons arranjos são as características principais do álbum que encerra a carreira do grupo. Podemos dizer que é um encerramento com chave de ouro!
.
FAIXA A FAIXA:
1) Conviction. O álbum inicia com uma das faixas que considero das melhores. Iniciando bem rap core, mas sem perder o peso e a energia, com muito groove, pouco embalo e eventuais contracantos.
2) Behind The Law. Uma boa composição, mais uma vez com muito groove e pouco embalo, possuindo a execução harmônica repleta de pausas de pequena duração e staccatos, sendo o destaque, na minha opinião, o groove, embora existam eventuais riffs de guitarra que merecem atenção.
3) Where's The Justice?. Considero esta a melhor faixa do álbum, iniciando com uma parte repleta de groove, pouco embalo e riffs de guitarra, enquanto a parte B, o destaque, na minha opinião, é bem embalada, embora não muito veloz, e está repleta de contracantos.
4) Your Generation. Esta faixa é bem rap core, nada além disso, com um bom trabalho de dinâmica e uma boa intenção, possuindo letra composta por Yann Boislève. Bastante groove e pouco embalo são as características principais da composição.
5) Last Straw. Outra boa composição, com pouco embalo e velocidade, mas muita energia e groove, possuindo um bom arranjo, trocas rápidas de acorde, frequentes pausas que ajudam a dar uma elevada na qualidade do arranjo, além de eventuais trechos com arranjos de guitarra interessantes, embora simples.
6) Walls Of Lies. Mais uma boa composição, com pouco embalo e velocidade, embora exista um trecho mais embalado, muito groove, uma execução harmônica com bastante pausas de pequena duração, além de frequentes contracantos.
7) Overcome. Outra boa composição, com pouco embalo e velocidade, mas um bom arranjo, muito groove e energia. A progressão harmônica possui trocas rápidas de acorde, sendo a parte B mais embalada, embora não seja, que a parte anterior. Destaque para o arranjo de bateria.
8) Words Of Hope. Mais uma boa composição que mantém as características padrão do álbum: pouco embalo e velocidade, muito groove e energia, possuindo uma progressão harmônica com trocas rápidas de acorde e eventuais contracantos.
9) Um Grito Por Justiça. A única faixa com letra e título em português é mais uma boa composição que mantém as mesmas características padrão do álbum, embora a influência de rap core esteja mais evidente, além de possuir um trecho mais embalado. Destaque para o groove, que ajuda a elevar a qualidade do arranjo.
10) Unbroken Feelings. Esta é a faixa que conta com as participações de Frederico e Marcos nos vocais, sendo, também, uma das faixas que considero das melhores, iniciando com bastante velocidade e embalo, para, depois, surgir um trecho mais cadenciado, com pouco embalo e velocidade, muito groove e contracantos.
11) Never Give It Up. Esta é a última faixa do álbum, e é, também, a faixa cover, sendo composta e gravada, originalmente, pelo grupo No Violence, em 1992, sendo uma das faixas que considero das melhores do álbum, com certeza a faixa mais veloz e embalada, a única que não possui as características padrão do álbum.
12) Unbroken Feelings. Esta é a faixa bônus do álbum, e é a mesma gravação da faixa 10, com o mesmo instrumental, a diferença está nos vocais, que nesta versão são executados pelos vocais do grupo: Jorel e Kalota.
Ouça o álbum e faça uma guerra para mostrar que a paz significa justiça para todos!

Nenhum comentário :

Postar um comentário